Palavra do leitor
- 18 de julho de 2024
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O bom malfeitor
"A mais sombria escuridão, são as minhas próprias luzes’’.
Texto de Lucas 13.24; 10.34; 41.23-24
Os textos de Lucas, citados acima, discorrem sobre o momento da crucificação de três condenados (Dimas, Gestas e Jesus) e no ressoar de palavras e reações, debruço-me no bom malfeitor. Vale dizer, esse bom malfeitor começa com um discurso de moralidade, de quem fez o que é certo e não deveria está ali e de quem fez o que é tudo, aí sim, era merecedor dos flagelos. Decerto, a princípio, se fizermos uma olhadela e uma leitura superficial, bateremos palmas para Dimas, o bom malfeitor, todavia, os textos de Mateus 27.44 e Marcos 15.32, também, desnunda suas colocações injuriosas, difamadoras e vituperáveis. O quanto nos traz a confirmação de não ser a moral, os bons costumes, a religiosidade o passaporte ou a garantia de entrada ao paraíso, mas a Maravilhosa Graça de Jesus Cristo. Indo ao bom malfeitor parte de termos nada abonáveis, como um blasfemo, como um revoltado e encolerizado (como se dissesse a Deus: o por qual motivo nos criaste, o que fizemos de tão mal e ruim, o por qual razão essa brincadeira de muito mau gosto, diga-me) e todo aquela situação de destruição não ultrapassou as fronteiras de sua alma e, sem ser num passe de mágica, converteu-se em confissão, como se tivesse aceitado o Dia da Reconciliação. Então, o que levou o bom malfeitor a mergulhar nessa confissão, nessa reconciliação, nesse novo tempo?
Afinal, ninguém pregou a palavra para esse ladrão, para esse malfeitor, para esse indigno, para esse malogrado, para esse fracassado, para esse nada. Ninguém o discipulou! Ninguém o batizou! Ninguém orou, por ele! Além disso, não presenciou nenhum dos atos estupendos do Mensageiro, do Kairós para todos, do Deus Ser Humano Jesus Cristo. Nada mais podia esperar, ali, naquela crucificação e, apesar disso tudo, simplesmente, parte para confissão e encontra o Mensageiro que o recebe como seu companheiro, irmão e estensão de que recebeu essa Maravilhosa Graça. Não há como negar, Dimas, o bom malfeitor, não viu o cego enxergar, não viu o paralítico andar, não viu a hemorragia cessar, não viu os pães e os peixes serem multiplicados, não viu o morto ressuscitar, não falou em línguas estranhas, não profetizou, não fez revelações, não fez sermões, não andou com Jesus e o que fez ser marcado para nosso ensino?
Presumidamente, os ouvidos de Dimas não se fecharam para as palavras de Cristo, naquela Cruz, conforme se observa no texto de Lucas 23.24 ("Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’’) e a Maravilhosa Graça chega e se comunica ao coração, ao ser e a interioridade de Dimas e de imediato: ei-lo reconciliado, perdoado, restaurado e modificado para o paraíso, para a compreensão de que não foi criado pela aflição, mas pela alegria e para ser destinado a viver essa alegria chamada Jesus Cristo. De maneira concomitante, percebe, agora, sua condição de ser mais resolvido, limpo, livre e liberto do que seus próprios julgadores e condenadores. Deveras, será que o evangelho parece ser um bicho de sete cabeças, para aqueles que insistem em delimitar o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, em suas fronteiras de dogmas, de doutrinas, de legalismos, de ideologias e de moralismos. Digo, porque quanto pecador ou alienador ou opositor possamos ser, mais estaremos próximos do Ceu e da Redenção, do Dia da Reconciliação e do Kairos para todos. De conseguinte, abra-se e permita ser inundado por essa Maravilhosa Graça, Graça de Jesus, o Cristo e disponibiliza a entrada nesse paraíso não aos bons, nem aos bonzinhos e muito menos aos perfeitos, porque apresenta o acesso a eternidade a gente que é gente e ponto final.
Não por menos, não poderia deixar de mencionar sobre a porta estreita e, quiçá, muitas distorções sejam erradicadas. Anota-se, a porta é estreita, segundo se confirma no texto de Lucas 13. 24, devido a nossa própria estreiteza. Vou adiante, se entrar nela é difícil, um bicho de sete cabeças, algo para poucos, devemos observar de que não está fechada, mas aberta e disponível, a mercê e voltada para receber, como recebeu a Maria (mãe de Jesus) e a mulher levada até o Mensageiro, por causa de um adultério, como recebeu a Maria Madalena e a mulher Samaritana, como recebeu a Zaqueu e ao jovem Gadareno, como recebeu ao bom malfeitor ou Dimas. Ah, o bom malfeitor demonstra o quanto a porta estreita não deixa de receber a todos que abrem mão de suas estreitezas (de que não sou digno, de que não me importa, não consigo crer, de que estou condenado mesmo, de que vou viver por viver). Ah, quantos não usam a porta estreita para privatizar e restringir quem pode ser recebido ou não, mas esse albergue recebe e quer receber a todos (rejeitados, esquecidos, excluídos, mal vistos, condenados). Ademais, cabe observar, não se fala de uma porta larga demais, mas de que a entrada no Paraíso não está trancafiada ou blindada ou fechada, como não esteve para Dimas ou o bom malfeito.
