Palavra do leitor
- 07 de junho de 2022
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O Deus do arco-íris
"Eu não creio em Deus, porque me fará coisas, mas sim para me ajudar a ser Sua imagem e Semelhança, ao lado do outro’’.
Texto: Gênesis 9:11-13
O Vaticano reúne uma das obras mais sublimes do renascimento ora intitulado - a Escola de Atenas, a prodigiosa tela de Rafael. A obra se destaca por trazer dois ícones do pensamento grego. De um lado, observa-se a figura de Platão, com as feições da idade já avançada e, de outro lado, o seu discípulo de maior pujança, Aristóteles e enquanto a mão deste se dirige para baixo, para a realidade com suas contingências, com suas vicissitudes, com suas ambiguidades e com suas tensões, já a daquele aponta para cima, para o mundo das ideias, da verdade, da perfeição. Quem não já leu o mito da caverna, a qual a realidade, aqui, não passa de sombras, de caos, de malefícios, de incorreções e evoca uma dimensão de ordem, além do aqui e do agora. Destarte, o caminho ao particular, as diferenças, a identidade, aos sentidos, as paixões desembocam na oposição, na dissidência, no confronto, no desprezo, na rejeição, na decadência e, posso dizer, o universal, o cosmopolita e o global são os antídotos para tais desatinos e mazelas. Qual o perigo funesto de se submergir aos tentáculos do Espírito de Platão? Se as minhas convicções são o caminho, a verdade e a vida, por conseguinte, as suas são o mais retumbante erro e distorção. Eis, aqui, um dos propulsores de tragédias as quais acometeram milhões e milhões de vidas, segundo o pano de fundo de ideias universais de ordem religiosa ou secular. Indo aos onze primeiros capítulos do Genesis, percebe-se um chamado de Deus, a partir do universal, do global, do cosmopolita para não descartar o particular, as diferenças e as idiossincrasias e chega-se ao evento da Torre de Babel, na articulação de imposição de uma unidade artificial e não consentida no tocante as diferenças estabelecidas por Aquele que Tudo Precede.
O interessante do Deus relatado pelos manuscritos bíblicos e a partir da saga de Abraão e do povo de Israel, há a conclusão do Deus da humanidade, de toda a humanidade, não de uns predestinados ou escolhidos, não há nenhuma carta determinante de se não estiver na igreja, logo, não está salvo, está condenado, está perdido e isto provoca uma ponderação de que o Deus do monoteísmo islâmico, cristão e judaico não são exclusividades Suas. Atentemos para duas personalidades relevantes descrito na bíblia, tanto Rute (uma estrangeira) e Tamar (uma prostituta) não eram israelitas, uma moabita, a outra canaanita e delas advieram o Monarca Davi e Jesus. È bem verdade, sem descambar em contradições, o Deus bíblico não abre mão da diversidade e das diferenças dentro da criação e embora comece com um ponto, com um povo para nos ensinar o quanto sua presença transcende trincheiras, fronteiras, barreiras das convicções, das ideologias, dos partidarismos, dos dogmas e isto nos ajuda a discernir o outro, o seu viver e conviver com o outro, a sua relação com quem nem sempre comunga conosco e, mesmo assim, somos imagem e semelhança do Deus ser humano Jesus Cristo. Atentemos para os pactos feitos de Deus com Noé e Abraão, como prelúdios de um respeito a multifacetada, a difusa e diferenciada realidade humana (em raça, em cor, em etnia e outros pormenores). Negar seria uma temeridade, o Espirito de Platão e sua universalidade cai como uma luva para descrever a vida como ela é , agora, ao ir para o campo da ética, da espiritualidade, da humanidade se faz necessário a vida como pode ser e como devemos ser. Retomo a mencionar de que Deus firmou alianças específicas, segundo os relatos bíblicos e sem descartar, lançar fora, jogar fora a condição de outros também o encontrarem e, aqui, não há segunda classe, não há subespécie, não há secundários, mas sim variadas formas de se chegar ao Deus ser humano Jesus Cristo. Afinal de contas, nenhuma fé pode se eleger e estabelecer como a fé de toda a humanidade, em direção oposta, o Deus ser humano Jesus Cristo, o Kairos para todos se consolida como a fé de toda a humanidade. Então, chegamos a definição de a importância do particular, do específico, das diferenças nos tornam humanos, por nos levar a ligações de respeito mútuo e profundo, a vínculos de fidelidade e intimidade.
Outra distinção da ideia de Deus, segundo a concepção grega, de um Deus abstrato, distante do que acontece por essas bandas ou realidades, se pauta no Deus hebraico ser um teimoso e irremediável exclusivista, porque decidiu, decide e prosseguirá a decidir por se importar com cada um de nós, com cada ser humano, com cada pessoa. O Deus alforriado ou livre das garras de este sim e do outro não, do Deus que manteve a promessa com Isaac e não deixou de agir em favor de Ismael, do Deus que favoreceu Jacob e não aceitou nenhum destilar de ódio em face de Esaú, do Deus que a partir de uma prostituta e de uma estrangeira abre um caminho para a chegada de Jesus, o Cristo, o Deus que se estende em favor da humanidade.
