Palavra do leitor
30 de janeiro de 2014
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Noiva de Cristo ou piriguete gospel?
Não é exagero algum afirmar que a igreja do século XXI rejuvenesceu expressivamente comparada ao modelo de vinte e cinco anos atrás. Nasci e cresci em um ambiente religioso severo, rigoroso, sem nenhum tipo de leveza. Havia uma certeza imaginária que, quanto mais pesado o semblante cristão, mais Deus se agradava. Chamavam isso de santidade. Há muitas histórias engraçadas e/ou embaraçosas de quem viveu essa época de absurda "simplicidade subcultural". Lembro-me de assistir televisão no vizinho escondido. Jogar bola na rua, escondido. Ir ao cinema - há, há, há - só depois dos vinte anos de idade. O que a ignorância religiosa não faz com um humano também ignorante? Que festa quando a primeira TV entrou em casa... Isso depois de meus irmãos mais velhos terem quase trinta e poucos anos de idade.
Depois de minha experiência pessoal com o Evangelho de Cristo, passei a pedir em oração que Deus me concedesse conhecimento pelo menos básico do Livro sagrado. Creio que de tanto que temia ser enganado pelo poder do sistema religioso.
Quando olho para o que está acontecendo hoje em várias igrejas pelo Brasil afora, fico feliz por viver para ver o aproveitamento de todos os recursos a serviço da evangelização. Mas numa boa, em menos de três décadas do início da mudança "visual" da igreja, já começo a ficar um pouquinho preocupado.
Tudo bem que o esclarecimento bíblico jogou luz sobre nossas trevas, mas, até que ponto devemos continuar promovendo a tão sonhada contextualização? Como se fazer de louco para o louco, sem perder o juízo? Como se fazer de fora da lei, para o fora da lei, sem sair da lei do amor a Deus acima de todas as coisas? Nessa busca de um modelo aconchegante e confortável para a geração YXZ, me parece que no final da próxima curva (mudança), não conseguiremos manter esse "trem (modelo)" no trilho original deixado pelos apóstolos e profetas. Parece-me que a qualquer momento esse trem vai enguiçar. Sendo mais objetivo:
Ontem era pecado ter instrumentos de percussão em muitas igrejas, porém não podíamos reclamar das letras dos louvores. Hoje em dia as letras glorificam o homem. Ontem não tínhamos iluminação especial para o púlpito. Hoje em dia, temos palco, no sentido único da aplicação do termo. Ontem, os cantores cristãos não tinham produção artística. Hoje os cantores cantam músicas religiosas super produzidas e evitam relacionar a definição cristã a auto imagem.
Num passado recente, desejar o sacerdócio pastoral era o sonho de poucos, devido à falta de recursos e suporte que viviam tais homens de Deus. Hoje, desejar ser pastor, cantor, apóstolo, Beyonce gospel ou lúcifer, é tudo a mesma coisa. Não há critério.
Ontem a Noiva de Cristo que recebeu com festa e celebração o maior PRESENTE de todos os tempos do amado Noivo, a descida do Espírito Santo. A noiva de hoje não se satisfaz com a nova Aliança e corre numa busca desesperada por anéis, joias, carros e casas na praia. Essa noiva é moderninha e não aceita facilmente um "não" do Noivo como resposta, razão que tem provocado o esfriamento na relação. Diferente da Noiva submissa e amorosa do Evangelho, a moderninha jogou a aliança fora pra curtir a vida de Piriguete Gospel.
Não é saudosismo apenas uma questão de posicionamento, voltemos ao Evangelho!
Depois de minha experiência pessoal com o Evangelho de Cristo, passei a pedir em oração que Deus me concedesse conhecimento pelo menos básico do Livro sagrado. Creio que de tanto que temia ser enganado pelo poder do sistema religioso.
Quando olho para o que está acontecendo hoje em várias igrejas pelo Brasil afora, fico feliz por viver para ver o aproveitamento de todos os recursos a serviço da evangelização. Mas numa boa, em menos de três décadas do início da mudança "visual" da igreja, já começo a ficar um pouquinho preocupado.
Tudo bem que o esclarecimento bíblico jogou luz sobre nossas trevas, mas, até que ponto devemos continuar promovendo a tão sonhada contextualização? Como se fazer de louco para o louco, sem perder o juízo? Como se fazer de fora da lei, para o fora da lei, sem sair da lei do amor a Deus acima de todas as coisas? Nessa busca de um modelo aconchegante e confortável para a geração YXZ, me parece que no final da próxima curva (mudança), não conseguiremos manter esse "trem (modelo)" no trilho original deixado pelos apóstolos e profetas. Parece-me que a qualquer momento esse trem vai enguiçar. Sendo mais objetivo:
Ontem era pecado ter instrumentos de percussão em muitas igrejas, porém não podíamos reclamar das letras dos louvores. Hoje em dia as letras glorificam o homem. Ontem não tínhamos iluminação especial para o púlpito. Hoje em dia, temos palco, no sentido único da aplicação do termo. Ontem, os cantores cristãos não tinham produção artística. Hoje os cantores cantam músicas religiosas super produzidas e evitam relacionar a definição cristã a auto imagem.
Num passado recente, desejar o sacerdócio pastoral era o sonho de poucos, devido à falta de recursos e suporte que viviam tais homens de Deus. Hoje, desejar ser pastor, cantor, apóstolo, Beyonce gospel ou lúcifer, é tudo a mesma coisa. Não há critério.
Ontem a Noiva de Cristo que recebeu com festa e celebração o maior PRESENTE de todos os tempos do amado Noivo, a descida do Espírito Santo. A noiva de hoje não se satisfaz com a nova Aliança e corre numa busca desesperada por anéis, joias, carros e casas na praia. Essa noiva é moderninha e não aceita facilmente um "não" do Noivo como resposta, razão que tem provocado o esfriamento na relação. Diferente da Noiva submissa e amorosa do Evangelho, a moderninha jogou a aliança fora pra curtir a vida de Piriguete Gospel.
Não é saudosismo apenas uma questão de posicionamento, voltemos ao Evangelho!
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