Palavra do leitor
- 08 de janeiro de 2015
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Nós somos Charlie Hebdo
A repercussão do atentado ao jornal satírico parisiense, Charlie Hebdo, dominou os noticiosos um dia após o ato terrorista. O que me chamou a atenção foram as manifestações dos líderes religiosos e políticos islamitas. Não houve um único que não tenha deplorado a ação do alucinado trio, como também todos disseram que o Islã prega a paz. Exceto uma autoridade iraniana, que acrescentou ao seu suposto apoio aos franceses a censura aos chargistas mortos por publicarem humor à custa do profeta Maomé.
Como uma regra de relacionamento no mundo globalizado, espera-se este tipo de manifestação protocolar, mas não passa disso mesmo, especialmente vindo do mundo muçulmano. Afinal, existem interesses econômicos poderosos que convém manter, além do que ninguém quer ficar mal na fita pelo silêncio cúmplice. Ademais, existem fortes indícios de que bons e insuspeitáveis muçulmanos financiam movimentos radicais com seu “zakat”.
Um líder brasileiro da religião muçulmana expressou seu repúdio e exagerou na dose. Disse que o islã, além de ser uma religião que prega a paz, também defende a liberdade de expressão. E por todo canto, mesmo articulistas e jornalistas ocidentais, apareceram defendendo o islamismo ou o Corão de culpa nos atentados. Alegam fatores sociais e a uma interpretação radical e fanática do livro sagrado.
Recentemente, a Alemanha – que só neste ano passado recebeu mais de duzentos mil refugiados de origem muçulmana por causa da guerra na Síria e arredores, além da já enorme população de origem turca que vive no país –, tem visto reações de parte de seus cidadãos contra o que consideram a islamização do país. É uma reação a esta presença islâmica, que aos poucos começa a mudar a paisagem – com os minaretes das mesquitas* – e costumes dos países europeus. No caso alemão, tem sido fortemente combatida pelo governo, cioso mais que qualquer um pelo ainda presente espectro do nazismo que paira sobre o país.
Aos defensores do islã como religião tolerante: apontem um país de maioria muçulmana que é democrático. Está valendo um que não se reja pela Sharia. Um único em que haja um jornal independente. Um único em que se possa pregar o cristianismo livremente, inclusive construir igrejas. Um único em que mulheres sejam vistas com direitos iguais aos homens. Não há.
O islamismo democrata e da paz está no exterior, debaixo de leis democráticas e, curiosamente, minando estes espaços de tolerância por causa, ironicamente, da própria democracia e da praga do politicamente correto, da torta maneira em defender as ditas minorias que, no ocidente, ganham direitos exorbitantes, inclusive em detrimento dos demais. Não faz muito tempo, uma juíza alemã liberou um muçulmano que agrediu a esposa sob a alegação de não ferir a cultura do casal que, segundo ela entendia, permitia ao homem direitos sobre sua, digamos, posse. No Brasil, bestas da antropologia defendem que algumas culturas indígenas, mesmo aquelas aculturadas, matem seus filhos – de maneira absurdamente cruel, diga-se – quando nascem com problemas.
Os dois terroristas franceses nasceram na França. Teoricamente, são fruto da cultura ocidental. Mas não. Algo os fazia diferentes. As minorias defendidas da forma que se está fazendo, são mantidas impermeáveis ao entorno. São enclaves alienígenas no meio da realidade maior. São ilhas isoladas e ressentidas, ao mesmo tempo em que clamam direitos que lhe são concedidos por uma espécie de culpa. Esta postura parece alimentar o preconceito dos demais e gerar um caldeirão fratricida dentro dos países europeus e nos EUA. Embora ali, negros e latinos americanos – apenas para falar das maiores minorias – não deixam de defender as cores da bandeira americana.
Por falar em América, por lá viceja uma aberração típica destes tempos. A maioria absoluta do país é de origem cristã, o próprio dólar traz a inscrição “In God we trust” e, no entanto, quase toda propaganda na época do Natal aboliu a expressão “Merry Christmas” por um anêmico “Happy Hollidays”. O raciocínio débil mental alega não querer ferir a suscetibilidade dos não cristãos. No Brasil há bestas que querem retirar símbolos religiosos cristãos de órgãos públicos. O país é laico, dizem, como se um símbolo cristão fosse mudar o julgamento de um juiz, por exemplo.
Não há saída fácil, mas me parece fútil o exercício da defesa da religião muçulmana em nome do respeito, educação, tolerância ou seja o que for. Em particular, por nós ocidentais. Mantenha-se o direito de um indivíduo escolher sua religião, mas jamais nossa submissão ao que nos destruirá como cultura.
