Palavra do leitor
- 27 de agosto de 2014
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O debate da Band deu sono
O primeiro debate dos candidatos a presidente na TV Bandeirantes, em sua grande parte, foi sonolento e por vezes até irritante. Quem esperava embates, farpas, provocações e até exaltações ficou decepcionado com o que viu e ouviu.
Assisto debates políticos há mais de 20 anos e sempre fico entre curioso e esperançoso aguardando alguma novidade boa ou mesmo alguma discussão que possa esclarecer algum ponto obscuro dentro do contexto, algo que dê ao telespectador alguma luz ou tire dele alguma dúvida e, quem sabe, até o ajude a encontrar o seu candidato. Afinal, os indecisos são milhões sempre quando o assunto é eleições.
O Debate de ontem, dia 26 de agosto, foi decepcionante, embora fosse bem organizado e bem dirigido pelo jornalista Ricardo Boechat, com a participação dos jornalistas Boris Casoy, Fábio Panunzio e José Paulo de Andrade. Parece que os candidatos têm um certo receio de se expor e preferem ficar mais na retaguarda. Isto pode ser uma estratégia válida, mas também pode ser visto por muitos como uma covardia. O certo é que eles, os candidatos, são orientados por seus assessores e procuram debater estritamente dentro do que foi combinado. Enquanto isto, os telespectadores ficam, muitas vezes, sem entender muito bem o que está acontecendo. Afinal, isto é um Debate ou uma reunião de amigos?
Os três principais candidatos logicamente foram os mais bombardeados entre si e também pelos candidatos que só estavam ali para compor a mesa. É difícil analisar cada um dos candidatos, pois alguns praticamente entraram mudos e saíram calados. Mas houve algum destaque entre eles e até foi possível achar graça de alguma frase ou de algum gesto, demonstrando que a maioria deles não tem a menor noção do que é ser presidente, embora a nossa lei eleitoral dê esta chance a todos, ou a quase todos os cidadãos. Luciana Genro, do PSOL, chegou a ensaiar algumas falas tentando mexer e provocar, mas ficou só no ensaio. Eduardo Jorge, do PV, estava só observando e mal conseguia falar, claramente deslocado e desligado. Pastor Everaldo, do PSC, chegou a falar, perguntar e responder com certa veemência, mas logo se aquietou, Levi Fidelix, do PRTB, fez algumas gracinhas e até trocadilhos, mas ficou só nisto. Num Debate democrático, todos tem os mesmos direitos, mas alguns candidatos simplesmente não têm como usar os seus preciosos minutos, unicamente por não ter o que falar. Enquanto assistia, fiquei imaginando a cara dos demais telespectadores diante de tanta pobreza e falta de criatividade. Mas, cada um dá o que tem, ou pega carona com alguém.
Analisando os três principais candidatos: Marina, Aécio e Dilma, percebi um certo cuidado até um pouco exagerado, certamente temendo o eleitorado ou talvez pensando já no 2º Turno quando alguém vai precisar do apoio de alguém para vencer alguém. Enfim, é um jogo onde as pedras são mexidas num tabuleiro com o máximo cuidado para não espantar o possível parceiro na sequência da partida. Esperava-se mais, já vi debates bem mais quentes e mais objetivos. Sem querer emitir minha opinião pessoal, mas já o fazendo, entendo que o candidato Aécio Neves teve a pior performance entre os três principais, enquanto Marina Silva soube se impor quando foi preciso e foi bem objetiva nas suas perguntas e respostas, talvez deixando decepcionados aqueles que afirmam que ela é inexperiente - se esquecendo que ela já foi Deputada e Senadora, além de Ministra. Quanto a presidente(a), já era de se esperar que ela aproveitasse o Debate para deitar números e mais números, realizações e mais realizações que se forem confrontados com a realidade do Brasil, não resistirão ao primeiro impacto. Vivemos um momento de crise, inflação, aumento do desemprego, corrupção e até recessão, mas o Governo insiste em afirmar que está tudo bem, sob controle, e vai melhorar mais. Enfim, cada um com a sua verdade, e o povo com a sua realidade do dia a dia, com muito sofrimento e até agonia. Resumindo, debates são sempre bons, democráticos e visam ajudar o eleitor na sua decisão, mas nem sempre conseguem atingir o seu objetivo. Muitas vezes, inclusive, colocam mais dúvidas na cabeça do incauto eleitor.
