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Palavra do leitor

Nunca perca a esperança

Nunca perca a esperança. (Por favor, leia o texto de Marcos 5.24-34).

É a esperança, sem sombra de dúvida, a força motriz de toda e qualquer conquista. Quem não tem esperança não consegue nem mesmo viver. Há algum tempo atrás, o embaixador canadense na ONU, Robert Norman, foi encontrado morto em seu apartamento. Havia se suicidado. No bolso do seu paletó foi encontrado um bilhete com a razão do seu ato. Dizia: "Tinha que fazer isto, pois não conseguia mais viver sem ter uma esperança". 

A esperança é capaz de vencer todos os limites que nos são impostos na conquista de nossos objetivos. Quem tem esperança nunca desiste, ainda que todas as circunstâncias sejam contrárias. Foi assim com a mulher do fluxo de sangue do texto em referência. Ela sofria a doze anos de uma enfermidade terrível, que a fizera gastar tudo quanto possuía, sem, contudo, cobrar nenhuma melhora do seu mal, antes indo cada dia a pior. Mas aquela mulher como veremos tinha a esperança de que um dia seria curada, de que um dia se livraria daquele mal. Ela nunca perdeu a esperança! 

A enfermidade daquela mulher - o fluxo de sangue – a tornava uma mulher imunda. Isto quer dizer que tudo em que ela tocasse ou quem tocasse nela se tornaria imundo, segundo as leis religiosas de Israel, por certo período de tempo, e, determinado objetos deveriam ser destacáveis (Lv 15) . Ela era uma pária da sociedade, vivia marginalizada e impedida de quaisquer contactos físico com seus filhos, seu esposo, seus parentes e amigos. Mas a aquela mulher ouviu a fama de Jesus (v. 27) e a sua esperança disse; "Se eu tão somente tocar na orla de suas vestes ficarei curada." Mas como poderia ela tocar em Jesus, sendo ela uma mulher impura e Jesus um nazireu e profeta (Nm 6; Lc 7.36-50). Por esta razão, quando Jesus perguntou quem lhe havia tocado, ela ficou atemorizada (v. 33) e temendo, por certo, a repreensão e um castigo maior do que o mal que habitava seu corpo por doze longos anos. Contudo, a esperança daquela mulher ultrapassou os limites das tradições religiosas e humanas. A resposta de Jesus concedendo-lhe a cura demonstra que a misericórdia de Deus, sempre está acima das imposições religiosas e humanas, que a humanidade é mais importante do que a religiosidade.

A esperança daquela mulher nos faz entender que não há limites físicos que não possam ser vencidos quando se crê, quando se permite que a centelha da esperança nunca se apague e brilhe sempre. Ora, por sofrer a 12 anos do fluxo de sangue, quais eram as forças físicas daquela mulher para vencer uma multidão que apertava Jesus (v. 24b,31)? O Evangelista São Lucas registra que Zaqueu, um homem vigoroso e de agilidade, para conseguir ver (não tocar, pois se ver a distância, mas tocar somente de perto) teve que subir em um sicômoro - figueira brava, pois a multidão não lho permitia (Lc 19.1-10). Mas aquela mulher conseguiu romper uma multidão e tocar em Jesus. Creio que o esforço daquela mulher fez acelerar as batidas do seu coração e conseqüentemente aumentarem o seu sangramento e diminuiu consideravelmente as suas forças físicas, mas o profeta Isaías diz que o Senhor "faz forte ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor... e os que esperam no Senhor renovarão as suas forças" (Is 40.29,31). Nada importa que somente e tão somente desse para tocar nas vestes, o que demonstram que aquela mulher veio quase que se arrastando, e quem sabe deixando um rastro de sangue atrás de si. O importante é que a sua esperança disse: "Se eu tocar na orla de suas vestes ficarei sarada." E ficou! 

Mas, a esperança daquela mulher nos adverte ainda de que as decepções e desilusões da vida não podem apagar a centelha da esperança. O texto diz que aquela mulher gastou tudo quanto possuía, contudo indo a pior! Quantas pessoas que diante da primeira ou segunda ou terceira decepção ou desilusão desiste de continuar lutando por seus objetivos. Tive um colega de trabalho, num escritório de contabilidade que havia desistido do curso de superior de Ciências Contábeis, porque quando fazia o 2º ano do 2º grau fizera vestibular e havia passado, mas não poderia se matricular por não ter concluído o 2º grau ainda. No ano seguinte após concluir o 2º grau, prestou vestibular e não foi classificado. Com isto a decepção tomou conta do seu coração e nunca mais prestou o exame vestibular. As decepções podem causa medo, timidez, inibição, perda total de confiança até em si mesmo, perda da fé e confiança em alcançar o que se quer acabando com a auto-estima e conseqüentemente levando à depressão. Muitas pessoas chegam mesmo ao suicídio em função disto, como vimos a princípio. Aquela mulher tinha todos os ingredientes para desistir. Afinal eram doze anos de decepções e desilusões. Correndo de um lado para o outro atrás da cura e somente recebendo porta na cara (desculpe a expressão). Já pensou quantas palavras de "consolação" ela recebeu. "É assim mesmo, minha irmã!" Se conforme com a vontade de Deus (que vontade heim?!). "Olha, Deus tem um propósito com isto, aceite!" Mas a esperança daquela mulher não aceitou isto. A esperança dizia: Um dia eu vou ser curada! Um dia eu fico livre deste mal. Quando ouviu falar que Jesus assava por ali, a sua esperança disse: Meu dia chegou. É hoje! E ficou sarada. Hemorragia? Nunca mais!

Nunca perca a sua esperança. Creia sempre mesmo que as circunstâncias procurem demonstrar o contrário e "os piedosos" tentem te conformar com a situação. Lembre-te do Profeta Habacuque: "ainda que a figueira não floresça, nem há fruto na vide; o produto da oliveira mente, e os campos não produzem mantimento; as ovelhas foram arrebatadas do aprisco e nos currais não há gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha Salvação" (Hab 3.17-18).

E Eliú disse a Jó: "Ainda que dizes que não o vês, a tua causa está diante dele; por isso espera nele" (Jó 35.14).
Lauro De Freitas - BA
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