Palavra do leitor
- 22 de dezembro de 2013
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O bezerro de barba
“Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Ex 32; 1
Uma decisão de interesse nacional estava sendo tomada ante Arão; “Levanta-te, faze-nos deuses...” Em quais bases era proposta a coisa? “Porque a Moisés...não sabemos o que lhe sucedeu.” Ora, mesmo coisas de pequena relevância não convém decidir baseado na ignorância; antes, no conhecimento. Uma enfermidade qualquer, geralmente demanda um diagnóstico antes de ser tratada; e a palavra diagnóstico, em grego significa: Através do conhecimento.
Como, pois, puderam aqueles homens tomar uma postura que atingia a vida espiritual de todo Israel baseados na ignorância? Por que de Moisés não sabemos...
Um pouco antes, seu sogro recomendara que ele dividisse a carga da administração escolhendo líderes com certos predicados; “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez;” Ex 18; 21 Talvez tenha faltado recursos humanos com esse know how, ou, a escolha de líderes não foi criteriosa.
O fato é que os chefes estavam com ardente desejo de ver “Deus” e prestar culto. Assim, ante a postura frouxa de Arão foram arrecadados objetos de ouro para a nefasta forja do bezerro.
Quem baseia decisões vitais na ignorância é mais insensato que o ouvinte descuidado que edificou sobre areia, segundo ensino de Jesus; aquele não ignorava a vontade de Deus; apenas, era omisso quanto ao cumprimento. Esse, coloca suas inclinações naturais como se Divinas fossem; assim, ao invés da ansiada regeneração conforme a imagem de Deus buscada mediante Cristo temos a deformação blasfema do Santo, como se pudesse ser vertido à imagem do homem caído.
Esse é o lado mais profano da idolatria; não apenas ignorar ao que é perfeito, mas, atribuir aos simulacros de nossa doentia imaginação, pretensas qualidades Divinas. Foi isso que eles fizeram. Não disseram que o bezerro era um deus alternativo dado o “sumiço” do Deus de Moisés; antes, que era o Próprio. “Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor.” Vs 4 e 5
Nada há de errado com a festa em si; Deus mesmo preceituou algumas. Mas, se por a bailar quando deveria temer, esperar, vigiar, é no mínimo, temerário. Nesse quesito os ídolos levam imensa vantagem em relação a Deus. Esse quer relacionamento; aqueles se contentam com escambo. O sujeito faz lá sua obrigação com o “santo” depois “solta a franga”. Então, assim fizeram; “E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” V 6
Ora, trouxeram ofertas pacíficas precisamente no momento que, implicitamente declaravam guerra a Deus. A paz verdadeira é uma conquista bilateral; se queremos a paz com Deus, precisamos conhecer Seus termos. Segundo Isaías, é consequência da justiça, não da ignorância; “E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17
A ignorância passiva é um mal que todos sofremos em menor ou maior grau; mas, a ignorância ativa é atrevida, insana, blasfema. Assim, mil vezes nada saber sobre o Eterno e deixá-lo de lado, que tentar “sacralizar” nossas cobiças enfermas blasfemando Seu Santo Nome.
Um exemplo de ignorância honesta era o altar de Atenas, ao Deus Desconhecido. Sabiam não O conhecer, e não se atreviam “no escuro”, ainda que Paulo o tenha posto como táctil; “...Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar;” Atos 17; 27
Nesses dias barulhentos, se apresentassem ao Noel como alternativo e Mamom como o espírito reinante seriam mais honestos que vestir essa hipocrisia oportunista de culto ao Santo, quando O furtam e sonegam, e o consumismo desenfreado como Espírito do Natal. Se Deus é para ser lembrado uma vez por ano, e ainda à sombra de um fantoche ridículo, pode ser esquecido de todo que não faz diferença.
Esse escambo moderno onde a maioria faz seus “despachos” depois leva sua vida ao bel prazer, é só mais uma declaração de guerra disfarçada em profanos “sacrifícios pacíficos”.
Aqueles, Deus quis destruir mas se conteve à intercessão de Moisés; para os desavisados atuais, quando “Moisés” descer do monte será tarde demais, infelizmente.