Texto de Lucas 13.24; 10.34; 41.23-24
Os textos de Lucas, citados acima, discorrem sobre o momento da crucificação de três condenados (Dimas, Gestas e Jesus) e no ressoar de palavras e reações, debruço-me no bom malfeitor. Vale dizer, esse bom malfeitor começa com um discurso de moralidade, de quem fez o que é certo e não deveria está ali e de quem fez o que é tudo, aí sim, era merecedor dos flagelos. Decerto, a princípio, se fizermos uma olhadela e uma leitura superficial, bateremos palmas para Dimas, o bom malfeitor, todavia, os textos de Mateus 27.44 e Marcos 15.32, também, desnunda suas colocações injuriosas, difamadoras e vituperáveis. O quanto nos traz a confirmação de não ser a moral, os bons costumes, a religiosidade o passaporte ou a garantia de entrada ao paraíso, mas a Maravilhosa Graça de Jesus Cristo. Indo ao bom malfeitor parte de termos nada abonáveis, como um blasfemo, como um revoltado e encolerizado (como se dissesse a Deus: o por qual motivo nos criaste, o que fizemos de tão mal e ruim, o por qual razão essa brincadeira de muito mau gosto, diga-me) e todo aquela situação de destruição não ultrapassou as fronteiras de sua alma e, sem ser num passe de mágica, converteu-se em confissão, como se tivesse aceitado o Dia da Reconciliação. Então, o que levou o bom malfeitor a mergulhar nessa confissão, nessa reconciliação, nesse novo tempo?
Afinal, ninguém pregou a palavra para esse ladrão, para esse malfeitor, para esse indigno, para esse malogrado, para esse fracassado, para esse nada. Ninguém o discipulou! Ninguém o batizou! Ninguém orou, por ele! Além disso, não presenciou nenhum dos atos estupendos do Mensageiro, do Kairós para todos, do Deus Ser Humano Jesus Cristo. Nada mais podia esperar, ali, naquela crucificação e, apesar disso tudo, simplesmente, parte para confissão e encontra o Mensageiro que o recebe como seu companheiro, irmão e estensão de que recebeu essa Maravilhosa Graça. Não há como negar, Dimas, o bom malfeitor, não viu o cego enxergar, não viu o paralítico andar, não viu a hemorragia cessar, não viu os pães e os peixes serem multiplicados, não viu o morto ressuscitar, não falou em línguas estranhas, não profetizou, não fez revelações, não fez sermões, não andou com Jesus e o que fez ser marcado para nosso ensino?
Presumidamente, os ouvidos de Dimas não se fecharam para as palavras de Cristo, naquela Cruz, conforme se observa no texto de Lucas 23.24 ("Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’’) e a Maravilhosa Graça chega e se comunica ao coração, ao ser e a interioridade de Dimas e de imediato: ei-lo reconciliado, perdoado, restaurado e modificado para o paraíso, para a compreensão de que não foi criado pela aflição, mas pela alegria e para ser destinado a viver essa alegria chamada Jesus Cristo. De maneira concomitante, percebe, agora, sua condição de ser mais resolvido, limpo, livre e liberto do que seus próprios julgadores e condenadores. Deveras, será que o evangelho parece ser um bicho de sete cabeças, para aqueles que insistem em delimitar o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, em suas fronteiras de dogmas, de doutrinas, de legalismos, de ideologias e de moralismos. Digo, porque quanto pecador ou alienador ou opositor possamos ser, mais estaremos próximos do Ceu e da Redenção, do Dia da Reconciliação e do Kairos para todos. De conseguinte, abra-se e permita ser inundado por essa Maravilhosa Graça, Graça de Jesus, o Cristo e disponibiliza a entrada nesse paraíso não aos bons, nem aos bonzinhos e muito menos aos perfeitos, porque apresenta o acesso a eternidade a gente que é gente e ponto final.
Não por menos, não poderia deixar de mencionar sobre a porta estreita e, quiçá, muitas distorções sejam erradicadas. Anota-se, a porta é estreita, segundo se confirma no texto de Lucas 13. 24, devido a nossa própria estreiteza. Vou adiante, se entrar nela é difícil, um bicho de sete cabeças, algo para poucos, devemos observar de que não está fechada, mas aberta e disponível, a mercê e voltada para receber, como recebeu a Maria (mãe de Jesus) e a mulher levada até o Mensageiro, por causa de um adultério, como recebeu a Maria Madalena e a mulher Samaritana, como recebeu a Zaqueu e ao jovem Gadareno, como recebeu ao bom malfeitor ou Dimas. Ah, o bom malfeitor demonstra o quanto a porta estreita não deixa de receber a todos que abrem mão de suas estreitezas (de que não sou digno, de que não me importa, não consigo crer, de que estou condenado mesmo, de que vou viver por viver). Ah, quantos não usam a porta estreita para privatizar e restringir quem pode ser recebido ou não, mas esse albergue recebe e quer receber a todos (rejeitados, esquecidos, excluídos, mal vistos, condenados). Ademais, cabe observar, não se fala de uma porta larga demais, mas de que a entrada no Paraíso não está trancafiada ou blindada ou fechada, como não esteve para Dimas ou o bom malfeito.
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