Palavra do leitor
- 27 de fevereiro de 2008
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O cristianismo não é uma religião
O cristianismo mais que uma religião é uma forma de sociedade organizada e justa, onde o homem, sob a regência de Deus, promove, a partir de sua própria auto-regulação, o bem-estar comum. Em outras palavras, cristianismo tem a ver com a instalação de um tipo de comunidade que possibilite a redenção do homem, e lhe assegure uma vida plena de vitalidade (Vida Viva), em si e no todo.
Isso é o que a Bíblia nos apresenta desde a criação, em Gênesis: Quando Deus concluiu sua obra, viu que ela era boa!
Todo o desenrolar do antigo testamento nos leva a entender essa tentativa de Deus para manter no homem a sua vocação essencial, viver para o bem comum. Para Ele não há outra saída ou salvação.
Porém, forças contrárias estão sempre provocando o homem a se distanciar de Deus, a idealizá-Lo e criar nichos onde é escondido e acessado apenas por um grupo seleto de “adoradores” que têm dia e hora para encontrá-Lo. Transfere-se Deus para o imaginário da criatura e criam-se os véus, as religiões.
Cristo veio para eliminar isso, veio dar o exemplo do que é vida santa, do que é vida verdadeira. E Ele não o faz de outra forma do que ensinando a vivermos na prática do bem estar para todos (humanidade), no dia a dia. Não há salvação para o homem fora do bem viver comunitário.
Percebo a igreja de Jesus Cristo contaminada por este germe do distanciamento. Os rituais e tradições sobrepujam a vida comunitária. E novamente estamos transferindo Deus para os tabernáculos do imaginário onde o visitamos algumas vezes por semana ou até todos os dias para nos sentirmos próximos ao Senhor. A vida secular deste homem é coisa distinta e separada de Deus. Suas ações no dia-a-dia são ações iguais ou piores que a dos não crentes. Seu individualismo e a perda da visão sistêmica do todo lhe cega a visão. E mais uma vez transformam Deus num guru que vai lhe fortificar para que dê conta das empreitadas não cristãs da sua jornada.
A meu ver, estamos caminhando outra vez para a separação. Foi assim com o judaísmo, foi assim com a igreja católica e está começando a se delinear o mesmo nas igrejas evangélicas. É preciso emergir das cinzas, é preciso fazer vinho novo, é preciso avivar o verdadeiro cristianismo, ou seja, a instalação de uma comunidade que tenha como missão o bem estar comum, isto é, casa para morar, comida na mesa, educação para os filhos, tratamento para os doentes e, principalmente, respeito ao outro e as suas diferenças, além da compreensão de que não é possível ser feliz sozinho. Podemos começar em nossas igrejas. Podemos começar levantando informações de como está essa comunidade.
A sua igreja é exemplo de comunidade que promove o bem-estar comum? Que diminui as diferenças sociais entre os seus membros? Que cura o doente, ampara o necessitado, educa as crianças carentes (órfãos)? Você tem o mapa das condições de vida das pessoas de sua igreja/comunidade? Sua igreja pode ser enquadrada no modelo cristão de desenvolvimento social? Se a sua igreja não está focada nessas questões, talvez seja melhor chamá-la de templo, porque essa é uma igreja que não tem a ver com o Cristo, já está separada do movimento cristão.
O cristianismo mais que uma religião é um estilo de vida e Cristo é atitude. Portanto o cristão tem que ser sal da terra e luz do mundo! Mãos à obra, ao Caminho, à Verdade e à Vida!
Isso é o que a Bíblia nos apresenta desde a criação, em Gênesis: Quando Deus concluiu sua obra, viu que ela era boa!
Todo o desenrolar do antigo testamento nos leva a entender essa tentativa de Deus para manter no homem a sua vocação essencial, viver para o bem comum. Para Ele não há outra saída ou salvação.
Porém, forças contrárias estão sempre provocando o homem a se distanciar de Deus, a idealizá-Lo e criar nichos onde é escondido e acessado apenas por um grupo seleto de “adoradores” que têm dia e hora para encontrá-Lo. Transfere-se Deus para o imaginário da criatura e criam-se os véus, as religiões.
Cristo veio para eliminar isso, veio dar o exemplo do que é vida santa, do que é vida verdadeira. E Ele não o faz de outra forma do que ensinando a vivermos na prática do bem estar para todos (humanidade), no dia a dia. Não há salvação para o homem fora do bem viver comunitário.
Percebo a igreja de Jesus Cristo contaminada por este germe do distanciamento. Os rituais e tradições sobrepujam a vida comunitária. E novamente estamos transferindo Deus para os tabernáculos do imaginário onde o visitamos algumas vezes por semana ou até todos os dias para nos sentirmos próximos ao Senhor. A vida secular deste homem é coisa distinta e separada de Deus. Suas ações no dia-a-dia são ações iguais ou piores que a dos não crentes. Seu individualismo e a perda da visão sistêmica do todo lhe cega a visão. E mais uma vez transformam Deus num guru que vai lhe fortificar para que dê conta das empreitadas não cristãs da sua jornada.
A meu ver, estamos caminhando outra vez para a separação. Foi assim com o judaísmo, foi assim com a igreja católica e está começando a se delinear o mesmo nas igrejas evangélicas. É preciso emergir das cinzas, é preciso fazer vinho novo, é preciso avivar o verdadeiro cristianismo, ou seja, a instalação de uma comunidade que tenha como missão o bem estar comum, isto é, casa para morar, comida na mesa, educação para os filhos, tratamento para os doentes e, principalmente, respeito ao outro e as suas diferenças, além da compreensão de que não é possível ser feliz sozinho. Podemos começar em nossas igrejas. Podemos começar levantando informações de como está essa comunidade.
A sua igreja é exemplo de comunidade que promove o bem-estar comum? Que diminui as diferenças sociais entre os seus membros? Que cura o doente, ampara o necessitado, educa as crianças carentes (órfãos)? Você tem o mapa das condições de vida das pessoas de sua igreja/comunidade? Sua igreja pode ser enquadrada no modelo cristão de desenvolvimento social? Se a sua igreja não está focada nessas questões, talvez seja melhor chamá-la de templo, porque essa é uma igreja que não tem a ver com o Cristo, já está separada do movimento cristão.
O cristianismo mais que uma religião é um estilo de vida e Cristo é atitude. Portanto o cristão tem que ser sal da terra e luz do mundo! Mãos à obra, ao Caminho, à Verdade e à Vida!
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