Palavra do leitor
- 05 de setembro de 2011
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O crescimento das Igrejas Históricas no Brasil
Cumpriu-se, então, a "profecia" de Darcy Dusilek.
Abaixo de meu comentário segue o link do texto escrito pelo Dr. Augustus Nicodemus Lopes, sobre o fenômeno da volta do Crescimento das igrejas históricas.
Há 15 anos, o saudoso pastor batista Darcy Dusilek, à época presidente da Convenção Batista Brasileira, disse que as Igrejas históricas deveriam se preparar para receberem em suas membresias os crentes que viriam do movimento neopentecostal profundamente decepcionados e desejosos por igrejas mais saudáveis e equilibradas.
Além disso, Paul Freston, Historiador e Antropólogo Social e professor da Universidade de São Carlos (SP) em seu artigo, publicado em ULTIMATO, comentou acerca do não cumprimento de alguns prognósticos publicados na década de 90 que apontavam para o fim das igrejas tradicionais. O sociólogo pontua que diferentemente do que alguns técnicos em estatística analisaram, as históricas não só não desapareceram, como, também, passam por uma fase estável (diferentemente das neopentecostais).
E, não podemos nos esquecer, do fenômeno do neocalvinismo (reconhecido e publicado inclusive na revista TIME), onde, se sabe, que muitos de seus adeptos são oriundos de comunidades neopentecostais que cansados com as heresias do movimento, descobriram nas doutrinas da Graça ( pregada com mais ênfase nas igrejas históricas-reformadas) o antídoto necessário para livrar-se de toda intoxicação teológica-doutrinária.
Portanto, Darcy estava certo. Pena não estar vivo para aferir como “profetizara” e Freston acertou também em suas análises!
Embora o movimento dos desigrejados cresça intensamente no Brasil, pois já mais de 4 milhões de evangélicos em nosso país que declararam no último IBGE a desvinculação com qualquer instituição religiosa, não é de admirar que grande parte deste “desigrejados” sejam, em sua ampla maioria, filhos das igrejas pentecostais e neopentecostais, que se decepcionaram com os ensinos e práticas dos líderes e demais congregados.
É claro que há desigrejados também nas fileiras históricas, entretanto, seu fluxo é estatísticamente menor, porquanto, em tais comunidades há mais prestação de contas (moral, ética e financeira), equilíbrio litúrgico, ênfase bíblico-teológica e doutrinária e prática missional sendo, consequentemente, ambientes mais saudáveis.
Portanto, alegro-me em verificar o registro daquilo que já percebia. O crescimento das igrejas históricas. Concordo com as análises! Tenho pesquisado bastante o assunto, pois trata-se do tema de minha dissertação em meu mestrado em ciência da Religião. E já identifiquei três movimentos básicos dos decepcionados:
1- Rompem seus laços institucionais e abrem novas comunidades, onde procurararão expressar suas crenças. Este comportamento é histórico e tradicional, pois no decorrer da história da igreja, desde o primeiro século, com Montano, por exemplo, tem sido assim.
2- Rompem seus laços instituicionais e não procuram mais qualquer forma vinculo formal. Estes são os desigrejados. Alvo de minha pesquisa. É um movimento mais recente. Possui contradições básicas, porquanto prega o fim da instituição, mas muitos, como Frank Viola, por exemplo, insistem na idéia de manter a comunhão em igrejas caseiras (forma de instituição?). Ao mesmo tempo há aqueles que defendem a total independência e necessidade da igreja reunida. Seja em templos ou mesmo em casas. Ou seja, para tais, qualquer forma de reunião não é necessária. São poucos e não muito barulhentos, mas existem!
3- O terceiro movimento básico é o retorno dos decepcionados para as igrejas históricas. Para tais a decepcão não provocou uma total ruptura com a instituição cristã, mas aguçou seu senso crítico e desejosos de experimentarem relações cristãs mais saudáveis, procuram comunidades onde haja uma liderança mais ética e equilibrada e onde se encontre a ènfase em oração, estudo sério e sistemático das Escrituras, comunhão e engajamento social e missionário. Qunado a encontram, terminam voltando.
