Palavra do leitor
- 10 de março de 2009
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Nosso filho foi assaltado ontem!
Sabíamos que era uma questão de tempo. As estatísticas contam que você será assaltado ou roubado pelo menos uma vez (se elas não dizem isto, é assim que nos sentimos na cidade grande). Só não contávamos que seria agora.
Nosso filho estava a poucos metros de nosso prédio, passeando com nossa cadelinha, de uniforme colegial e sua preciosa corrente (que nós chamamos "coleira"). Preciosa porque foi presente de um primo muito especial. Um rapaz, talvez uns dois anos mais velho, de bicicleta, para ao seu lado, pega uma pedra e exige a corrente. Não pediu o tênis caro, nem o celular no bolso, mas a corrente.
Chorando, ele nos contou a história. Quis negociar, pensou em reagir, mas entregou. Esperou, ansiosamente, que algum dos transeuntes o auxiliasse. Aquele homem que acabara de sair da academia, com bíceps imenso; aquela senhora logo ali na frente... “Será que sou tão fraco assim? Pareço tão indefeso?”.
Não parece haver consolo possível, a não ser fazer o luto pela perda, chorar por ela. Não pelo bem em si, mas pela perda de um objeto de valor que ele julgava inestimável, mas, que na hora da escolha, sabiamente, percebeu que não valia à pena sacrificar-se, correr o risco, por ele...Mais uma razão para chorar...
Oro todos os dias por nossos filhos. Peço que Deus os livre do mal, mas lembrando que vivemos numa sociedade perversa, desigual – portanto, assim como a Sua graça comum é a todos distribuída, talvez a todos caiba uma pequena cota das consequências da sociedade em que vivemos.
Agradeço porque não reagiu, por ter sido sábio. Agradeço porque vai superar esta perda – como já superou outras e ainda terá mais pela frente. Agradeço porque esperamos ter demonstrado nosso amor e solidariedade. Agradeço porque podemos orar pela vida de quem o roubou, e não deixar crescer dentro de nós a revolta insana que só conduz à destruição, e não a construção de uma sociedade melhor aqui, nem da antecipação do Reino dos Céus, que nos espera e que é nossa inspiração política neste mundo tenebroso.
Meu filho, Jesus te abençoe e te guarde, pela força do Seu poder.
Amém.
Nosso filho estava a poucos metros de nosso prédio, passeando com nossa cadelinha, de uniforme colegial e sua preciosa corrente (que nós chamamos "coleira"). Preciosa porque foi presente de um primo muito especial. Um rapaz, talvez uns dois anos mais velho, de bicicleta, para ao seu lado, pega uma pedra e exige a corrente. Não pediu o tênis caro, nem o celular no bolso, mas a corrente.
Chorando, ele nos contou a história. Quis negociar, pensou em reagir, mas entregou. Esperou, ansiosamente, que algum dos transeuntes o auxiliasse. Aquele homem que acabara de sair da academia, com bíceps imenso; aquela senhora logo ali na frente... “Será que sou tão fraco assim? Pareço tão indefeso?”.
Não parece haver consolo possível, a não ser fazer o luto pela perda, chorar por ela. Não pelo bem em si, mas pela perda de um objeto de valor que ele julgava inestimável, mas, que na hora da escolha, sabiamente, percebeu que não valia à pena sacrificar-se, correr o risco, por ele...Mais uma razão para chorar...
Oro todos os dias por nossos filhos. Peço que Deus os livre do mal, mas lembrando que vivemos numa sociedade perversa, desigual – portanto, assim como a Sua graça comum é a todos distribuída, talvez a todos caiba uma pequena cota das consequências da sociedade em que vivemos.
Agradeço porque não reagiu, por ter sido sábio. Agradeço porque vai superar esta perda – como já superou outras e ainda terá mais pela frente. Agradeço porque esperamos ter demonstrado nosso amor e solidariedade. Agradeço porque podemos orar pela vida de quem o roubou, e não deixar crescer dentro de nós a revolta insana que só conduz à destruição, e não a construção de uma sociedade melhor aqui, nem da antecipação do Reino dos Céus, que nos espera e que é nossa inspiração política neste mundo tenebroso.
Meu filho, Jesus te abençoe e te guarde, pela força do Seu poder.
Amém.
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