Palavra do leitor
- 19 de dezembro de 2013
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Noel ou Emanuel?
Caríssimos, conquanto alguns associem a figura de Nicolau de Mira com o “Papai Noel, precisamos lembrar que tanto um como outro são personagens distintos. Resumidamente, podemos dizer que Nicolau foi um bispo que, sob o império de Diocleciano (284-305 d.C.), chegou a ser encarcerado por recusar-se a negar sua fé em Cristo, e que, mais adiante, sob o império de Constantino voltou a enfrentar oposição da própria Igreja. Há quem diga que Nicolau em um debate com outros líderes eclesiásticos teria se levantado e reagido com violência com um de seus antagonistas, o que o teria impossibilitado de continuar sendo um líder da Igreja. Não obstante, ele permaneceu atuante, prestando auxílio a crianças e outros necessitados.
Podemos então dizer que a figura do “papai Noel de dezembro”, ainda que traga consigo algum traço associado ao caráter de Nicolau, como, por exemplo, auxiliar crianças e necessitados, ele pouco nos aproxima do Nicolau que recusou-se a negar sua fé em Cristo, pois ainda que a fé sem obras seja morta, são mortas também as obras que não estejam vinculadas à fé em Jesus Cristo. Nesse sentido, Nicolau nos ensina que presentear alguém movido pelo amor de Deus é uma maneira maravilhosa de fazer o outro feliz, não só pelo presente em si, mas, principalmente, pelo fato do outro ter sido lembrado e amado, antes mesmo do presente ter sido dado. Nicolau presenteava como fruto de sua relação com Deus e jamais por alguma data do calendário e muito menos por algum apelo comercial.
Desta forma, se observarmos com atenção, veremos que o “Noel de dezembro” pretende ser “papai” vendo seus filhos e presenteando-os uma vez por ano. Ele é chamado de “papai”, mas não se faz presente na criação e formação dos filhos. É um “papai” de enfeite e não amigo em toda ocasião. Por outro lado, “Emanuel” significa “Deus conosco” (Mt 1.23), nome dado a Jesus que, segundo as Escrituras Sagradas, é o Filho Amado de Deus, o Salvador do mundo, Deus-homem, o Rei e Senhor que assumiu a forma de Servo e que veio ao mundo ressuscitar o homem enterrado em sua degradação moral e espiritual, morto em delitos e pecados. Sim, o Emanuel veio habitar conosco e cumprir a justiça de Deus, sendo nosso substituto na cruz e nela perdoando todos os nossos pecados. Por meio da fé Nele desfrutamos de comunhão eterna com Deus e por meio dela nossa alegria é completa. Emanuel faz de nós nova criação e cuida de nós em todo o tempo, tomando-nos em Seus braços, libertando-nos de um mundo de mentiras e saciando nossa sede do Eterno.
Poucas vezes somos lembrados de que a vinda do “Deus conosco” ao mundo foi planejada antes da fundação do mundo com o propósito de que fôssemos presenteados com o presente que está acima de todo presente, Jesus, o Messias, Aquele que o livro do profeta Isaías chama de Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6). Sim, somente Ele é capaz de oferecer a esperança que jamais morre e que cura todo desespero. Somente Ele tem poder para derramar luz sobre nossas trevas. Somente Sua Palavra pode nos apontar o Caminho que conduz à plenitude e novidade de vida. Somente por Sua graça e mediante a fé Nele é que podemos nascer do alto e assim sermos verdadeiramente livres de tudo que nos algema a anti-vida, ou seja, a um modo de viver que somente nos leva a errar o alvo, um mundo de ilusões, derrotas e insatisfações. Somente com o Emanuel aprendemos a viver e a conviver com nosso semelhante para a glória de Deus tendo sempre a certeza de que, sejam quais forem as circunstâncias, Ele é e sempre será nossa fortaleza, refúgio, força, amparo, escudo, socorro e abrigo.
Finalmente, que a alegria do Emanuel, o Eterno, o Eu Sou o Que Sou, a “Alegria dos homens”, como bem disse o compositor Johann Sebastian Bach, seja presente em nós e o nosso ato de presentear um fruto de Sua presença em nós.
Uéslei Fatareli
Podemos então dizer que a figura do “papai Noel de dezembro”, ainda que traga consigo algum traço associado ao caráter de Nicolau, como, por exemplo, auxiliar crianças e necessitados, ele pouco nos aproxima do Nicolau que recusou-se a negar sua fé em Cristo, pois ainda que a fé sem obras seja morta, são mortas também as obras que não estejam vinculadas à fé em Jesus Cristo. Nesse sentido, Nicolau nos ensina que presentear alguém movido pelo amor de Deus é uma maneira maravilhosa de fazer o outro feliz, não só pelo presente em si, mas, principalmente, pelo fato do outro ter sido lembrado e amado, antes mesmo do presente ter sido dado. Nicolau presenteava como fruto de sua relação com Deus e jamais por alguma data do calendário e muito menos por algum apelo comercial.
Desta forma, se observarmos com atenção, veremos que o “Noel de dezembro” pretende ser “papai” vendo seus filhos e presenteando-os uma vez por ano. Ele é chamado de “papai”, mas não se faz presente na criação e formação dos filhos. É um “papai” de enfeite e não amigo em toda ocasião. Por outro lado, “Emanuel” significa “Deus conosco” (Mt 1.23), nome dado a Jesus que, segundo as Escrituras Sagradas, é o Filho Amado de Deus, o Salvador do mundo, Deus-homem, o Rei e Senhor que assumiu a forma de Servo e que veio ao mundo ressuscitar o homem enterrado em sua degradação moral e espiritual, morto em delitos e pecados. Sim, o Emanuel veio habitar conosco e cumprir a justiça de Deus, sendo nosso substituto na cruz e nela perdoando todos os nossos pecados. Por meio da fé Nele desfrutamos de comunhão eterna com Deus e por meio dela nossa alegria é completa. Emanuel faz de nós nova criação e cuida de nós em todo o tempo, tomando-nos em Seus braços, libertando-nos de um mundo de mentiras e saciando nossa sede do Eterno.
Poucas vezes somos lembrados de que a vinda do “Deus conosco” ao mundo foi planejada antes da fundação do mundo com o propósito de que fôssemos presenteados com o presente que está acima de todo presente, Jesus, o Messias, Aquele que o livro do profeta Isaías chama de Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6). Sim, somente Ele é capaz de oferecer a esperança que jamais morre e que cura todo desespero. Somente Ele tem poder para derramar luz sobre nossas trevas. Somente Sua Palavra pode nos apontar o Caminho que conduz à plenitude e novidade de vida. Somente por Sua graça e mediante a fé Nele é que podemos nascer do alto e assim sermos verdadeiramente livres de tudo que nos algema a anti-vida, ou seja, a um modo de viver que somente nos leva a errar o alvo, um mundo de ilusões, derrotas e insatisfações. Somente com o Emanuel aprendemos a viver e a conviver com nosso semelhante para a glória de Deus tendo sempre a certeza de que, sejam quais forem as circunstâncias, Ele é e sempre será nossa fortaleza, refúgio, força, amparo, escudo, socorro e abrigo.
Finalmente, que a alegria do Emanuel, o Eterno, o Eu Sou o Que Sou, a “Alegria dos homens”, como bem disse o compositor Johann Sebastian Bach, seja presente em nós e o nosso ato de presentear um fruto de Sua presença em nós.
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