Palavra do leitor
- 23 de agosto de 2018
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Nossa Cidade, Nossa Missão
Recentemente acompanhamos um dos resgates mais emocionantes que já se tem notícia e que conectou o mundo todo numa tentativa cinematográfica de salvar vidas. Refiro-me aos 13 meninos presos numa caverna na Tailândia depois de um passeio inocente que os deixaria sem contato com o mundo exterior por duas semanas. A missão de salvamento foi uma das mais complexas já vistas, e com exceção da morte de um dos voluntários, o sucesso foi total: os jovens do time de futebol, salvos, retornaram para seus lares.
Todos nós que fomos um dia resgatados pelo precioso sangue de Cristo (1Pe 1:19) também recebemos uma missão: a de ir ao encontro daqueles que estão em cavernas e abismos espirituais, distantes e alienados da presença de Deus, perdidos e sem luz, famintos e ansiosos. Tendo sido achados pelo Filho de Davi, somos agora missionários a levar as Boas Novas, em tempo e fora de tempo, quer vivamos no campo, nas periferias ou nas grandes cidades.
Relatório da ONU de 2014 aponta que 54% da população mundial já vive em áreas urbanas, uma proporção que se espera venha a aumentar para 66% em 2050. Ou seja, não há como frear esse crescimento e o que veremos são cidades cada vez mais abarrotadas por pessoas em busca de oportunidades e melhores condições de vida, tornando assim, os espaços cada vez mais disputados. Os resultados desta realidade já podem ser vistos e sentidos por todos nós, principalmente se considerarmos a pouca ou nenhuma eficiência dos instrumentos governamentais. A "polis", criada pelos gregos e que eram cidades autossuficientes com seus cultos e leis próprias, espaço criado para defender seus cidadãos, definiu o modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental. Tanto no passado como hoje, ela atrai multidões para si, mas cobra-lhes, muitas vezes, um preço muito alto.
Diante deste quadro real e preocupante, a igreja precisa perceber a oportunidade que se abre diante de si para a proclamação do evangelho a uma quantidade tão grande de gente, ávida sim, por melhor qualidade de vida, mas principalmente, ávida por direção, propósito e significado. Talvez nunca tivemos na história uma oportunidade como esta de falarmos do amor de Deus, de mostrarmos Seu plano de salvação e vida eterna e apresentarmos a mensagem poderosa da cruz a tanta gente próxima a nós.
Orientado por Deus, o profeta Jeremias enviou uma carta de Jerusalém aos que restavam no cativeiro, dando-lhes algumas instruções e dentre estas disse: "procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados cativos, e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz" (Jr 29.7). Como podemos ver, Deus se preocupa e zela pela cidade, até mesmo uma cidade ímpia como Babilônia ou qualquer outra em nossos dias, porque nela há povo seu, há povo amado e eleito, há povo que sofre e perece como ovelhas sem pastor. Procurar e viver essa paz significa amar e cuidar dos que estão vagando pelas ruas, com fome e frio, visitar os encarcerados, abrigar os imigrantes e refugiados, mas também significa ir ao encontro dos que estão nos prédios, escritórios e mansões buscando a felicidade onde não encontrarão, investindo suas vidas e recursos naquilo que é perecível e passageiro, buscando preencher um vazio existencial que somente o "Eu Sou" pode preencher.
Hoje, assim como no passado, o Senhor da História nos convoca a não apenas viver e trabalhar na cidade, a não apenas consumir seus recursos e seus bens, a não apenas criar nossos filhos nela, mas acima de tudo a procurar sua paz, orando e intercedendo por ela, mudando suas estruturas injustas e desumanas, colocando-se à disposição dos seus moradores, principalmente dos mais frágeis e injustiçados, pois onde está nossa cidade aí está a nossa missão.
Presbítero Tony - faos.ead@gmail.com
(texto utilizado na 28ª Conferência Missionária da IPBsb)
Todos nós que fomos um dia resgatados pelo precioso sangue de Cristo (1Pe 1:19) também recebemos uma missão: a de ir ao encontro daqueles que estão em cavernas e abismos espirituais, distantes e alienados da presença de Deus, perdidos e sem luz, famintos e ansiosos. Tendo sido achados pelo Filho de Davi, somos agora missionários a levar as Boas Novas, em tempo e fora de tempo, quer vivamos no campo, nas periferias ou nas grandes cidades.
Relatório da ONU de 2014 aponta que 54% da população mundial já vive em áreas urbanas, uma proporção que se espera venha a aumentar para 66% em 2050. Ou seja, não há como frear esse crescimento e o que veremos são cidades cada vez mais abarrotadas por pessoas em busca de oportunidades e melhores condições de vida, tornando assim, os espaços cada vez mais disputados. Os resultados desta realidade já podem ser vistos e sentidos por todos nós, principalmente se considerarmos a pouca ou nenhuma eficiência dos instrumentos governamentais. A "polis", criada pelos gregos e que eram cidades autossuficientes com seus cultos e leis próprias, espaço criado para defender seus cidadãos, definiu o modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental. Tanto no passado como hoje, ela atrai multidões para si, mas cobra-lhes, muitas vezes, um preço muito alto.
Diante deste quadro real e preocupante, a igreja precisa perceber a oportunidade que se abre diante de si para a proclamação do evangelho a uma quantidade tão grande de gente, ávida sim, por melhor qualidade de vida, mas principalmente, ávida por direção, propósito e significado. Talvez nunca tivemos na história uma oportunidade como esta de falarmos do amor de Deus, de mostrarmos Seu plano de salvação e vida eterna e apresentarmos a mensagem poderosa da cruz a tanta gente próxima a nós.
Orientado por Deus, o profeta Jeremias enviou uma carta de Jerusalém aos que restavam no cativeiro, dando-lhes algumas instruções e dentre estas disse: "procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados cativos, e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz" (Jr 29.7). Como podemos ver, Deus se preocupa e zela pela cidade, até mesmo uma cidade ímpia como Babilônia ou qualquer outra em nossos dias, porque nela há povo seu, há povo amado e eleito, há povo que sofre e perece como ovelhas sem pastor. Procurar e viver essa paz significa amar e cuidar dos que estão vagando pelas ruas, com fome e frio, visitar os encarcerados, abrigar os imigrantes e refugiados, mas também significa ir ao encontro dos que estão nos prédios, escritórios e mansões buscando a felicidade onde não encontrarão, investindo suas vidas e recursos naquilo que é perecível e passageiro, buscando preencher um vazio existencial que somente o "Eu Sou" pode preencher.
Hoje, assim como no passado, o Senhor da História nos convoca a não apenas viver e trabalhar na cidade, a não apenas consumir seus recursos e seus bens, a não apenas criar nossos filhos nela, mas acima de tudo a procurar sua paz, orando e intercedendo por ela, mudando suas estruturas injustas e desumanas, colocando-se à disposição dos seus moradores, principalmente dos mais frágeis e injustiçados, pois onde está nossa cidade aí está a nossa missão.
Presbítero Tony - faos.ead@gmail.com
(texto utilizado na 28ª Conferência Missionária da IPBsb)
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