Palavra do leitor
- 25 de março de 2018
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O caso Mariele: um raio x nosso!
Entre: indiferenças e insignificâncias!
‘’A solidão pode nos acomodar, mas não se faz no caminho adequado para enfrentar a certeza de que nem sempre acertaremos e, muito menos, nos ajudará, a nos encontrar com o outro’’.
A morte da vereadora do PSOL, em 14 -03 -2018, abriu as gavetas ou, apenas, confirmou o quanto estamos distante de uma justiça restauradora e reconciliadora. Ora, digo isso, por fazer, após, um raio x, a partir das redes sociais, autênticos pequenos álbuns de uma realidade, do cada um por si e detentores de suas verdades. Lastimavelmente, observei toda uma enxurrada de comentários de uma violência inexorável, com o enfoque de ataca, tanto a pessoa quanto como a plataforma outrora defendida pela póstuma vereadora.
Evidentemente, como seres de livre escolha, devemos exercer nossa liberdade, agora, não podemos usar isso para descarregar posições contagiadas de um ódio, de uma aversão, de uma condenação. De um lado, considerações com certa satisfação pelo acontecido; de outro lado, um imiscuir ou mistura de repulsa a intervenção federal, no Rio de Janeiro. De certo, encontramo – nos num momento preocupante, com um cenário de portas fechadas ao diálogo, de ataques deliberados e covardes, por meio das redes sociais, de uma intolerância escancarada, de uma perda completa da hospitalidade, da convivência, do respeito, do diálogo e do partilhar.
Para piorar a situação, tudo isso, retrata um cenário temerário no que toca a ouvir ao outro, de se municiar com pedras para apedrejá-lo. Sem sombra de dúvida, o episódio que arruinou a trajetória da vereadora e do seu motorista representa a ponta, ou a lasca de vítimas ceifadas por balas perdidas, por homicídios, por atentados, por mortes de policiais, por guerras (étnicas, religiosas, ideológicas, políticas) e, enfim, por atos de uma leitura da vida humana, como um meio, nada mais.
Vou adiante, chego a conclusão de enfrentarmos os mosaicos de corações desesperançados, descrentes das relações vitais, como pontuado pelo Profeta Amós (Amós 5.24), do qual fez parte de uma época de profusa prosperidade de uns, enquanto outros colhiam os restos da sobrevivência, ou seja, um contexto de indiferenças e insignificâncias. Aliás, as indiferenças de uma prosperidade para poucos e, em contrapartida, uma parcela pra lá de expressiva se virava como podia, do homem submetendo o homem a mero objeto e descartável. Não para por aqui, a insignificância de o que o posso fazer, não mandei roubar, se drogar, não estudar, não se esforçar e outras frases de uma tentativa de justificar que o sucesso e o fracasso são aspectos de mero esforço e dedicação.
Infelizmente, a insignificância de gente desfigurada por uma crosta escurecida, envoltas pelo mau cheiro, submersas no álcool e outras substancias para suportar uma perda de sentido e humanidade, basta olhar para os mendigos esparramados pelas metrópoles. Faz – se atentar, a insignificância para aceitarmos os estupros, as hostilidades, os abusos, as arbitrariedades, porque, lá no fundo, não me atingiu e me encontro seguro nas mãos de Deus, todavia, essa mesmo busca que sejamos suas mãos, braços, ouvidos, lábios de ajuda ao outro.
Aproveito a oportunidade, não faço apologia em favor de nenhuma bandeira ideológica, seja de esquerda ou de direita, seja de ordem radical fundamentalista ou de ordem liberal. Não e não, a partir da saga de Amós, está em jogo, em xeque, em questão a vida humana, o ser humano ,ao qual, nos remete a essa louca, a essa incorreta, a essa transgressiva, a essa irrupção da Graça chamada Cristo, ao qual teima por gente, por mim, por você, por nós, por brancos, por negros, por mestiços, por índios, por militantes políticos, por homossexuais, por transexuais, bissexuais, por heterossexuais, por muçulmanos, por cristãos, por ateus, por satanistas, por gnósticos, por solitários, por umbandistas, por solitários, por quem perdeu um ente querido, por quem saiu para trabalhar e não voltou, por quem não acredita mais em nada e por ai vai.
Dou mais uma pincelada, por quem amou, se entregou, se doou, genuinamente, e foi traído, por quem foi abandonado, porque, nesta noite, olha e questiona (vale a pena), por quem especula o suicídio, por quem finge que perdoou, por quem reconhece que há uma falta de alento, de desabafo, de um recomeçar. Sinceramente, não espere, da minha parte, nenhuma resposta, mas o e a convido a mergulhar nessa loucura que nos humaniza, que não impor fardos, que deixa as lágrimas (daquilo que doe) escoar e aliviar, sem a intenção de compensação, porque sua vida tem significado e diferença, por sermos um eu, com uma história e com linhas ainda a serem escritas.
