Palavra do leitor
- 09 de janeiro de 2008
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O Amor de Deus
Gabriel adentra o Salão Real do Palácio pelos ares.
Senhor, Senhor!, chama impaciente.
Sim, Gabrieln -- responde o Senhor surgindo de detrás de uma pilastra. Vestes
reluzindo uma luz esplendorosa e magnífica, mais que qualquer luz do universo. Ele caminha pelo salão e senta-se no Trono.
Aconteceu! Exatamente como disseste! -- diz Gabriel ajoelhando-se diante do Trono em gesto de reverência.
Jeová olha para ele com uma expressão séria e calma de "eu já sabia".
- E agora, Senhor? – Pergunta Gabriel aflito. Neste momento entra Miguel no salão. Cabelos cor de prata. As asas batendo em enorme velocidade.
- O que aconteceu? – pergunta vendo a agitação de Gabriel e fazendo também um gesto de reverência ao Senhor.
- Adão caiu! – responde Gabriel angustiado.
- Caiu?! Como assim, caiu?!?
- Caiu, caiu!! Comeu do fruto. A serpente convenceu Eva a comer do fruto. Ela comeu e o deu a Adão que também comeu.
Miguel ficou estático como que a duvidar daquelas palavras. Seria possível? Em meio a tantas árvores boas para comer, tantos frutos atraentes à vista e ao paladar, teria Adão comido justamente do único fruto proibido? Depois da ordem do próprio Deus, teria Adão ignorado as advertências do Senhor e desobedecido?
- Está tudo perdido. – Disse Miguel amargamente com lágrimas nos olhos.
Miguel, assim como Gabriel e os outros, acompanhou tudo desde o início. Estava lá. Assistiu maravilhado a cada passo da Criação. Viu o Amor com que Deus criou tudo, os céus, a Terra e o que neles há. O carinho do Criador dispensado a cada erva que ia brotando do chão, cada animal colocado por sobre a face da Terra. Testemunhou o ato maior da Criação de Deus, a “menina dos olhos” do Eterno, a coroa preciosa, a pérola perfeita: o homem. O ator principal do grande Teatro, o personagem que protagonizaria a maior peça jamais encenada, cujo autor era ninguém menos que o próprio Deus Onipotente. E agora, tudo estava acabado. Todos os sonhos de uma Terra e de uma raça prósperas, desfeitos. O ponto maior da demonstração do Poder do Deus Todo-Poderoso, a jóia da criação divina, condenada à eterna degradação. Destinada a uma existência torpe e errante. O homem seria para sempre apenas mais um ser que se move por sobre a face da Terra. Um ser, embora pensante e capaz de sentir sublimemente, totalmente destituído da presença do seu Criador. Relegado a uma existência incompatível com o destino para o qual fora criado.
- Não se desespere Miguel. – Disse o Senhor. – Isto estava previsto.
- Mas Deus, por que o permitiste? – perguntou Gabriel, confuso.
- O porquê pertence a mim, Gabriel. – respondeu Jeová, com severidade. Gabriel abaixou a cabeça, envergonhado. – Apesar do erro de Adão, trarei de volta o homem à minha presença. – continuou Jeová.
- Como, Senhor?! – perguntaram os anjos ao mesmo tempo.
- Eu o resgatarei – respondeu Jesus, surgindo de detrás do Trono da Glória. As vestes como as do Pai. Gabriel e Miguel entreolharam-se assustados.
- Como, Senhor?! – perguntaram novamente em uníssono.
- Tudo já era parte do Plano. Desde antes da fundação do Mundo a decisão já estava tomada. Eu tomarei a forma humana. Passarei por toda humilhação e castigo necessários para trazer o homem de volta. Serei açoitado e flagelado. Carregarei todo o peso do erro de Adão e do pecado humano de todos os tempos nas costas. Serei morto, em morte de cruz, como sacrifício vivo e definitivo por ele. Ressuscitarei ao terceiro dia e a partir daí a redenção humana estará consumada. Tudo para que o homem possa ter entrada na Jerusalém celestial, minha morada. Os laços serão reatados. O abismo, transposto. Não haverá mais inimizade entre Deus e o homem. E a humanidade terá novamente parte comigo. Seremos um. E nada, jamais, nos separará novamente.
- Mas Deus, por que te sujeitarias a tal sofrimento pelo homem, depois do seu erro e da sua desobediência? Depois de Adão ter-se mostrado tão indigno e fraco, por que simplesmente não acabas com tudo e crias um ser totalmente novo e perfeito, sem os defeitos que o homem agora tem? Por que tanto trabalho para resgatar o homem caído? – perguntou Miguel.