Assisto debates políticos há mais de 20 anos e sempre fico entre curioso e esperançoso aguardando alguma novidade boa ou mesmo alguma discussão que possa esclarecer algum ponto obscuro dentro do contexto, algo que dê ao telespectador alguma luz ou tire dele alguma dúvida e, quem sabe, até o ajude a encontrar o seu candidato. Afinal, os indecisos são milhões sempre quando o assunto é eleições.
O Debate de ontem, dia 26 de agosto, foi decepcionante, embora fosse bem organizado e bem dirigido pelo jornalista Ricardo Boechat, com a participação dos jornalistas Boris Casoy, Fábio Panunzio e José Paulo de Andrade. Parece que os candidatos têm um certo receio de se expor e preferem ficar mais na retaguarda. Isto pode ser uma estratégia válida, mas também pode ser visto por muitos como uma covardia. O certo é que eles, os candidatos, são orientados por seus assessores e procuram debater estritamente dentro do que foi combinado. Enquanto isto, os telespectadores ficam, muitas vezes, sem entender muito bem o que está acontecendo. Afinal, isto é um Debate ou uma reunião de amigos?
Os três principais candidatos logicamente foram os mais bombardeados entre si e também pelos candidatos que só estavam ali para compor a mesa. É difícil analisar cada um dos candidatos, pois alguns praticamente entraram mudos e saíram calados. Mas houve algum destaque entre eles e até foi possível achar graça de alguma frase ou de algum gesto, demonstrando que a maioria deles não tem a menor noção do que é ser presidente, embora a nossa lei eleitoral dê esta chance a todos, ou a quase todos os cidadãos. Luciana Genro, do PSOL, chegou a ensaiar algumas falas tentando mexer e provocar, mas ficou só no ensaio. Eduardo Jorge, do PV, estava só observando e mal conseguia falar, claramente deslocado e desligado. Pastor Everaldo, do PSC, chegou a falar, perguntar e responder com certa veemência, mas logo se aquietou, Levi Fidelix, do PRTB, fez algumas gracinhas e até trocadilhos, mas ficou só nisto. Num Debate democrático, todos tem os mesmos direitos, mas alguns candidatos simplesmente não têm como usar os seus preciosos minutos, unicamente por não ter o que falar. Enquanto assistia, fiquei imaginando a cara dos demais telespectadores diante de tanta pobreza e falta de criatividade. Mas, cada um dá o que tem, ou pega carona com alguém.
Analisando os três principais candidatos: Marina, Aécio e Dilma, percebi um certo cuidado até um pouco exagerado, certamente temendo o eleitorado ou talvez pensando já no 2º Turno quando alguém vai precisar do apoio de alguém para vencer alguém. Enfim, é um jogo onde as pedras são mexidas num tabuleiro com o máximo cuidado para não espantar o possível parceiro na sequência da partida. Esperava-se mais, já vi debates bem mais quentes e mais objetivos. Sem querer emitir minha opinião pessoal, mas já o fazendo, entendo que o candidato Aécio Neves teve a pior performance entre os três principais, enquanto Marina Silva soube se impor quando foi preciso e foi bem objetiva nas suas perguntas e respostas, talvez deixando decepcionados aqueles que afirmam que ela é inexperiente - se esquecendo que ela já foi Deputada e Senadora, além de Ministra. Quanto a presidente(a), já era de se esperar que ela aproveitasse o Debate para deitar números e mais números, realizações e mais realizações que se forem confrontados com a realidade do Brasil, não resistirão ao primeiro impacto. Vivemos um momento de crise, inflação, aumento do desemprego, corrupção e até recessão, mas o Governo insiste em afirmar que está tudo bem, sob controle, e vai melhorar mais. Enfim, cada um com a sua verdade, e o povo com a sua realidade do dia a dia, com muito sofrimento e até agonia. Resumindo, debates são sempre bons, democráticos e visam ajudar o eleitor na sua decisão, mas nem sempre conseguem atingir o seu objetivo. Muitas vezes, inclusive, colocam mais dúvidas na cabeça do incauto eleitor.
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