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Palavra do leitor

O arrebatamento da Reforma

Quase quinhentos anos da Reforma...considerando a magnitude deste evento, bem como sua complexidade, nenhum de nós sentimo-nos à altura de poder comentar seus efeitos na atualidade. Apenas perceber, sentindo sua influência e seu impacto desse importante evento que aconteceu junto aos outros, dando início à secularização e, posteriormente, ao Iluminismo, este que, por sua vez, continua quente.

Para uma percepção melhor, dois grandes nomes se fazem necessários aqui: Immanuel Kant e Dietrich Bonhoeffer. A idéia do mundo que se tornou adulto foi concebida primeiramente em Kant quando via o mundo num processo de maioridade, em processo apenas; Bonhoeffer, já em seu tempo, acreditava num mundo que tinha se tornado adulto e num cristianismo arreligioso. É com as lentes desses homens que podemos estabelecer nossos parâmetros:

Hoje está difícil se definir em alguma linha do segmento cristão, definitivamente não dá. Para os que valorizam este pertencimento há uma mescla, como tentativa de buscar uma linha que mais represente este conceito reformado. Em qualquer segmento, histórico ou pentecostal de qualquer ponta, é difícil encontrar uma práxis que se identifique com o verdadeiro compromisso da Reforma. Existe ainda o sentimento vaidoso: os históricos, de serem reformados, e os pentecostais não fazem parte deste pertencimento. Pois bem, do que se gloriar?

Quase quinhentos anos e vou ter que concordar com o que o Sr. Derval tem escrito em seus textos. Igrejas castelos e pastores magnatas. Considerando o que o bispo Robson Cavalcanti citou de Charles Finney, a igreja não mudou e não mudará o mundo.

O Iluminismo cresceu e pós-modernizou o mundo, mas a igreja (as reformadas e suas derivadas) desapareceu por que não se apresentou para a sociedade. Quando, diante do sucesso capitalista, ouvimos sobre a desgraça e a miséria humana reportada pela mídia, percebe-se aqui a ausência da igreja; que a Reforma recuou e que Jesus bate do lado de fora ainda. Fala-se também da necessidade de uma nova reforma, mas pra que? Será que a igreja estaria disposta a se converter, abrindo mão dos privilégios conseguidos?

A crítica hoje é em cima do pentecostalismo por conta de estar na onda da exploração da fé e na co-participação na criação das “colônias humanas pós-modernicas” (erro proposital), entretanto esquece-se que o ideal burguês, o sonho da realização social como marca registrada do “ser cristão” nasce junto com a Reforma, mais propriamente em Calvino e aí deu “pra bola”

A percepção Bonhoeffiana também está quente para o atual contexto, se a igreja não se engajar, deixar de desejar um Deus ex-machina, “um tapa buracos” e não ir à luta, não pondo a “mão na massa” para o cumprimento de sua agenda bíblica irá sucumbir e a reforma não passará de um rosário de boas recordações funestas.

Agora, respeitando a dedicação e o mérito de todos os nomes engajados no processo da Reforma, tenho brincado com meus filhos: sendo um expectador assíduo do arrebatamento prometido, percebo que estou sendo arrebatado aos poucos; um pouco de cabelo já foi também um pouco dos dentes, rsrs... arrebatado gravitacionalmente , isso é uma brincadeira, mas é possível refletir neste arrebatamento do tão magnífico movimento da Reforma que está sendo arrebatado (tragado) pelas monstrificações do secularismo.

A igreja precisa se livrar disso.
Campo Gande - MS
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