Texto: Gênesis 9:11-13
O Vaticano reúne uma das obras mais sublimes do renascimento ora intitulado - a Escola de Atenas, a prodigiosa tela de Rafael. A obra se destaca por trazer dois ícones do pensamento grego. De um lado, observa-se a figura de Platão, com as feições da idade já avançada e, de outro lado, o seu discípulo de maior pujança, Aristóteles e enquanto a mão deste se dirige para baixo, para a realidade com suas contingências, com suas vicissitudes, com suas ambiguidades e com suas tensões, já a daquele aponta para cima, para o mundo das ideias, da verdade, da perfeição. Quem não já leu o mito da caverna, a qual a realidade, aqui, não passa de sombras, de caos, de malefícios, de incorreções e evoca uma dimensão de ordem, além do aqui e do agora. Destarte, o caminho ao particular, as diferenças, a identidade, aos sentidos, as paixões desembocam na oposição, na dissidência, no confronto, no desprezo, na rejeição, na decadência e, posso dizer, o universal, o cosmopolita e o global são os antídotos para tais desatinos e mazelas. Qual o perigo funesto de se submergir aos tentáculos do Espírito de Platão? Se as minhas convicções são o caminho, a verdade e a vida, por conseguinte, as suas são o mais retumbante erro e distorção. Eis, aqui, um dos propulsores de tragédias as quais acometeram milhões e milhões de vidas, segundo o pano de fundo de ideias universais de ordem religiosa ou secular. Indo aos onze primeiros capítulos do Genesis, percebe-se um chamado de Deus, a partir do universal, do global, do cosmopolita para não descartar o particular, as diferenças e as idiossincrasias e chega-se ao evento da Torre de Babel, na articulação de imposição de uma unidade artificial e não consentida no tocante as diferenças estabelecidas por Aquele que Tudo Precede.
O interessante do Deus relatado pelos manuscritos bíblicos e a partir da saga de Abraão e do povo de Israel, há a conclusão do Deus da humanidade, de toda a humanidade, não de uns predestinados ou escolhidos, não há nenhuma carta determinante de se não estiver na igreja, logo, não está salvo, está condenado, está perdido e isto provoca uma ponderação de que o Deus do monoteísmo islâmico, cristão e judaico não são exclusividades Suas. Atentemos para duas personalidades relevantes descrito na bíblia, tanto Rute (uma estrangeira) e Tamar (uma prostituta) não eram israelitas, uma moabita, a outra canaanita e delas advieram o Monarca Davi e Jesus. È bem verdade, sem descambar em contradições, o Deus bíblico não abre mão da diversidade e das diferenças dentro da criação e embora comece com um ponto, com um povo para nos ensinar o quanto sua presença transcende trincheiras, fronteiras, barreiras das convicções, das ideologias, dos partidarismos, dos dogmas e isto nos ajuda a discernir o outro, o seu viver e conviver com o outro, a sua relação com quem nem sempre comunga conosco e, mesmo assim, somos imagem e semelhança do Deus ser humano Jesus Cristo. Atentemos para os pactos feitos de Deus com Noé e Abraão, como prelúdios de um respeito a multifacetada, a difusa e diferenciada realidade humana (em raça, em cor, em etnia e outros pormenores). Negar seria uma temeridade, o Espirito de Platão e sua universalidade cai como uma luva para descrever a vida como ela é , agora, ao ir para o campo da ética, da espiritualidade, da humanidade se faz necessário a vida como pode ser e como devemos ser. Retomo a mencionar de que Deus firmou alianças específicas, segundo os relatos bíblicos e sem descartar, lançar fora, jogar fora a condição de outros também o encontrarem e, aqui, não há segunda classe, não há subespécie, não há secundários, mas sim variadas formas de se chegar ao Deus ser humano Jesus Cristo. Afinal de contas, nenhuma fé pode se eleger e estabelecer como a fé de toda a humanidade, em direção oposta, o Deus ser humano Jesus Cristo, o Kairos para todos se consolida como a fé de toda a humanidade. Então, chegamos a definição de a importância do particular, do específico, das diferenças nos tornam humanos, por nos levar a ligações de respeito mútuo e profundo, a vínculos de fidelidade e intimidade.
Outra distinção da ideia de Deus, segundo a concepção grega, de um Deus abstrato, distante do que acontece por essas bandas ou realidades, se pauta no Deus hebraico ser um teimoso e irremediável exclusivista, porque decidiu, decide e prosseguirá a decidir por se importar com cada um de nós, com cada ser humano, com cada pessoa. O Deus alforriado ou livre das garras de este sim e do outro não, do Deus que manteve a promessa com Isaac e não deixou de agir em favor de Ismael, do Deus que favoreceu Jacob e não aceitou nenhum destilar de ódio em face de Esaú, do Deus que a partir de uma prostituta e de uma estrangeira abre um caminho para a chegada de Jesus, o Cristo, o Deus que se estende em favor da humanidade.
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