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Palavra do leitor

O Deus de Abraão, Mohamed e Antônio

Outro dia ouvi uma pessoa dizer que quando ela visitou Israel ficou impressionada com a diferença da qualidade de vida entre Israel e Palestina. Ela descrevia que os campos da "terra santa" são férteis, e que até as regiões desérticas são bem aproveitadas e cheias de vida. Em quanto que o lado palestino, mesmo tendo um tipo de solo idêntico ao de Israel é muito pobre. Ele acrescentou que a pobreza do lado árabe se acentua na região da Faixa de Gaza.

Esse meu amigo atribuiu esse disparate a benção de Deus sobre os Israelitas, afirmando que a falta que existe na Palestina se dá porque eles não se abrem para "o Deus de Israel".

Eu acho impressionante como nós cristão temos a facilidade de relacionar pobreza, guerra e catástrofe a pecado. Não tenho dúvida que Deus deseja que todo homem tenha qualidade de vida, e acho que qualidade não é o mínimo, mas o quanto for digno e necessário.

Mas voltando a experiência de meu amigo, na semana passada eu conheci uma realidade bem diferente da descrita por ele. Com outros amigos brasileiros, fui convidado para um almoço na casa de uma família muçulmana. A casa deles fica em um Oasis no meio do deserto, no caminho para o Sinai.

Se eu for descrever a crença dessa família, eu diria que eles crêem da mesma forma dos moradores da Palestina, inclusive da região de Gaza, e como poucos eles são extremamente fiéis as praticas Islâmicas, já até fizeram a tão almejada viagem a Meca, obrigação de todo muçulmano.

Mas ao contrário dos irmãos de Gaza, no desértico sitio dessa família egípcia há variadas qualidades de frutas e vegetais. Lá tem Parreiras, Oliveiras, Macieiras, Mangueiras, Tamareiras, Figueiras, etc...

Fiquei impressionado com a variedade que existe em pleno deserto. Quando perguntei sobre como eles conseguem produzi tudo aquilo em terras tão difíceis, nosso anfitrião me explicou que onde há água há vida, ou seja, com um bom sistema de irrigação, conhecimento da terra, produtos certos e com disposição para o trabalho, todo lugar pode ser transformado, mesmo os mais improváveis.

Por eu estar nessa região, comecei interessar-me por entender os conflitos existentes por essas bandas. É possível que você tenha acompanhado as ultimas noticias da luta entre Israel e Palestina pelo espaço territorial da Faixa de Gaza, e do embargo econômico que Israel impôs aquela região.

Sobre tudo o embargo restringe, ou melhor, proíbe a entrada de uma extensa lista de importantes produtos a Gaza. Até o mês passado mesmo alguns alimentos e brinquedos infantis eram proibidos de entrar na região. Temos acompanhado a dificuldades que as agencias humanitárias estão enfrentando quando tentam furar esse desumano bloqueio. Obs: Israel diz que esse embargo é para impedir a entrada de armas para o Hamas.

Em fim, acho que essa questão é muito séria, e eu confesso que hoje eu estou mais para ser superficial do que profundo nela, pois é um assunto que estou começando a pesquisar, e sei que existem muitos interesses por trás, mas eu queria finalizar voltando ao assunto inicial, e dizer que acho que guerra e pobreza não é conseqüência do pecado de quem não é cristão, mas é na maioria das vezes subproduto de interesses políticos e econômicos. E vale ainda pontuar que historicamente são os países tradicionalmente cristãos que invadem e suprimem a economia dos países subdesenvolvidos.

Meus novos amigos muçulmanos têm seus desérticos campos esbanjando fartura. Sobre isso talvez seja importante lembrar que o Egito é um dos poucos países árabes que tem aliança com EUA e Israel.

A PARTIR DO RIORENAS JOVEM
Rio De Janeiro - RJ
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