Palavra do leitor
- 25 de janeiro de 2012
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O Clube da Capa Encardida
O Clube da Capa Encardida, conhecido também como Movimento da Capa Envelhecida, foi um movimento originado principalmente, mas não exclusivamente, na igreja evangélica brasileira, do final do milênio passado e início do atual.
O movimento foi obtendo dinâmica especial, e descentralizada, com a interação oferecida pela, então recém chegada, internet e suas redes de relacionamentos, com Blogs e mini-blogs. Hoje, há alguns anos de distância e, principalmente, devido ao seu caráter predominantemente anárquico, é difícil rastrear quais seriam os principais expoentes daquele movimento cristão brasileiro.
Uma lista fatalmente injusta e totalmente incompleta é aqui proposta: Elienai Cabral Jr. (http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/salvos-da-perfeicao), Tuco Egg (http://www.editoragrafar.com.br/conteudo/igreja-entre-aspas-somos-pedra-ou-gente) , Rondinelly, Alysson Amorim, Volney Falstini, Ricardo Q. Gouvêa, Paulo Brabo, Rubinho Osório, Lou Mello, Ricardo Gondim, Nelson Costa e Roger Brand dentre tantos outros.
Servindo de orientação para uma linha de ideias relativamente novas e revolucionárias - para a sua época - seus autores advogavam justamente a tese de que não havia nenhuma linha nova de ideias e que, eles mesmos, não eram orientadores de nada.
Os representantes daquela corrente de opinião insistiam em bater na tecla de que havia algo de errado com o cristianismo vivido no final do milênio passado (uma era de transição entre a modernidade e a pós-modernidade). As lógicas internas do paradigma evangelical brasileiro, da primeira década deste milênio, sopravam ventos institucionais muito rígidos, pois estavam amarradas aos ditames do sistema capitalista norte americano com seu consumismo maluco e a teologia (ideologia) que brotava deste solo competitivo, coorporativo e triunfalista.
O movimento em si não foi um movimento cismático, mas de abandono. Abandono de lógicas e dogmas aprisionadores, em prol de uma liberdade mais individual (ou monástica), mas nem por isso, menos coletiva.
A teologia adotada de contornos mais literário e narrativo veio primeiramente complementando, depois embarcando e por fim suplantando a racionalidade exarcebada do modernismo.
O abandono até mesmo, por muitos, da instituição “igreja” (como era então compreendida) não significou contudo o desleixo com tradições (a por G.K. Cherteston chamada: voz democrática das gerações passadas), mas sim, a troca dos confortos da igreja formal e suas tradições (meramente humanas) pelo "terreno não-mapeado do cristianismo secular".
O nome “Capa Encardida”, comumente interpretado de forma pejorativa e depreciativa pelos opositores do Movimento, derivou da (arte gráfica e) cor da capa dos livros de alguns de seus principais autores.
** “Heresias novas são na verdade tradições muito antigas” - Pablo Brabo **
------------------
encardido - [Part. de encardir.] - Adjetivo.
1. Que se encardiu; que adquiriu cor acinzentada ou amarelada pela velhice:
papel encardido.
2. Bras. Carregado, ameaçador:
3. Bras. Diz-se de coisa sobre a qual é difícil opinar.
O movimento foi obtendo dinâmica especial, e descentralizada, com a interação oferecida pela, então recém chegada, internet e suas redes de relacionamentos, com Blogs e mini-blogs. Hoje, há alguns anos de distância e, principalmente, devido ao seu caráter predominantemente anárquico, é difícil rastrear quais seriam os principais expoentes daquele movimento cristão brasileiro.
Uma lista fatalmente injusta e totalmente incompleta é aqui proposta: Elienai Cabral Jr. (http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/salvos-da-perfeicao), Tuco Egg (http://www.editoragrafar.com.br/conteudo/igreja-entre-aspas-somos-pedra-ou-gente) , Rondinelly, Alysson Amorim, Volney Falstini, Ricardo Q. Gouvêa, Paulo Brabo, Rubinho Osório, Lou Mello, Ricardo Gondim, Nelson Costa e Roger Brand dentre tantos outros.
Servindo de orientação para uma linha de ideias relativamente novas e revolucionárias - para a sua época - seus autores advogavam justamente a tese de que não havia nenhuma linha nova de ideias e que, eles mesmos, não eram orientadores de nada.
Os representantes daquela corrente de opinião insistiam em bater na tecla de que havia algo de errado com o cristianismo vivido no final do milênio passado (uma era de transição entre a modernidade e a pós-modernidade). As lógicas internas do paradigma evangelical brasileiro, da primeira década deste milênio, sopravam ventos institucionais muito rígidos, pois estavam amarradas aos ditames do sistema capitalista norte americano com seu consumismo maluco e a teologia (ideologia) que brotava deste solo competitivo, coorporativo e triunfalista.
O movimento em si não foi um movimento cismático, mas de abandono. Abandono de lógicas e dogmas aprisionadores, em prol de uma liberdade mais individual (ou monástica), mas nem por isso, menos coletiva.
A teologia adotada de contornos mais literário e narrativo veio primeiramente complementando, depois embarcando e por fim suplantando a racionalidade exarcebada do modernismo.
O abandono até mesmo, por muitos, da instituição “igreja” (como era então compreendida) não significou contudo o desleixo com tradições (a por G.K. Cherteston chamada: voz democrática das gerações passadas), mas sim, a troca dos confortos da igreja formal e suas tradições (meramente humanas) pelo "terreno não-mapeado do cristianismo secular".
O nome “Capa Encardida”, comumente interpretado de forma pejorativa e depreciativa pelos opositores do Movimento, derivou da (arte gráfica e) cor da capa dos livros de alguns de seus principais autores.
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1. Que se encardiu; que adquiriu cor acinzentada ou amarelada pela velhice:
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3. Bras. Diz-se de coisa sobre a qual é difícil opinar.
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