Palavra do leitor
- 14 de setembro de 2022
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O Deus que foi longe demais e continuar a ir
"As redes sociais são o caso mais concreto de como podemos enganar e nos enganar, entretanto, diante do espelho, ao silêncio envolto pelo soturno, sabemos o que somos, quem somos e o porque somos’’.
1 Coríntios 1.13
Se fizéssemos uma enquete rápida, sem muita elaboração, sem muitos detalhes e ponderações, para descobrir quem acredita em Deus, com certeza, alcançaríamos um percentual arrebatador, arrisco dizer, acima de 90% (noventa por cento). Sem sombra de dúvida, as margens de não crer ou acreditar seriam ínfimas e isto até poderia causar ou deveria ocasionar uma satisfação, como a sensação de que estamos no caminho certo. Agora, tenho minhas dúvidas, em função quando afirmam e confirmam acreditar em Deus, refere-se a qual? Sinceramente, os favoráveis as crenças em Deus, lá no fundo, espelham um Criador de tudo e parece ter se arrependido, afastou-se de nós, deixou com que tudo seguisse seu rumo, numa completa rejeição de se relacionar com este oikos, com este universo, comigo e com você.
Não por menos, para outros, ao falar de Deus, referem-se a uma força amorfa, como se estivesse misturado a todos e a tudo, nada mais. Então, caso seja, tão somente isso, qual a relevância do Deus Ser Humano Jesus Cristo, do Deus que adentra nas tensões, nas ambiguidades e nas vicissitudes da vida, com suas perdas, com suas inquietações e com seus vazios? Vou adiante, caso assim seja mesmo, não passa de pretextos para paliativos culturais, discussões existenciais e para a mantença de tradições ou não? Ouso correr o risco e adentro nos enredos de 1 Coríntios 1.23, a qual me encontro com o Deus que foi longe demais e insiste em querer continuar a ir. Digo mais, longe de mais por aproximar a transcendência até nós, a transcendência do belo, do verdadeiro, da virtude e da imanência, por se dispor a fazer uma jornada, em nosso coração, em nosso ser, em nossas entrelinhas. Aliás, como isso assusta, aterroriza, porque muitos de nós optamos por manter certa distância, se olhar com fronteiras, se tocar sem a abertura de oportunidades. Nada disso, um Deus tão próximo, tão ao meu lado, tão ciente das minhas lágrimas e questões sem respostas, um Deus tão humano que não compõem os roteiros de um olhar de cima para baixo, quando há um Deus que levanta o meu olhar e me ajuda a ir adiante, a não me desfigurar, a não me apedrejar com rancores e ressentimentos. Faço observar, um Deus categoricamente próximo, em proximidade e em aproximação não agrada a muitos, com uma ênfase ao Deus entretecido pelas tradições, pelos rituais, pelos formalismos, pelas liturgias, pelos costumes, pelas teologias evasivas e vagas, como se tivéssemos, com tais mecanismos, meios para dizer até, aqui, tudo bem, agora não, quando precisar, então, te chamo. Deveras, apregoamos e evocamos, ardentemente, em cânticos, encontros dominicais, estudos bíblicos sobre o Deus da encarnação, da crucificação e da ressurreição, o Deus do mais escancarado escândalo, em função de que, não deixa de ser Deus, ao subir e descer pelos degraus dos textos bíblicos, o Deus transcendente e imanente, o Deus que Tudo Precede, que senta ao nosso lado, estende sua presença para cada um de nós, conforme os textos de Deuteronômio 6. 4-5. O hilário desse Deus tão distante e tão próximo, desse Deus tão singular passa e perpassa por desaguar sua imagem e semelhança em nós. O mais estarrecedor de que esse Deus Ser Humano Jesus Cristo não execra o corpo, a alma e o espírito e, em direção oposta, o quer inundar de um valor inegociável de dignidade, de integridade, de liberdade e de boas notícias criativas. É bem verdade, o Deus relatado, segundo se extraí de Atos 17.16-34, embora esteja no espaço–tempo, no universo, no mundo, na natureza, mas não são nenhum deles. O Deus Ser Humano Jesus Cristo apresenta o Deus que quer ir longe de mais, ir longe demais para se aproximar, para se desvelar ou revelar - se a nós, para reconciliar-se conosco e com o nosso próximo, em profundidade e intensidade, em viver uma transcendência que me leva ao outro e uma imanência que me eleva ao outro.
Por isso, o Verbo que se fez Carne, o Verbo incorpóreo, incorruptível, imaterial, imaculado, incólume ou intacto adentra no tablado da vida crua e nua, no tablado da mulher samaritana e desmorona com os xenofobismos, no tablado do jovem gadareno e resgata sua identidade de ser humano, no tablado da mulher prestes a ser apedrejada e traça o caminho da felicidade, no tablado para escutar os ecos dos excluídos, dos marginalizados e dos vitimados. Quanta loucura, quanto absurdo, quanto disparate, reconheço, mesmo assim o Deus Ser Humano Jesus Cristo vivifica todo o cosmo, apesar de sua encarnação, permanecia com o Deus que Tudo Precede, não se corrompeu e pode nos salvar, nos curar e nos purificar, porque o Deus transcendente e imanente altera todo o evento pelo qual leva o humano, o mortal e o passageiro ao divino, ao imortal e ao eterno.