‘’A solidão pode nos acomodar, mas não se faz no caminho adequado para enfrentar a certeza de que nem sempre acertaremos e, muito menos, nos ajudará, a nos encontrar com o outro’’.
A morte da vereadora do PSOL, em 14 -03 -2018, abriu as gavetas ou, apenas, confirmou o quanto estamos distante de uma justiça restauradora e reconciliadora. Ora, digo isso, por fazer, após, um raio x, a partir das redes sociais, autênticos pequenos álbuns de uma realidade, do cada um por si e detentores de suas verdades. Lastimavelmente, observei toda uma enxurrada de comentários de uma violência inexorável, com o enfoque de ataca, tanto a pessoa quanto como a plataforma outrora defendida pela póstuma vereadora.
Evidentemente, como seres de livre escolha, devemos exercer nossa liberdade, agora, não podemos usar isso para descarregar posições contagiadas de um ódio, de uma aversão, de uma condenação. De um lado, considerações com certa satisfação pelo acontecido; de outro lado, um imiscuir ou mistura de repulsa a intervenção federal, no Rio de Janeiro. De certo, encontramo – nos num momento preocupante, com um cenário de portas fechadas ao diálogo, de ataques deliberados e covardes, por meio das redes sociais, de uma intolerância escancarada, de uma perda completa da hospitalidade, da convivência, do respeito, do diálogo e do partilhar.
Para piorar a situação, tudo isso, retrata um cenário temerário no que toca a ouvir ao outro, de se municiar com pedras para apedrejá-lo. Sem sombra de dúvida, o episódio que arruinou a trajetória da vereadora e do seu motorista representa a ponta, ou a lasca de vítimas ceifadas por balas perdidas, por homicídios, por atentados, por mortes de policiais, por guerras (étnicas, religiosas, ideológicas, políticas) e, enfim, por atos de uma leitura da vida humana, como um meio, nada mais.
Vou adiante, chego a conclusão de enfrentarmos os mosaicos de corações desesperançados, descrentes das relações vitais, como pontuado pelo Profeta Amós (Amós 5.24), do qual fez parte de uma época de profusa prosperidade de uns, enquanto outros colhiam os restos da sobrevivência, ou seja, um contexto de indiferenças e insignificâncias. Aliás, as indiferenças de uma prosperidade para poucos e, em contrapartida, uma parcela pra lá de expressiva se virava como podia, do homem submetendo o homem a mero objeto e descartável. Não para por aqui, a insignificância de o que o posso fazer, não mandei roubar, se drogar, não estudar, não se esforçar e outras frases de uma tentativa de justificar que o sucesso e o fracasso são aspectos de mero esforço e dedicação.
Infelizmente, a insignificância de gente desfigurada por uma crosta escurecida, envoltas pelo mau cheiro, submersas no álcool e outras substancias para suportar uma perda de sentido e humanidade, basta olhar para os mendigos esparramados pelas metrópoles. Faz – se atentar, a insignificância para aceitarmos os estupros, as hostilidades, os abusos, as arbitrariedades, porque, lá no fundo, não me atingiu e me encontro seguro nas mãos de Deus, todavia, essa mesmo busca que sejamos suas mãos, braços, ouvidos, lábios de ajuda ao outro.
Aproveito a oportunidade, não faço apologia em favor de nenhuma bandeira ideológica, seja de esquerda ou de direita, seja de ordem radical fundamentalista ou de ordem liberal. Não e não, a partir da saga de Amós, está em jogo, em xeque, em questão a vida humana, o ser humano ,ao qual, nos remete a essa louca, a essa incorreta, a essa transgressiva, a essa irrupção da Graça chamada Cristo, ao qual teima por gente, por mim, por você, por nós, por brancos, por negros, por mestiços, por índios, por militantes políticos, por homossexuais, por transexuais, bissexuais, por heterossexuais, por muçulmanos, por cristãos, por ateus, por satanistas, por gnósticos, por solitários, por umbandistas, por solitários, por quem perdeu um ente querido, por quem saiu para trabalhar e não voltou, por quem não acredita mais em nada e por ai vai.
Dou mais uma pincelada, por quem amou, se entregou, se doou, genuinamente, e foi traído, por quem foi abandonado, porque, nesta noite, olha e questiona (vale a pena), por quem especula o suicídio, por quem finge que perdoou, por quem reconhece que há uma falta de alento, de desabafo, de um recomeçar. Sinceramente, não espere, da minha parte, nenhuma resposta, mas o e a convido a mergulhar nessa loucura que nos humaniza, que não impor fardos, que deixa as lágrimas (daquilo que doe) escoar e aliviar, sem a intenção de compensação, porque sua vida tem significado e diferença, por sermos um eu, com uma história e com linhas ainda a serem escritas.
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