Palavra do leitor
- 09 de junho de 2009
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O curioso caso do AirFrance
"Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração." Eclesiastes 7.2
Sobre tudo o que já disseram sobre esse trágico incidente do AirFrance, parei um pouco para pensar sobre esse texto de Eclesiaste o quanto ele se aplica a essa situação. Quantos de nós já penssamos que nosso fim pode ser a qualquer momento, mas que ao mesmo tempo vivemos como se nossa própria existência fosse eterna? Infelizmente nos deparamos com a morte todos os dias, mas nem ao menos paramos para pensar sobre a vida, prioridades, nosso próprio sentido diante da realidade. Vivemos mecanicamente, sem ao menos parar para respirar, pois até mesmo essa ação é um mero ato rotineiro e cotidiano, resumindo, perdemos a sensibilidade diante do que a vida pode nos oferecer, perdemos a capacidade de nos surpreender diante das coisas, até mesmo da própria morte.
O que me fez refletir sobre isso? Não foi o acidente, mas foi um filme que vi, O Curioso caso de Benjamin Button, que conta a história de um bebe que nasce com 80 anos de idade e quando envelhece vai se tornando mais novo, até chegar a estatura de um bebê recém-nascido. O que esse filme tem de especial? O fato de que, quando envelhecemos perdemos a possibilidade de sermos jovens, e que esquecemos que a juventude e o vigor da vida é mais um estado de espírito e que mesmo uma criança tenra tem sua sabedoria. Outra coisa interessante nesse filme é o fato de que ele está constantemente diante da possibilidade da morte e por isso toma uma importante decisão, viver a vida de forma intensa.
Será que já fizemos isso alguma vez? Experimentar a vida com intesidade? Nos entregamos tanto aos nossos afazeres e dilemas institucionais, discussões sem sentidos sobre igreja, pastores e etc. e esquecemos o quão valioso são os momentos simples, um por-do-sol, uma boa companhia, um papo atoa, olhar o horizonte do oceano e se perder diante do tempo.
Esse texto é um desabafo de meu cansaço dessa "guerra santa" dentro das igrejas, já fui um soldado dela e voltei muito ferido, hoje não me realizo mais dentro dessa instituição, dentro dela me sinto mais pecador e mais odiado por Deus, mas fora, me sinto livre e sinto mais o amor de Deus por mim e pela minha família, justamente, porque estou mais próximo Dele. Se me perguntarem onde é a igreja que me congrego, responderei, o mundo é minha igreja, pois quem poderá construir algo para Deus habitar?
Na verdade, como inicia o filme, todos nascemos em circunstâncias incomuns, este é um mundo incomum, com pessoas incomuns. Buscamos ganhar o mundo, mas constantemente nos perdemos nas nossas vitórias, como vemos o resultados de muitas batalhas, há mais perdas do que ganhos, então o que ganhamos quando lutamos tanto? Essa é a pergunta que me faço ultimamente? Queremos sentido para as nossas vidas e nos debruçamos nas igrejas usando jargões evangélicos, de que Cristo é o nosso sentido. Mas será?
Bom, nesse mundo de perdas, de circunstâncias incomuns, devemos decidir o que fazer, nos aprisionar cada vez mais aos nossos medos e às nossas redomas (igrejas, trabalho, seja o que fazemos para termos o sentimento de segurança) ou buscar liberdade, uma liberdade que nasce no coração e que nos conduz a viver uma vida com intensidade, com sentido, sem pressão, apenas procurando ser feliz todos os dias.
Que Deus nos abençoe, que abençoe as famílias que perderam seus entes queridos nesse trágico acidente, me sinto extremamente sensibilizado por eles. Não quero fatalizar dizendo que eram suas horas, mas quero pensar que Deus mos faz andar por caminhos estranhos para podermos entender Sua vontade.
Carpe Diem
criador do Blog Descanso da Alma
www.descansodaalma.blogspot.com
Sobre tudo o que já disseram sobre esse trágico incidente do AirFrance, parei um pouco para pensar sobre esse texto de Eclesiaste o quanto ele se aplica a essa situação. Quantos de nós já penssamos que nosso fim pode ser a qualquer momento, mas que ao mesmo tempo vivemos como se nossa própria existência fosse eterna? Infelizmente nos deparamos com a morte todos os dias, mas nem ao menos paramos para pensar sobre a vida, prioridades, nosso próprio sentido diante da realidade. Vivemos mecanicamente, sem ao menos parar para respirar, pois até mesmo essa ação é um mero ato rotineiro e cotidiano, resumindo, perdemos a sensibilidade diante do que a vida pode nos oferecer, perdemos a capacidade de nos surpreender diante das coisas, até mesmo da própria morte.
O que me fez refletir sobre isso? Não foi o acidente, mas foi um filme que vi, O Curioso caso de Benjamin Button, que conta a história de um bebe que nasce com 80 anos de idade e quando envelhece vai se tornando mais novo, até chegar a estatura de um bebê recém-nascido. O que esse filme tem de especial? O fato de que, quando envelhecemos perdemos a possibilidade de sermos jovens, e que esquecemos que a juventude e o vigor da vida é mais um estado de espírito e que mesmo uma criança tenra tem sua sabedoria. Outra coisa interessante nesse filme é o fato de que ele está constantemente diante da possibilidade da morte e por isso toma uma importante decisão, viver a vida de forma intensa.
Será que já fizemos isso alguma vez? Experimentar a vida com intesidade? Nos entregamos tanto aos nossos afazeres e dilemas institucionais, discussões sem sentidos sobre igreja, pastores e etc. e esquecemos o quão valioso são os momentos simples, um por-do-sol, uma boa companhia, um papo atoa, olhar o horizonte do oceano e se perder diante do tempo.
Esse texto é um desabafo de meu cansaço dessa "guerra santa" dentro das igrejas, já fui um soldado dela e voltei muito ferido, hoje não me realizo mais dentro dessa instituição, dentro dela me sinto mais pecador e mais odiado por Deus, mas fora, me sinto livre e sinto mais o amor de Deus por mim e pela minha família, justamente, porque estou mais próximo Dele. Se me perguntarem onde é a igreja que me congrego, responderei, o mundo é minha igreja, pois quem poderá construir algo para Deus habitar?
Na verdade, como inicia o filme, todos nascemos em circunstâncias incomuns, este é um mundo incomum, com pessoas incomuns. Buscamos ganhar o mundo, mas constantemente nos perdemos nas nossas vitórias, como vemos o resultados de muitas batalhas, há mais perdas do que ganhos, então o que ganhamos quando lutamos tanto? Essa é a pergunta que me faço ultimamente? Queremos sentido para as nossas vidas e nos debruçamos nas igrejas usando jargões evangélicos, de que Cristo é o nosso sentido. Mas será?
Bom, nesse mundo de perdas, de circunstâncias incomuns, devemos decidir o que fazer, nos aprisionar cada vez mais aos nossos medos e às nossas redomas (igrejas, trabalho, seja o que fazemos para termos o sentimento de segurança) ou buscar liberdade, uma liberdade que nasce no coração e que nos conduz a viver uma vida com intensidade, com sentido, sem pressão, apenas procurando ser feliz todos os dias.
Que Deus nos abençoe, que abençoe as famílias que perderam seus entes queridos nesse trágico acidente, me sinto extremamente sensibilizado por eles. Não quero fatalizar dizendo que eram suas horas, mas quero pensar que Deus mos faz andar por caminhos estranhos para podermos entender Sua vontade.
Carpe Diem
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