Palavra do leitor
- 21 de fevereiro de 2016
- Visualizações: 2750
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
O Cristianismo Pós Moderno: conformismo e conveniência?
O Cristianismo Pós Moderno: conformismo e conveniência?
‘’O Cristianismo ora nominado de pós – moderno reduz o evangelho do inconformismo a uma cartilha de como se vestir para as conveniências de uma realidade submersa ao relativismo, ao subjetivismo e ao individualismo, dentro de uma realidade pluralista e num vácuo ético e de valores orientadores, pelo qual tudo pende para os badalados pontos de vista. ’’
''Devemos ponderar para não sermos aterros de sermões, de pregações que somente mexem com nossa superficialidade, de teses teológicas, de profecias e revelações, agradáveis até, mas nada mais além disso; em outras palavras, não sermos também um monturo ou um vale de palavras secas, sem sabor, sem vivacidade, sem inspiração e criação; sinceramente, talvez seja preferível uma palavra, ao invés de toda a bíblia, sem a graciosa fecundidade, ou seja, a unção, simples e profunda, da Cruz de Cristo.''
O Cristianismo pós – moderno não anda pelas trilhas do inconformismo.
Aliás, o inconformismo por desmontar tantos pesos e contrapesos de doutrinas e dogmas, pelo qual as pessoas permanecem atreladas a uma penitência, como se a salvação tivesse algo a ser compensado. Durante séculos, a dita igreja se perdeu por labirintos para definir qual a mais acertada linha teológica a ser aplicada.
Não parou por ai, cindiu – se, esgarçou – se e desmoronou o diálogo da tolerância e multidiversidade, com outras correntes cristãs, para defender sua tradição e seus costumes. Eis os episódios pós reforma protestante, ao qual desembocou numa pletora de vertentes teológicas, místicas e por ai foi.
Ultimamente, somos confrontados com um Cristianismo maltrapilho, barateado, de bagatelas, de trocas, reduzido a tornar as pessoas boas, caridosas, legais e bem – sucedidas, mas sem ir as feridas, sem abordar uma redefinição de valores e práticas éticas, sem questionar nossas posições e convicções.
Em outras palavras, um Cristianismo adaptado as exigências de um contexto de conveniências e conformismo, de uma espiritualidade bem acomodada aos ritualismos dominicais, as opções mercadológicas (ou seja, uma realidade evangélica volátil, com consumidores inveterados por novidades e inovações advindas dos púlpitos e de suas personalidades predestinadas, homens e mulheres acima do bem e do mal).
De notar, um Cristianismo voltado a estabelecer aos homens a decisão por se achegar ao Criador, quando a trajetória de Cristo já firmou essa via. Mesmo assim, os homens porfiam em fazer o caminho e ditar as regras. Vou adiante, o Cristianismo pós – moderno não traz o sentimento do dever, da responsabilidade pelo próximo, do serviço como manifestação de usar os talentos e dons em prol da vida.
Grosso modo, noutro lado da moeda, elege a reivindicação dos meus direitos, a defesa irrestrita das minhas volições e aspirações forjadas dentro de uma cultura consumista e narcisista. Nessa linha de raciocínio, substitui – se o discipulado para seguir ícones que me atenda, nem sequer atenta para a confissão, porque as pessoas se reúnem em espaços desprovidos de qualquer leitura de viver em comunidade.
Abre – se um parêntese, o Cristianismo pós-moderno não se arraiga e se move para lá e cá, sempre consoante ao binômio – ‘’lucro e prejuízo’’, não estimula as pessoas a se olharem e se importarem (umas com as outras). Tudo se limita a uma relação vertical, entre eu e Deus, nada mais e nada menos!
Sem titubear, suas palavras são como cismas, cada pedaço com a intenção de falar mais alto, quem pode curar, prosperar, intervir mais... Perde-se em disputas territoriais, se esquece de a verdadeira religião (aqui no sentido de a adoção de valores supremos e dignos para todo ser humano) se pauta no cuidado aos órfãos, as viúvas, aos estrangeiros, aos pobres (de cidadania, de uma espiritualidade saudável, de humanidade, de esperança, de uma política séria e sincera).
Para piorar o quadro, leva as pessoas a não mais responderem ao Senhor, em oração; afinal de contas, tem seus intermediários que jejua, que ora, que medita e intercede por você, numa espécie de quarteirização da Trindade. Não bastasse, muito menos precisamos sair de casa, oferece – nos cultos virtuais, sem a necessidade chorar, amar, participar, viver a parceria, partilhar e aprofundar os laços de espirituais, humanos e afetivos com outros.
Verdadeiramente, o Cristianismo pós – moderno se reduz a uma cartilha humanista, com séculos de tradição,como se fosse um ideal a ser adaptado. Agora, fomos chamados para nos conformamos com o presente século? Ora, isto não envolve ir a direção do evangelho simples de Cristo, do Carpinteiro dos Recomeços, de Jesus de Nazaré, do Messias da vida, porque andou entre publicanos, plebeus, pobres, ricos, gente suspeita (Zaqueu), repudiada (a mulher adultera), desprezada (a mulher sírio fenícia, a mulher samaritana), execrada (centurião romano) e trouxe vida?