No que tange ao último ítem, Como disse acima... A profecia de Darcy Dusilek (In Memorian) se cumpriu!
Abaixo de meu comentário segue o link do texto escrito pelo Dr. Augustus Nicodemus Lopes, sobre o fenômeno da volta do Crescimento das igrejas históricas.
Há 15 anos, o saudoso pastor batista Darcy Dusilek, à época presidente da Convenção Batista Brasileira, disse que as Igrejas históricas deveriam se preparar para receberem em suas membresias os crentes que viriam do movimento neopentecostal profundamente decepcionados e desejosos por igrejas mais saudáveis e equilibradas.
Além disso, Paul Freston, Historiador e Antropólogo Social e professor da Universidade de São Carlos (SP) em seu artigo, publicado em ULTIMATO, comentou acerca do não cumprimento de alguns prognósticos publicados na década de 90 que apontavam para o fim das igrejas tradicionais. O sociólogo pontua que diferentemente do que alguns técnicos em estatística analisaram, as históricas não só não desapareceram, como, também, passam por uma fase estável (diferentemente das neopentecostais).
E, não podemos nos esquecer, do fenômeno do neocalvinismo (reconhecido e publicado inclusive na revista TIME), onde, se sabe, que muitos de seus adeptos são oriundos de comunidades neopentecostais que cansados com as heresias do movimento, descobriram nas doutrinas da Graça ( pregada com mais ênfase nas igrejas históricas-reformadas) o antídoto necessário para livrar-se de toda intoxicação teológica-doutrinária.
Portanto, Darcy estava certo. Pena não estar vivo para aferir como “profetizara” e Freston acertou também em suas análises!
Embora o movimento dos desigrejados cresça intensamente no Brasil, pois já mais de 4 milhões de evangélicos em nosso país que declararam no último IBGE a desvinculação com qualquer instituição religiosa, não é de admirar que grande parte deste “desigrejados” sejam, em sua ampla maioria, filhos das igrejas pentecostais e neopentecostais, que se decepcionaram com os ensinos e práticas dos líderes e demais congregados.
É claro que há desigrejados também nas fileiras históricas, entretanto, seu fluxo é estatísticamente menor, porquanto, em tais comunidades há mais prestação de contas (moral, ética e financeira), equilíbrio litúrgico, ênfase bíblico-teológica e doutrinária e prática missional sendo, consequentemente, ambientes mais saudáveis.
Portanto, alegro-me em verificar o registro daquilo que já percebia. O crescimento das igrejas históricas. Concordo com as análises! Tenho pesquisado bastante o assunto, pois trata-se do tema de minha dissertação em meu mestrado em ciência da Religião. E já identifiquei três movimentos básicos dos decepcionados:
1- Rompem seus laços institucionais e abrem novas comunidades, onde procurararão expressar suas crenças. Este comportamento é histórico e tradicional, pois no decorrer da história da igreja, desde o primeiro século, com Montano, por exemplo, tem sido assim.
2- Rompem seus laços instituicionais e não procuram mais qualquer forma vinculo formal. Estes são os desigrejados. Alvo de minha pesquisa. É um movimento mais recente. Possui contradições básicas, porquanto prega o fim da instituição, mas muitos, como Frank Viola, por exemplo, insistem na idéia de manter a comunhão em igrejas caseiras (forma de instituição?). Ao mesmo tempo há aqueles que defendem a total independência e necessidade da igreja reunida. Seja em templos ou mesmo em casas. Ou seja, para tais, qualquer forma de reunião não é necessária. São poucos e não muito barulhentos, mas existem!
3- O terceiro movimento básico é o retorno dos decepcionados para as igrejas históricas. Para tais a decepcão não provocou uma total ruptura com a instituição cristã, mas aguçou seu senso crítico e desejosos de experimentarem relações cristãs mais saudáveis, procuram comunidades onde haja uma liderança mais ética e equilibrada e onde se encontre a ènfase em oração, estudo sério e sistemático das Escrituras, comunhão e engajamento social e missionário. Qunado a encontram, terminam voltando.
No que tange ao último ítem, Como disse acima... A profecia de Darcy Dusilek (In Memorian) se cumpriu!
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