Palavra do leitor
- 13 de setembro de 2010
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O Cristo
A palavra Cristo tem sido bastante difundida, porém pouco considerada em seu aspecto técnico gramatical. Essa palavra multipolar em suas funções possui conceito relativo à Patente Vicária, como também alude para modalidade de comenda sobre uma Linhagem Real, (Cristo, Rei dos Judeus) se afirma, porém, e, sobretudo como uma marca de personalidade com traços característicos de sofrimento, martírio, símbolo de calvário, comportamento vicário, penitencia de sofredor, enfim compreende-se também como Título correspondente a "Ungido" e ou "Messias". O termo Cristo é o vocábulo usado em português para traduzir a palavra grega Χριστός (Khristós) que significa "Ungido".
O termo grego, por sua vez, é uma tradução da expressão no hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), transliterado para o português como Messias. A propósito o termo Cristo é impessoal, e, portanto não se caracteriza como nome próprio, mas está como sentido designativo de Título Categórico, Posto de Honra, denota Grau Superior, Classe Hierárquica Superior. Em suma a nomenclatura Cristo refere-se à descrição do perfil profético para o "Messias Prometido", daí o seu uso tanto em ordem direta "Jesus Cristo" como em ordem inversa "Cristo Jesus". Proponho desvendar esse mistério Deus–Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência, Cl 2.2
O povo Judeu ainda hoje espera o Cristo Prometido, por não aceitar Jesus como Messias, eles viviam em busca de um sinal da parte de Jesus para exaurir toda sua dúvida sobre se Jesus era realmente o Cristo, pois si auto-afirmar como o Cristo neste contexto social era uma Blasfêmia, Jo 10 22-38 “...se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente...” Jesus porem revela apenas as características vitais do Cristo, Jo 14.6
“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida...” Cristo como o perímetro do Caminho (diretrizes da estética), o padrão da Verdade (fundamento da palavra) e o modelo de Vida (perfil ético). Para seus discípulos também chamados de cristãos, Jesus serve de ícone referencial acima de tudo, e de proeminente exemplo ético e estético para a sociedade aliciada pelo pecado. Assim como Jesus encarnou o verbo se tornando o Cristo, ele se apresentou como o exemplo para nós cristãos, Jo 13.15 “...Eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também...”, que precisamos personificar o Cristo. No entanto vem se evidenciando no meio social uma visão surreal de transes místicos, na qual Cristo toma forma de uma terapia psicotrópica que sinaliza como substâncias químicas alucinógenas, que exercem uma ação seletiva sobre as células nervosas que regulam os processos psíquicos sobre as estruturas nervosas do homem, promovendo modificações nas reações físicas do sistema nervoso, julgando Cristo como tratamento psicoterápico, com fundamentos de princípios filosóficos, capaz de causar co-dependência para os entes fracos I Co 1.10-13 “...cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; Eu sou de Apolo; e, Eu de Cefas; e, eu de Cristo...está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós?...” para Saulo embevecido em uma defesa extremamente zelosa, assolava os cristãos ao se exceder em Judaísmo, neste procedimento Cristo se tornava pedra de tropeço. Em contra partida após a sua conversão Paulo se torna o Apostolo abortivo que de perseguidor cristo se torna uma nova modalidade de vida passando a ser perseguido, assim Cristo na vida de Paulo se torna a Pedra angular de esquina.
Considerando a declaração de Pedro em; Ref I Pe 4.12-14 “...Não estranheis a “ardente Prova”...que vem sobre vós “para vos tentar” como se “Coisa estranha” vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes “participantes” das aflições de Cristo...” Sugere as “aflições de Cristo” como laboratório clínico de terapia intensiva para Capacitação e Reabilitação do desenvolvimento de um caráter estritamente Cristão. Ref Tg 1.12 “...quando for provado receberá a coroa da vida...”, configurando assim, Cristo como símbolo de Cruz.
A narrativa autobiográfica de Jesus como nome próprio dado ao filho do casal José e Maria, Mc 6.1-4 “...não é este o carpinteiro filho de Maria...?” Que teve sua concepção sobrenatural (fecundada pelo Espírito) como também seu nascimento virginal, no entanto, apesar de toda esta contra-produção mística que envolveu seu nascimento não auferiu àquela criança a patente vicária de Cristo, o Evangelho de Lucas revela que; “...o menino crescia e se fortalecia em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens...” afim de cumprir toda justiça acerca do Cristo, At 17.1-3 “...Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos...”, a propósito Jesus já tinha conhecimento prévio do cálice que havia de padecer, devido as prerrogativas bíblicas sobre a afirmação do Cristo, arroladas pelo profeta Isaias.
O mesmo teve a precaução de não mencionar nome pessoal em suas profecias, afinal “profecia não pode constar nome pessoal”, o profeta apenas revela que o menino seria o Emanuel, Is 7.14-16.
Enfim o Salmista também revela que o Cristo para cumprir as exigências para Remissão dos Pecados, Hb 9.11-24 “...sem derramamento de sangue não há remissão...” necessariamente tomaria o Cálice da Salvação, Sl 116.12,13 “...tomarei o cálice da salvação...” Jesus no entanto oscilou em sua enfática vontade, coxeando em pensamento dúbio, entre “...passa de mim este cálice...” e o “...seja feito a tua vontade...” que poderia comprometer a sua originalidade do Cristo, no entanto com efeito Jesus logo retrucou em dizer; Jo 18.11 “...não beberei eu o cálice que o Pai me deu?...” Há um registro em; I Jo 2.22 “...quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?...” também em; I Jo 5.1 “...todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus...” Outrossim ainda hoje a nação judaica não aceita Jesus como o Cristo, Jo 7.40-42 “...outros diziam; Este é o Cristo; mas outros retrucavam; Vem pois o Cristo da Galiléia?...não diz a escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém?...” Isto porque todo sofrimento que Davi experimentou prefigurou o sofrimento do Cristo, Sl 22.1 e Sl 69.21.