‘’O Cristianismo ora nominado de pós – moderno reduz o evangelho do inconformismo a uma cartilha de como se vestir para as conveniências de uma realidade submersa ao relativismo, ao subjetivismo e ao individualismo, dentro de uma realidade pluralista e num vácuo ético e de valores orientadores, pelo qual tudo pende para os badalados pontos de vista. ’’
''Devemos ponderar para não sermos aterros de sermões, de pregações que somente mexem com nossa superficialidade, de teses teológicas, de profecias e revelações, agradáveis até, mas nada mais além disso; em outras palavras, não sermos também um monturo ou um vale de palavras secas, sem sabor, sem vivacidade, sem inspiração e criação; sinceramente, talvez seja preferível uma palavra, ao invés de toda a bíblia, sem a graciosa fecundidade, ou seja, a unção, simples e profunda, da Cruz de Cristo.''
O Cristianismo pós – moderno não anda pelas trilhas do inconformismo.
Aliás, o inconformismo por desmontar tantos pesos e contrapesos de doutrinas e dogmas, pelo qual as pessoas permanecem atreladas a uma penitência, como se a salvação tivesse algo a ser compensado. Durante séculos, a dita igreja se perdeu por labirintos para definir qual a mais acertada linha teológica a ser aplicada.
Não parou por ai, cindiu – se, esgarçou – se e desmoronou o diálogo da tolerância e multidiversidade, com outras correntes cristãs, para defender sua tradição e seus costumes. Eis os episódios pós reforma protestante, ao qual desembocou numa pletora de vertentes teológicas, místicas e por ai foi.
Ultimamente, somos confrontados com um Cristianismo maltrapilho, barateado, de bagatelas, de trocas, reduzido a tornar as pessoas boas, caridosas, legais e bem – sucedidas, mas sem ir as feridas, sem abordar uma redefinição de valores e práticas éticas, sem questionar nossas posições e convicções.
Em outras palavras, um Cristianismo adaptado as exigências de um contexto de conveniências e conformismo, de uma espiritualidade bem acomodada aos ritualismos dominicais, as opções mercadológicas (ou seja, uma realidade evangélica volátil, com consumidores inveterados por novidades e inovações advindas dos púlpitos e de suas personalidades predestinadas, homens e mulheres acima do bem e do mal).
De notar, um Cristianismo voltado a estabelecer aos homens a decisão por se achegar ao Criador, quando a trajetória de Cristo já firmou essa via. Mesmo assim, os homens porfiam em fazer o caminho e ditar as regras. Vou adiante, o Cristianismo pós – moderno não traz o sentimento do dever, da responsabilidade pelo próximo, do serviço como manifestação de usar os talentos e dons em prol da vida.
Grosso modo, noutro lado da moeda, elege a reivindicação dos meus direitos, a defesa irrestrita das minhas volições e aspirações forjadas dentro de uma cultura consumista e narcisista. Nessa linha de raciocínio, substitui – se o discipulado para seguir ícones que me atenda, nem sequer atenta para a confissão, porque as pessoas se reúnem em espaços desprovidos de qualquer leitura de viver em comunidade.
Abre – se um parêntese, o Cristianismo pós-moderno não se arraiga e se move para lá e cá, sempre consoante ao binômio – ‘’lucro e prejuízo’’, não estimula as pessoas a se olharem e se importarem (umas com as outras). Tudo se limita a uma relação vertical, entre eu e Deus, nada mais e nada menos!
Sem titubear, suas palavras são como cismas, cada pedaço com a intenção de falar mais alto, quem pode curar, prosperar, intervir mais... Perde-se em disputas territoriais, se esquece de a verdadeira religião (aqui no sentido de a adoção de valores supremos e dignos para todo ser humano) se pauta no cuidado aos órfãos, as viúvas, aos estrangeiros, aos pobres (de cidadania, de uma espiritualidade saudável, de humanidade, de esperança, de uma política séria e sincera).
Para piorar o quadro, leva as pessoas a não mais responderem ao Senhor, em oração; afinal de contas, tem seus intermediários que jejua, que ora, que medita e intercede por você, numa espécie de quarteirização da Trindade. Não bastasse, muito menos precisamos sair de casa, oferece – nos cultos virtuais, sem a necessidade chorar, amar, participar, viver a parceria, partilhar e aprofundar os laços de espirituais, humanos e afetivos com outros.
Verdadeiramente, o Cristianismo pós – moderno se reduz a uma cartilha humanista, com séculos de tradição,como se fosse um ideal a ser adaptado. Agora, fomos chamados para nos conformamos com o presente século? Ora, isto não envolve ir a direção do evangelho simples de Cristo, do Carpinteiro dos Recomeços, de Jesus de Nazaré, do Messias da vida, porque andou entre publicanos, plebeus, pobres, ricos, gente suspeita (Zaqueu), repudiada (a mulher adultera), desprezada (a mulher sírio fenícia, a mulher samaritana), execrada (centurião romano) e trouxe vida?
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 21 de fevereiro de 2016
- Visualizações: 2750
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados