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Palavra do leitor

O antídoto para a humanidade, há?

O antídoto para a humanidade, há?

A narrativa da parábola do bom samaritano sempre me leva ir um pouco mais e perceber esse encontro entre a simplicidade e a profundidade das palavras evocada por Jesus. Vira e mexe, tem sido abordada, pelos arraiais evangélicos, aí afora, como também modelo de uma postura ética e de respeito a vida, seguido por adeptos de outras dimensões religiosas. Agora, ao folhear, novamente, os enredos desse chamado por romper e irromper, com todas nossas fronteiras ou, lá no fundo, convidativas desculpas para submergirmos numa compaixão sem precedentes, ilimitada, ao qual banha a fé de humanidade, a esperança de um prosseguir e não desistir. Sem sombra dúvida, o doutor da lei ou o jurista enredado pelos elementos normativos da torá inicia um diálogo sobre a eternidade e se depara numa espécie de bem sem saída. Afinal de contas, como discorrer uma linha de direção oposta aos personagens iniciais, porque o sacerdote, a princípio, procedeu corretamente, segundo os sistemas hierárquicos. Digo isso, em função de se tocasse naquele homem, vitimado por uma gangue e surrado impiedosamente, seria considerado impuro, indigno e até podia ser morto, então, dentro da palavra de fazer o que é certo, decidiu por não violar as leis de Deus. Ora, eis a pergunta chave sobre dois pesos, duas medidas, não é verdade? Faz – se notar, se aquele homem fosse um fenício, um persa, um árabe, um egípcio, dentro das indumentárias legalistas, estaria desobrigado de estender as mãos e, aqui, reitera – se, o binômio – ‘’dois pesos, duas medidas’’, ‘’o suposto fazer o que é certo’’. Vamos em frente, um levita passa pelo mesmo caminho e, de imediato, como assessor da autoridade máxima e de maior expressão, caso viesse acudir o convalido, incorreria numa postura de rebeldia, de uma transgressão imperdoável. Quantas fronteiras, trincheiras, arames farpados, cercados, barreiras, portas fechadas postas e impostas pelas engrenagens teológicas, ideológicas, idealistas e, grosso modo, posições voltadas a fermentar, entre os homens, oposições, dissenções, divergências, disparidades, desigualdades, violências, ofensa, ódios, desordens e por ai vai. Ora, os negros vitimados pelo apartheid, na África do Sul, sobre a leitura de serem figuras de uma classe inferior; os curdos, os cristãos, perseguidos por extremistas muçulmanos; os muçulmanos dizimados, na velha e extinta Iugoslávia; o interminável estado de tensão, na fronteira da índia com o Paquistão; os morticínios nos recônditos das periferias, com seus bolsões de uma miséria humana, por onda a vida vale uns poucos trocados; os milhões de desempregados, devido as oportunistas políticas econômicas; o sucatear dos serviços públicos, com o endêmico e maléfico processo da corrupção e perderia a noite, ao externar outros cenários de os interesses ou as justificativas prevalecerem sobre a vida. Diga – se de passagem, o samaritano não perde e nem desperdiça sua vida, seus recursos, seu tempo e sua existência. Diametralmente oposto, aponta para o antídoto efetivo e eficiente, com ampla condição de alterar quadros de gente desumanizada. Vale dizer, em meio ao mais letal individualismo, relativismo e descartamento do próximo, não encontraremos paz, justiça e alegria, enquanto continuarmos fincados na agenda de uma fé centrada em si mesmo (de me dá a minha benção e depois o anjo pode subir). Verdadeiramente, a parábola do bom humano samaritano vem como um tapa nas faces das instituições e suas hierarquias, de um Deus limitado a um povo, a uma etnia, a uma raça, a uma cultura. Grosso modo, há um desabafo do próprio Criador, ao qual exige de seus filhos (as) maior e mais atenção pelos surrados, em virtude das mazelas da vida. Quiçá, seja o surrado pelo desemprego, por uma herança familiar doentia, por uma abandono do companheiro (mulheres largadas a própria sorte), por crianças largadas e sem nenhum aceno de recomeços, por comunidades acorrentadas pelos mandos e desmandos do tráfico, por pessoas, ao nosso lado, desgostosas, desanimadas, desiludidas, marcadas por decepções, ressentimentos, mágoas (por causa de líderes eclesiásticos virulentos pelo poder e por manipular pessoas, ou seja, gente surrado por profecias e por revelações irreais). Em meio a tudo isso, Jesus personifica o Deus que desce para nos humanizar, nos reinventar, fazer com que percebamos o quanto somos importantes e, por isso, lembrados. No escoar dessa parábola, o jurista, o catedrático, o erudito o doutor articulador da lei indaga sobre quem é o meu próximo e Jesus o chamada para o aspecto fundamental e a resposta certeira:

- De quem eu devo me tornar o próximo?

Quem sabe, não se de sua esposa, de seu filho ou filha, de seu amigo (a), de seu irmão (ã), de toda e qualquer pessoa que deve ser respeitada, como imagem e semelhança de uma criação inspiradora e geracionista, ao qual, tanto eu como quanto você, nos incluímos?
São Paulo - SP
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