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Palavra do leitor

O cristão no mundo politicamente correto e os Demas acadêmicos - Parte 1

"Quando eu penso em valores cristãos, penso em amar o próximo como a si mesmo, dar a outra face, tacar a primeira pedra quem nunca pecou, perdoar ladrões, curar doentes, crítica da riqueza, etc. Mas não. Invariavelmente ‘valores cristãos’ significa direito de andar armado e matar ‘bandidos’, homofobia, ser contra a igualdade de gênero, criacionismo, etc. É uma coisa curiosa o fato de que os cristãos esqueceram o novo testamento. É como se Jesus não existisse para os cristãos. Os exemplos vêm todos do antigo testamento. E olha que nem cristão eu sou. Mas é um fato que me deixa intrigado. Em que momento Jesus se tornou irrelevante para os cristãos?"

Fiquei ciente da publicação acima através de uma jovem cristã universitária. O post supracitado é notoriamente sofismático, embora o argumento viciado (facilmente refutável) retrate bem os traços característicos de uma era dominada por patrulhas ideológicas que fiscalizam comportamentos religiosos, monopolizam virtudes e sentenciam até o que seria "valores cristãos" em sua eisegese - ao contrário da exegese.

O post de nossa análise foi publicado por um acadêmico que diz "E olha que nem sou cristão", mas se sente no dever ético-moral de arbitrar o ensino do que é ser cristão aos próprios cristãos, que pelo visto perderam até o direito de "lugar de fala" -- modismo acadêmico recorrente e bem popularizado ultimamente.

Se o testemunho de inúmeros cristãos são contraditórios com o evangelho que pregam e incapaz de representar o real cristianismo puro e simples, muitos críticos do cristianismo também não são pessoas com o mínimo parâmetro de conduta, caráter e valores para ninguém - além dos que compartilham do mesmo estilo de vida.

Presenciei inúmeras pessoas humanitaristas, pretensamente defensoras dos oprimidos, guardiães dos excluídos e alto senso de consciência, justiça social (quase irrepreensíveis no discurso do amor), apresentando claras contradições ao odiar seus desafetos ideológicos e desejarem com todas as forças a morte daquele que representava o maior inimigo político delas.

Ao passo que nos últimos dez anos a nação brasileira foi apontada (politicamente) como protagonista da chamada "onda conservadora", por outro lado os meios mais influentes da difusão cultural (mídia e universidades, por exemplo) provou-se ideológica e hegemonicamente "progressista" desde o século passado. E assim como os princípios da fé cristã e os valores da evangelização bíblica tradicional declinam socialmente a cada geração, ao mesmo tempo, consolida-se cada vez mais em substituição uma hermenêutica teológica existencialista-liberal.

Na Parábola do Fariseu e Publicano, ao sentir-se indigno pecador evidenciando arrependimento, o corrupto cobrador de impostos sai do templo e volta para casa justificado por Deus, ao contrário do fariseu que imaginava-se moral e espiritualmente superior aos demais.

Em nosso tempo, muitos irreligiosos batem no peito em soberba e cegueira ao olharem-se no espelho como bons. Convictos de serem melhores que muitos cristãos, afirmam: "Não mato, não roubo, cumpro meus deveres e faço o bem. Não preciso de igreja alguma, pois é um lugar de hipócritas". Esquecendo de que na igreja sempre cabe mais um deles, preferem estribar-se na imaginária justiça das próprias obras meritórias, mas desconhecem que no quesito justificação diante de Deus, nossas melhores ações não passam de trapos imundos (Is 64:6) – a menos que sejam frutos da atuação do Santo Espírito num coração transformado .

É inegável o estrago do cristianismo nominal que tem deturpado a mensagem de Cristo durante séculos. O iluminista Diderot, por exemplo, quando questionado se cria que existia ateus verdadeiros, teria respondido que duvidava da existência de reais cristãos. Semelhante fato se deu com Gandhi. Depois de ler os evangelhos e ficar maravilhado, teria ido numa igreja protestante, mas ao sofrer discriminação etno-xenófoba (e impedido de adentrar na congregação local), decidiu morrer hindu, afirmando amar Jesus Cristo mas não ter se tornado cristão por causa deles mesmos – que discursavam lindamente, mas negavam na prática o que pregavam.

O arqui-inimigo sabe como usar ardilosamente erros humanos como "pedra de tropeço" e maus testemunhos de religiosos para tentar descredibilizar o evangelho. Assim, condutas reprováveis e escândalos diversos no seio do Cristianismo, realidades históricas lamentáveis do teísmo medieval, cristianismo romanizado, protestantismo deformado, líderes religiosos charlatães e manipuladores de fiéis e pastores impostores que são verdadeiros ateus simoníacos, etc., são apenas algumas das muitas mazelas que desapontam os descrentes.

O mundo está saturado de tanta hipocrisia, escândalo e contradições entre a vida e discurso cristão. As pessoas estão cansadas de tanto ouvir falar de Jesus. À semelhança dos gregos em João 12, elas querem ver Jesus.

A única oportunidade de muitos verem Jesus em nós (e seus valores) estará numa vida cristã de real comunhão.
Alagoinhas - BA
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