“A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.” François La Rochefoucauld
Uma decisão de interesse nacional estava sendo tomada ante Arão; “Levanta-te, faze-nos deuses...” Em quais bases era proposta a coisa? “Porque a Moisés...não sabemos o que lhe sucedeu.” Ora, mesmo coisas de pequena relevância não convém decidir baseado na ignorância; antes, no conhecimento. Uma enfermidade qualquer, geralmente demanda um diagnóstico antes de ser tratada; e a palavra diagnóstico, em grego significa: Através do conhecimento.
Como, pois, puderam aqueles homens tomar uma postura que atingia a vida espiritual de todo Israel baseados na ignorância? Por que de Moisés não sabemos...
Um pouco antes, seu sogro recomendara que ele dividisse a carga da administração escolhendo líderes com certos predicados; “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez;” Ex 18; 21 Talvez tenha faltado recursos humanos com esse know how, ou, a escolha de líderes não foi criteriosa.
O fato é que os chefes estavam com ardente desejo de ver “Deus” e prestar culto. Assim, ante a postura frouxa de Arão foram arrecadados objetos de ouro para a nefasta forja do bezerro.
Quem baseia decisões vitais na ignorância é mais insensato que o ouvinte descuidado que edificou sobre areia, segundo ensino de Jesus; aquele não ignorava a vontade de Deus; apenas, era omisso quanto ao cumprimento. Esse, coloca suas inclinações naturais como se Divinas fossem; assim, ao invés da ansiada regeneração conforme a imagem de Deus buscada mediante Cristo temos a deformação blasfema do Santo, como se pudesse ser vertido à imagem do homem caído.
Esse é o lado mais profano da idolatria; não apenas ignorar ao que é perfeito, mas, atribuir aos simulacros de nossa doentia imaginação, pretensas qualidades Divinas. Foi isso que eles fizeram. Não disseram que o bezerro era um deus alternativo dado o “sumiço” do Deus de Moisés; antes, que era o Próprio. “Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor.” Vs 4 e 5
Nada há de errado com a festa em si; Deus mesmo preceituou algumas. Mas, se por a bailar quando deveria temer, esperar, vigiar, é no mínimo, temerário. Nesse quesito os ídolos levam imensa vantagem em relação a Deus. Esse quer relacionamento; aqueles se contentam com escambo. O sujeito faz lá sua obrigação com o “santo” depois “solta a franga”. Então, assim fizeram; “E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” V 6
Ora, trouxeram ofertas pacíficas precisamente no momento que, implicitamente declaravam guerra a Deus. A paz verdadeira é uma conquista bilateral; se queremos a paz com Deus, precisamos conhecer Seus termos. Segundo Isaías, é consequência da justiça, não da ignorância; “E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17
A ignorância passiva é um mal que todos sofremos em menor ou maior grau; mas, a ignorância ativa é atrevida, insana, blasfema. Assim, mil vezes nada saber sobre o Eterno e deixá-lo de lado, que tentar “sacralizar” nossas cobiças enfermas blasfemando Seu Santo Nome.
Um exemplo de ignorância honesta era o altar de Atenas, ao Deus Desconhecido. Sabiam não O conhecer, e não se atreviam “no escuro”, ainda que Paulo o tenha posto como táctil; “...Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar;” Atos 17; 27
Nesses dias barulhentos, se apresentassem ao Noel como alternativo e Mamom como o espírito reinante seriam mais honestos que vestir essa hipocrisia oportunista de culto ao Santo, quando O furtam e sonegam, e o consumismo desenfreado como Espírito do Natal. Se Deus é para ser lembrado uma vez por ano, e ainda à sombra de um fantoche ridículo, pode ser esquecido de todo que não faz diferença.
Esse escambo moderno onde a maioria faz seus “despachos” depois leva sua vida ao bel prazer, é só mais uma declaração de guerra disfarçada em profanos “sacrifícios pacíficos”.
Aqueles, Deus quis destruir mas se conteve à intercessão de Moisés; para os desavisados atuais, quando “Moisés” descer do monte será tarde demais, infelizmente.
“A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.” François La Rochefoucauld
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