Palavra do leitor
- 28 de fevereiro de 2013
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Novas cartas de um diabo ao seu aprendiz
Desquerido Podreshelseas, saudações maléficas:
Quero parabenizar-te pela conclusão dos estudos na Faculdade de Artes Maléficas. Agora vem o seu estágio. Bem sabes que só receberás o diploma se colocares em prática tudo o que aprendeste na teoria, isto é, achar um paciente humano, atentá-lo, e mantê-lo consigo até entregá-lo no nosso maravilhoso lar: o Quinto dos Infernos.
Como ainda estás a procura de seu humano, vou orientar-te mostrando que tipo poderá ser teu paciente em potencial. De acordo com Manual da Tentação, quanto à sua fé, os humanos são classificados em três tipos básicos: os céticos, os de cima do muro e os religiosos, cada tipo com suas infindáveis subdivisões (cada dia aparecem mais!).
Os céticos são nossos. Sua característica principal não é não crer, é crer em si mesmos. Sua religião é pensar que não crêem e seu trabalho de tentador é mantê-los pensando assim. Aqui acharás os ultrarracionais e os intelectuais em geral. Caso escolhas um destes, seu local de trabalho principal será no Velho Mundo, a Europa, nas Universidades e nos órgãos dos Governos que lidam com a Educação.
Os de cima do muro não sabem em que crêem, embora pensem que sabem. Pulam de doutrina em doutrina, de igreja em igreja e de pecado em pecado, sem mudança de vida. De modo geral são humanos indecisos quanto a crer. Até frequentam igrejas, mas não querem compromisso, mandam os filhos, mas não querem para si. Seu lema ajuda o nosso trabalho: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Sua tarefa é mantê-los assim ou transformá-los em céticos. Estes do muro também são nossos, mas nem todos, por causa da sua fé incerta, o Opositor do nosso Reino quase sempre os tira de cima do muro levando-os para o Seu lado de luz. Aí é impossível trazê-los de volta, uma vez que sua fé se torna firme e inabalável (lamento o assunto desagradável!).
Os religiosos são humanos que freqüentam igrejas rigorosamente, mas não pertencem ao nosso Opositor. Servem a um conjunto de regrinhas religiosas, as quais a maioria constam no nosso Manual do Santarrão (não constam todas as regrinhas porque os humanos não muito criativos para inventar essas coisas!). Eles enganam a si mesmos achando que servem ao nosso Opositor, quando na verdade servem a si mesmos.
Mantenha-os enganados, mas tenha cuidado, pois estarás no mais terrível campo minado do nosso Opositor: a Igreja.
Por fim, te faço advertência, falando de um assunto de máxima seriedade. O nosso Opositor insiste em amar qualquer um desses tipos e seus subtipos (é claro que Ele tem um outro motivo escondido, pois todo diabo sabe que amar é uma impossibilidade fática e espiritual no Universo!). Por isso, tende cuidado e toma todas as precauções ao escolher teus pacientes, pois um deles pode voltar-se contra você, com intervenção contundente do Opositor. Aí estarás em apuros e nada do que aprendestes na Faculdade o ajudará.
Saudações maléficas. Aguarde novas instruções.
Com descarinho, seu tio Malevotinsky.
Quero parabenizar-te pela conclusão dos estudos na Faculdade de Artes Maléficas. Agora vem o seu estágio. Bem sabes que só receberás o diploma se colocares em prática tudo o que aprendeste na teoria, isto é, achar um paciente humano, atentá-lo, e mantê-lo consigo até entregá-lo no nosso maravilhoso lar: o Quinto dos Infernos.
Como ainda estás a procura de seu humano, vou orientar-te mostrando que tipo poderá ser teu paciente em potencial. De acordo com Manual da Tentação, quanto à sua fé, os humanos são classificados em três tipos básicos: os céticos, os de cima do muro e os religiosos, cada tipo com suas infindáveis subdivisões (cada dia aparecem mais!).
Os céticos são nossos. Sua característica principal não é não crer, é crer em si mesmos. Sua religião é pensar que não crêem e seu trabalho de tentador é mantê-los pensando assim. Aqui acharás os ultrarracionais e os intelectuais em geral. Caso escolhas um destes, seu local de trabalho principal será no Velho Mundo, a Europa, nas Universidades e nos órgãos dos Governos que lidam com a Educação.
Os de cima do muro não sabem em que crêem, embora pensem que sabem. Pulam de doutrina em doutrina, de igreja em igreja e de pecado em pecado, sem mudança de vida. De modo geral são humanos indecisos quanto a crer. Até frequentam igrejas, mas não querem compromisso, mandam os filhos, mas não querem para si. Seu lema ajuda o nosso trabalho: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Sua tarefa é mantê-los assim ou transformá-los em céticos. Estes do muro também são nossos, mas nem todos, por causa da sua fé incerta, o Opositor do nosso Reino quase sempre os tira de cima do muro levando-os para o Seu lado de luz. Aí é impossível trazê-los de volta, uma vez que sua fé se torna firme e inabalável (lamento o assunto desagradável!).
Os religiosos são humanos que freqüentam igrejas rigorosamente, mas não pertencem ao nosso Opositor. Servem a um conjunto de regrinhas religiosas, as quais a maioria constam no nosso Manual do Santarrão (não constam todas as regrinhas porque os humanos não muito criativos para inventar essas coisas!). Eles enganam a si mesmos achando que servem ao nosso Opositor, quando na verdade servem a si mesmos.
Mantenha-os enganados, mas tenha cuidado, pois estarás no mais terrível campo minado do nosso Opositor: a Igreja.
Por fim, te faço advertência, falando de um assunto de máxima seriedade. O nosso Opositor insiste em amar qualquer um desses tipos e seus subtipos (é claro que Ele tem um outro motivo escondido, pois todo diabo sabe que amar é uma impossibilidade fática e espiritual no Universo!). Por isso, tende cuidado e toma todas as precauções ao escolher teus pacientes, pois um deles pode voltar-se contra você, com intervenção contundente do Opositor. Aí estarás em apuros e nada do que aprendestes na Faculdade o ajudará.
Saudações maléficas. Aguarde novas instruções.
Com descarinho, seu tio Malevotinsky.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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