Palavra do leitor
- 05 de março de 2012
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O contorcionismo teológico diante de Mateus 25
Lembro que uma das minhas primeiras lições como cristão evangélico era identificar na Bíblia trechos que apontassem a salvação como sendo única e exclusivamente pela fé. Junto disso também havia a tarefa de, diante de todas as indicações bíblicas de salvação pelas obras, despistar minha consciência com alguma teologia elaborada e que sempre, ao fim, apontasse apenas para a fé.
Nem vou mencionar Tiago. Pra mim a maior ginástica intelectual que fazemos pra driblar alguma indicação bíblica de salvação por obras acontece em Mateus 25. Esse texto desafia tudo que já foi escrito e reescrito sobre “sola fide”. A escatologia também entra em cena aqui (olhe, por exemplo, como é complicado pra um mero mortal compreender essa passagem de acordo com este http://www.respondi.com.br/2012/01/quem-sao-os-bodes-e-ovelhas-de-mateus.html).
Claramente Jesus separa bodes de ovelhas de acordo com quem fez e quem não fez. Quem deu de comer e de beber, vestiu e visitou está no lugar bom. Quem se omitiu (não que tenha feito o mal, mas simplesmente deixou de fazer o bem – o que já coloca nossa moral religiosa de certo e errado numa posição vergonhosa) fica no lugar ruim. Alguns preferem os termos céu e inferno. Use a palavras que quiser.
O fato é que diante de tamanha evidência temos que revisar – ou, por que não?, abandonar – toda teologia feita até o momento com base em um dos princípios da Reforma (“sola fide”). Nosso rasinho “Somos salvos PRA fazermos boas obras, não POR fazermos boas obras”, se é que já não percebemos, não cabe mais.
O que significaria “ser salvo pela fé”? E “pelas obras”? São mutuamente excludentes?
Antes disso tudo, que seria na verdade um debate completamente inútil e infrutífero, deveríamos repensar o que significa ser salvo.
Nem vou mencionar Tiago. Pra mim a maior ginástica intelectual que fazemos pra driblar alguma indicação bíblica de salvação por obras acontece em Mateus 25. Esse texto desafia tudo que já foi escrito e reescrito sobre “sola fide”. A escatologia também entra em cena aqui (olhe, por exemplo, como é complicado pra um mero mortal compreender essa passagem de acordo com este http://www.respondi.com.br/2012/01/quem-sao-os-bodes-e-ovelhas-de-mateus.html).
Claramente Jesus separa bodes de ovelhas de acordo com quem fez e quem não fez. Quem deu de comer e de beber, vestiu e visitou está no lugar bom. Quem se omitiu (não que tenha feito o mal, mas simplesmente deixou de fazer o bem – o que já coloca nossa moral religiosa de certo e errado numa posição vergonhosa) fica no lugar ruim. Alguns preferem os termos céu e inferno. Use a palavras que quiser.
O fato é que diante de tamanha evidência temos que revisar – ou, por que não?, abandonar – toda teologia feita até o momento com base em um dos princípios da Reforma (“sola fide”). Nosso rasinho “Somos salvos PRA fazermos boas obras, não POR fazermos boas obras”, se é que já não percebemos, não cabe mais.
O que significaria “ser salvo pela fé”? E “pelas obras”? São mutuamente excludentes?
Antes disso tudo, que seria na verdade um debate completamente inútil e infrutífero, deveríamos repensar o que significa ser salvo.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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