Palavra do leitor
- 17 de março de 2008
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Nu, pelado com a mão no bolso
Achei interessantíssimo o texto do Humberto Ramos, o Beto, e a associação entre graça e nudez. Parece até que ele tinha colocado um espião para me seguir no domingo passado depois do culto, quando vivia essa metáfora na prática.
Depois de 10 anos na Europa, já quase acostumado com o povo aqui nadar nu nas praias e tomar banho de sol sem roupa nos parques e trocar de roupa na maior naturalidade em frente aos outros, me vi pego pela cultura do corpo livre em uma sauna pública de Munique.
Meu amigo londrino que me covidou, já acostumado, foi logo ficando in natura e aproveitando os valores terapêuticos da sauna. Já eu, só eu, como bom mineirim, estava de bermuda no meio do povo a lá Adão e Eva.
Essa aventura me fez pensar na diferença gigantesca entre a sociedade européia e a brasileira, onde nos acampamentos meninos e meninas nadam em horários separados sobre o controle rígido do tamanho do biquini ou calção de banho. Me levou também é claro a uma série de outras perguntas filosóficas e psicológicas que terão que ficar para uma outra Palavra do Leitor.
Há 500 anos atrás o europeu é quem encontrava a gente no natural... Agora o jogo inverteu. E tenho que frisar mais uma vez: isso é normal na Alemanha. Existem umas dez saunas destas em Munique, são banhos públicos, com piscinas onde você paga uns €10,00 por 4 horas de lazer. Não é algo para maiores de 18 anos. Não é nada de erótico ou pervertido (o que vai depender claro, como no Brasil, é o que se passa no coração do sujeito).
Como eu já imaginava (ou temia) a certo momento uma funcionária da sauna (que, diga-se de passagem era mista) chegou para me repreender: "Não é permitido trajes de banho!" Me lembrei então da missionária no meio dos índios.
Lendo a palavra do Beto, hoje, recordei-me mais uma vez o quanto que a graça de Deus é algo inexplicável e bonita.
Depois de 10 anos na Europa, já quase acostumado com o povo aqui nadar nu nas praias e tomar banho de sol sem roupa nos parques e trocar de roupa na maior naturalidade em frente aos outros, me vi pego pela cultura do corpo livre em uma sauna pública de Munique.
Meu amigo londrino que me covidou, já acostumado, foi logo ficando in natura e aproveitando os valores terapêuticos da sauna. Já eu, só eu, como bom mineirim, estava de bermuda no meio do povo a lá Adão e Eva.
Essa aventura me fez pensar na diferença gigantesca entre a sociedade européia e a brasileira, onde nos acampamentos meninos e meninas nadam em horários separados sobre o controle rígido do tamanho do biquini ou calção de banho. Me levou também é claro a uma série de outras perguntas filosóficas e psicológicas que terão que ficar para uma outra Palavra do Leitor.
Há 500 anos atrás o europeu é quem encontrava a gente no natural... Agora o jogo inverteu. E tenho que frisar mais uma vez: isso é normal na Alemanha. Existem umas dez saunas destas em Munique, são banhos públicos, com piscinas onde você paga uns €10,00 por 4 horas de lazer. Não é algo para maiores de 18 anos. Não é nada de erótico ou pervertido (o que vai depender claro, como no Brasil, é o que se passa no coração do sujeito).
Como eu já imaginava (ou temia) a certo momento uma funcionária da sauna (que, diga-se de passagem era mista) chegou para me repreender: "Não é permitido trajes de banho!" Me lembrei então da missionária no meio dos índios.
Lendo a palavra do Beto, hoje, recordei-me mais uma vez o quanto que a graça de Deus é algo inexplicável e bonita.
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