* A Arábia Saudita, um dos países mais repressores do mundo, tem um programa de financiamento de construção de mesquitas ao redor do mundo para as comunidades muçulmanas.
Como uma regra de relacionamento no mundo globalizado, espera-se este tipo de manifestação protocolar, mas não passa disso mesmo, especialmente vindo do mundo muçulmano. Afinal, existem interesses econômicos poderosos que convém manter, além do que ninguém quer ficar mal na fita pelo silêncio cúmplice. Ademais, existem fortes indícios de que bons e insuspeitáveis muçulmanos financiam movimentos radicais com seu “zakat”.
Um líder brasileiro da religião muçulmana expressou seu repúdio e exagerou na dose. Disse que o islã, além de ser uma religião que prega a paz, também defende a liberdade de expressão. E por todo canto, mesmo articulistas e jornalistas ocidentais, apareceram defendendo o islamismo ou o Corão de culpa nos atentados. Alegam fatores sociais e a uma interpretação radical e fanática do livro sagrado.
Recentemente, a Alemanha – que só neste ano passado recebeu mais de duzentos mil refugiados de origem muçulmana por causa da guerra na Síria e arredores, além da já enorme população de origem turca que vive no país –, tem visto reações de parte de seus cidadãos contra o que consideram a islamização do país. É uma reação a esta presença islâmica, que aos poucos começa a mudar a paisagem – com os minaretes das mesquitas* – e costumes dos países europeus. No caso alemão, tem sido fortemente combatida pelo governo, cioso mais que qualquer um pelo ainda presente espectro do nazismo que paira sobre o país.
Aos defensores do islã como religião tolerante: apontem um país de maioria muçulmana que é democrático. Está valendo um que não se reja pela Sharia. Um único em que haja um jornal independente. Um único em que se possa pregar o cristianismo livremente, inclusive construir igrejas. Um único em que mulheres sejam vistas com direitos iguais aos homens. Não há.
O islamismo democrata e da paz está no exterior, debaixo de leis democráticas e, curiosamente, minando estes espaços de tolerância por causa, ironicamente, da própria democracia e da praga do politicamente correto, da torta maneira em defender as ditas minorias que, no ocidente, ganham direitos exorbitantes, inclusive em detrimento dos demais. Não faz muito tempo, uma juíza alemã liberou um muçulmano que agrediu a esposa sob a alegação de não ferir a cultura do casal que, segundo ela entendia, permitia ao homem direitos sobre sua, digamos, posse. No Brasil, bestas da antropologia defendem que algumas culturas indígenas, mesmo aquelas aculturadas, matem seus filhos – de maneira absurdamente cruel, diga-se – quando nascem com problemas.
Os dois terroristas franceses nasceram na França. Teoricamente, são fruto da cultura ocidental. Mas não. Algo os fazia diferentes. As minorias defendidas da forma que se está fazendo, são mantidas impermeáveis ao entorno. São enclaves alienígenas no meio da realidade maior. São ilhas isoladas e ressentidas, ao mesmo tempo em que clamam direitos que lhe são concedidos por uma espécie de culpa. Esta postura parece alimentar o preconceito dos demais e gerar um caldeirão fratricida dentro dos países europeus e nos EUA. Embora ali, negros e latinos americanos – apenas para falar das maiores minorias – não deixam de defender as cores da bandeira americana.
Por falar em América, por lá viceja uma aberração típica destes tempos. A maioria absoluta do país é de origem cristã, o próprio dólar traz a inscrição “In God we trust” e, no entanto, quase toda propaganda na época do Natal aboliu a expressão “Merry Christmas” por um anêmico “Happy Hollidays”. O raciocínio débil mental alega não querer ferir a suscetibilidade dos não cristãos. No Brasil há bestas que querem retirar símbolos religiosos cristãos de órgãos públicos. O país é laico, dizem, como se um símbolo cristão fosse mudar o julgamento de um juiz, por exemplo.
Não há saída fácil, mas me parece fútil o exercício da defesa da religião muçulmana em nome do respeito, educação, tolerância ou seja o que for. Em particular, por nós ocidentais. Mantenha-se o direito de um indivíduo escolher sua religião, mas jamais nossa submissão ao que nos destruirá como cultura.
* A Arábia Saudita, um dos países mais repressores do mundo, tem um programa de financiamento de construção de mesquitas ao redor do mundo para as comunidades muçulmanas.
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