1 Coríntios 1.13
Se fizéssemos uma enquete rápida, sem muita elaboração, sem muitos detalhes e ponderações, para descobrir quem acredita em Deus, com certeza, alcançaríamos um percentual arrebatador, arrisco dizer, acima de 90% (noventa por cento). Sem sombra de dúvida, as margens de não crer ou acreditar seriam ínfimas e isto até poderia causar ou deveria ocasionar uma satisfação, como a sensação de que estamos no caminho certo. Agora, tenho minhas dúvidas, em função quando afirmam e confirmam acreditar em Deus, refere-se a qual? Sinceramente, os favoráveis as crenças em Deus, lá no fundo, espelham um Criador de tudo e parece ter se arrependido, afastou-se de nós, deixou com que tudo seguisse seu rumo, numa completa rejeição de se relacionar com este oikos, com este universo, comigo e com você.
Não por menos, para outros, ao falar de Deus, referem-se a uma força amorfa, como se estivesse misturado a todos e a tudo, nada mais. Então, caso seja, tão somente isso, qual a relevância do Deus Ser Humano Jesus Cristo, do Deus que adentra nas tensões, nas ambiguidades e nas vicissitudes da vida, com suas perdas, com suas inquietações e com seus vazios? Vou adiante, caso assim seja mesmo, não passa de pretextos para paliativos culturais, discussões existenciais e para a mantença de tradições ou não? Ouso correr o risco e adentro nos enredos de 1 Coríntios 1.23, a qual me encontro com o Deus que foi longe demais e insiste em querer continuar a ir. Digo mais, longe de mais por aproximar a transcendência até nós, a transcendência do belo, do verdadeiro, da virtude e da imanência, por se dispor a fazer uma jornada, em nosso coração, em nosso ser, em nossas entrelinhas. Aliás, como isso assusta, aterroriza, porque muitos de nós optamos por manter certa distância, se olhar com fronteiras, se tocar sem a abertura de oportunidades. Nada disso, um Deus tão próximo, tão ao meu lado, tão ciente das minhas lágrimas e questões sem respostas, um Deus tão humano que não compõem os roteiros de um olhar de cima para baixo, quando há um Deus que levanta o meu olhar e me ajuda a ir adiante, a não me desfigurar, a não me apedrejar com rancores e ressentimentos. Faço observar, um Deus categoricamente próximo, em proximidade e em aproximação não agrada a muitos, com uma ênfase ao Deus entretecido pelas tradições, pelos rituais, pelos formalismos, pelas liturgias, pelos costumes, pelas teologias evasivas e vagas, como se tivéssemos, com tais mecanismos, meios para dizer até, aqui, tudo bem, agora não, quando precisar, então, te chamo. Deveras, apregoamos e evocamos, ardentemente, em cânticos, encontros dominicais, estudos bíblicos sobre o Deus da encarnação, da crucificação e da ressurreição, o Deus do mais escancarado escândalo, em função de que, não deixa de ser Deus, ao subir e descer pelos degraus dos textos bíblicos, o Deus transcendente e imanente, o Deus que Tudo Precede, que senta ao nosso lado, estende sua presença para cada um de nós, conforme os textos de Deuteronômio 6. 4-5. O hilário desse Deus tão distante e tão próximo, desse Deus tão singular passa e perpassa por desaguar sua imagem e semelhança em nós. O mais estarrecedor de que esse Deus Ser Humano Jesus Cristo não execra o corpo, a alma e o espírito e, em direção oposta, o quer inundar de um valor inegociável de dignidade, de integridade, de liberdade e de boas notícias criativas. É bem verdade, o Deus relatado, segundo se extraí de Atos 17.16-34, embora esteja no espaço–tempo, no universo, no mundo, na natureza, mas não são nenhum deles. O Deus Ser Humano Jesus Cristo apresenta o Deus que quer ir longe de mais, ir longe demais para se aproximar, para se desvelar ou revelar - se a nós, para reconciliar-se conosco e com o nosso próximo, em profundidade e intensidade, em viver uma transcendência que me leva ao outro e uma imanência que me eleva ao outro.
Por isso, o Verbo que se fez Carne, o Verbo incorpóreo, incorruptível, imaterial, imaculado, incólume ou intacto adentra no tablado da vida crua e nua, no tablado da mulher samaritana e desmorona com os xenofobismos, no tablado do jovem gadareno e resgata sua identidade de ser humano, no tablado da mulher prestes a ser apedrejada e traça o caminho da felicidade, no tablado para escutar os ecos dos excluídos, dos marginalizados e dos vitimados. Quanta loucura, quanto absurdo, quanto disparate, reconheço, mesmo assim o Deus Ser Humano Jesus Cristo vivifica todo o cosmo, apesar de sua encarnação, permanecia com o Deus que Tudo Precede, não se corrompeu e pode nos salvar, nos curar e nos purificar, porque o Deus transcendente e imanente altera todo o evento pelo qual leva o humano, o mortal e o passageiro ao divino, ao imortal e ao eterno.
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