- Por que o amo, Miguel. Simplesmente porque o amo.
Senhor, Senhor!, chama impaciente.
Sim, Gabrieln -- responde o Senhor surgindo de detrás de uma pilastra. Vestes
reluzindo uma luz esplendorosa e magnífica, mais que qualquer luz do universo. Ele caminha pelo salão e senta-se no Trono.
Aconteceu! Exatamente como disseste! -- diz Gabriel ajoelhando-se diante do Trono em gesto de reverência.
Jeová olha para ele com uma expressão séria e calma de "eu já sabia".
- E agora, Senhor? – Pergunta Gabriel aflito. Neste momento entra Miguel no salão. Cabelos cor de prata. As asas batendo em enorme velocidade.
- O que aconteceu? – pergunta vendo a agitação de Gabriel e fazendo também um gesto de reverência ao Senhor.
- Adão caiu! – responde Gabriel angustiado.
- Caiu?! Como assim, caiu?!?
- Caiu, caiu!! Comeu do fruto. A serpente convenceu Eva a comer do fruto. Ela comeu e o deu a Adão que também comeu.
Miguel ficou estático como que a duvidar daquelas palavras. Seria possível? Em meio a tantas árvores boas para comer, tantos frutos atraentes à vista e ao paladar, teria Adão comido justamente do único fruto proibido? Depois da ordem do próprio Deus, teria Adão ignorado as advertências do Senhor e desobedecido?
- Está tudo perdido. – Disse Miguel amargamente com lágrimas nos olhos.
Miguel, assim como Gabriel e os outros, acompanhou tudo desde o início. Estava lá. Assistiu maravilhado a cada passo da Criação. Viu o Amor com que Deus criou tudo, os céus, a Terra e o que neles há. O carinho do Criador dispensado a cada erva que ia brotando do chão, cada animal colocado por sobre a face da Terra. Testemunhou o ato maior da Criação de Deus, a “menina dos olhos” do Eterno, a coroa preciosa, a pérola perfeita: o homem. O ator principal do grande Teatro, o personagem que protagonizaria a maior peça jamais encenada, cujo autor era ninguém menos que o próprio Deus Onipotente. E agora, tudo estava acabado. Todos os sonhos de uma Terra e de uma raça prósperas, desfeitos. O ponto maior da demonstração do Poder do Deus Todo-Poderoso, a jóia da criação divina, condenada à eterna degradação. Destinada a uma existência torpe e errante. O homem seria para sempre apenas mais um ser que se move por sobre a face da Terra. Um ser, embora pensante e capaz de sentir sublimemente, totalmente destituído da presença do seu Criador. Relegado a uma existência incompatível com o destino para o qual fora criado.
- Não se desespere Miguel. – Disse o Senhor. – Isto estava previsto.
- Mas Deus, por que o permitiste? – perguntou Gabriel, confuso.
- O porquê pertence a mim, Gabriel. – respondeu Jeová, com severidade. Gabriel abaixou a cabeça, envergonhado. – Apesar do erro de Adão, trarei de volta o homem à minha presença. – continuou Jeová.
- Como, Senhor?! – perguntaram os anjos ao mesmo tempo.
- Eu o resgatarei – respondeu Jesus, surgindo de detrás do Trono da Glória. As vestes como as do Pai. Gabriel e Miguel entreolharam-se assustados.
- Como, Senhor?! – perguntaram novamente em uníssono.
- Tudo já era parte do Plano. Desde antes da fundação do Mundo a decisão já estava tomada. Eu tomarei a forma humana. Passarei por toda humilhação e castigo necessários para trazer o homem de volta. Serei açoitado e flagelado. Carregarei todo o peso do erro de Adão e do pecado humano de todos os tempos nas costas. Serei morto, em morte de cruz, como sacrifício vivo e definitivo por ele. Ressuscitarei ao terceiro dia e a partir daí a redenção humana estará consumada. Tudo para que o homem possa ter entrada na Jerusalém celestial, minha morada. Os laços serão reatados. O abismo, transposto. Não haverá mais inimizade entre Deus e o homem. E a humanidade terá novamente parte comigo. Seremos um. E nada, jamais, nos separará novamente.
- Mas Deus, por que te sujeitarias a tal sofrimento pelo homem, depois do seu erro e da sua desobediência? Depois de Adão ter-se mostrado tão indigno e fraco, por que simplesmente não acabas com tudo e crias um ser totalmente novo e perfeito, sem os defeitos que o homem agora tem? Por que tanto trabalho para resgatar o homem caído? – perguntou Miguel.
- Por que o amo, Miguel. Simplesmente porque o amo.
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