Havia certa expectativa, um enigma sobre quem seria o Cristo, Lc 3.15,16 “...estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo...” Todos que se apresentassem com algum componente de uma conduta vicária já se tornava suspeito de ser o Cristo. O próprio João Batista censurou se Jesus era de fato o Cristo, Mt 11.2-4 “...És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?...” finalmente Jesus é declarado O Cristo, Mt 16.16 “...Tu és o Cristo...” consumando na cruz as exigências divina para a autenticação do Cristo.
Não obstante, Paulo apresenta Cristo como uma Formação Emblemática para todo cristão Gl 4.19 “...até que Cristo seja Formado em vós...” na verdade cristo seria um projeto de Deus para construção de uma personalidade de natureza divina, Cl 3.4 “...quando Cristo, que é a nossa vida se manifestar...” pois quem está em cristo se constitui como uma nova criatura, se despojando do velho homem que se corrompe pelas concupiscências do engano...e se revestindo do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade...” sobretudo, porque, o Cristo é consagrado como Messias (redentor) pelo sofrimento e aflições, Hb 2.9,10 “...consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles...” verc’ 16-18 “...convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos...porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, assim pode socorrer aos que são tentados...” Corroborando que as aflições são as provações necessárias para o aperfeiçoamento do caráter afim de alcançar à medida da estatura completa de Cristo, Ef 4.13,14.
A propósito, cada cristão necessariamente tomará o cálice da salvação do Senhor, Mt 20.22,23 “...na verdade bebereis o meu cálice...” Assim como Paulo, “...padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo que é a Igreja...” Cl 1.24. Inclusive ele faz uma impressionante revelação “...Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mais Cristo vive em mim...” Gl 2.20.
É importante também ressaltar que Deus se revelou em toda sua plenitude através do Verbo. Na sua particular narrativa ao iniciar seu Evangelho João faz uma importante revelação, Ref Jo 1.1 “NO PRINCÍPIO era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus.” O Verbo: Substantivo masculino, que denota; Tom de voz, vibração sonora, expressão e ação por meio de palavras, estado ou qualidade de um sujeito. Para melhor compreensão seria: “o verbo como o estado ou qualidade de Deus” e ou “Cristo o verbo(a Palavra) no estado corporal de Deus” Afinal a expressão “O verbo se fez carne” nada mais é que transformar conhecimento em prática de vida, e ou personificar dando forma corporal à própria palavra. Ref, Tg 1.25 - Cl 2.9.
Outrossim a palavra de Deus é viva e eficaz porque alguém viveu a sua íntegra na aplicação prática diária, e experimentou a sua eficácia. Ref, Mt 3.15 – Tg 1.22 – Cl 1.25. E o verbo se “fez” carne: A conjugação verbal “fez” está na terceira pessoa no pretérito perfeito do verbo fazer, que denota; Dar existência; ou dá forma à; praticar; executar; Ref, Ef 2.22 – I Pe 2.5. O verbo “fazer” na primeira pessoa do presente do indicativo é “Eu faço” e nesta forma alude como encargo de responsabilidade pessoal Ref, Gl 4.19 “...Cristo seja formado em vós...” Isto é, “o verbo(ou o cristo) recebe a sua forma corporal”.
Em suma toda plenitude de Deus habita corporalmente em Cristo Jesus. Ref, Cl 1.9-19.
Pensamento; “o lado mais sublime de Deus é quando Ele se humaniza, e o lado mais espetacular do homem é quando ele se diviniza”, afinal nós fazemos parte do corpo de Cristo que é a sua igreja, Ref, I Co 12.27 e como membros deste corpo (sua igreja) é fato notório que somos participantes da mesma “natureza divina” (Cristo), Ref, II Pe 1.4
Para concluir quero ressaltar que quando pregamos a “palavra da cruz” seu conteúdo principal é o “Cristo crucificado” sendo assim ela exerce ação de “Poder de Deus” e função de “Sabedoria de Deus”, pois foi no cume do calvário que se deu a consumação da “Remissão dos Pecados” pelo sangue exaurido e expiado da morte do Cristo para definitiva reconciliação da humanidade para com Deus.
Afinal a Luz do Evangelho da Glória de Cristo que é a Imagem de Deus, se constitui como o Protótipo do Cristo, da qual toda humanidade foi destituída pelo pecado de “Adão”, sendo ele mesmo a figura daquele que seria o Cristo, apesar de Adão ter sido também criado sobrenaturalmente, Gn 2.7 “...e soprou(ruach=Espírito) em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”.
Outrossim, a Luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus e que se reflete na Face do Cristo, foi restituída para humanidade pela consumação da obra vicária vivida por “Jesus” e esta sobreexcelente glória, na face do Cristão deve ser conservado em vasos de barro. Isto é, a iluminação da Glória deste Mistério que é Cristo em Vós; - *Jesus é a plena revelação do mistério Deus-Cristo. E nós estamos atrelados a esse mistério pela plenitude do corpo de Cristo que é a igreja*
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