Palavra do leitor
- 10 de junho de 2024
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No reino de Deus, não há esnobes nem exclusivistas!
Texto de Marcos 10.35 a 45
A frase quem não é visto, não é lembrado, pode resumir, com muita propriedade, essa busca do ser humano por aceitação, por ser reconhecido, por ser notado, por ser aprovado, por ser atendido e por ser lembrado. Deve ser salientado, isto leva muitas pessoas a um tresloucado ativismo, tanto secular quanto até espiritual, tanto santo quanto até profano, como se fossem indispensáveis e imprescindíveis. O efeito dessa maneira de interpretar a realidade, movido e encabeçado pela ideia de que ser não for visto, não será lembrado, propende a descambar num estado de nunca se sentir satisfeito, seguro, certo e convicto de que sou importante, por aquilo que sou e não por aquilo pelo que devo ser para agradar. Nada contra, nenhuma repulsa e desprezo por viver o seu melhor, por expandir todas as suas potencialidades, agora, o problema se encontra em sempre querer ser o melhor, está na frente, provar e comprovar o quanto mais sei, o quanto mais tenho, o quanto domino, mesmo que seja uma farsa. Quantas pessoas adentram numa espiral de falsidade e fantasia, com a intenção de serem referenciadas, discorrem serem notórias e nítidas, sem o serem.
O evento destacado no Evangelho de Marcos 10.35 a 45, categoricamente, confecciona as nuances ou as variações de alguns discípulos de Jesus, aos quais procuravam se engradecer, se vangloriar, se viam como os tais, como os escolhidos, como os predestinados e os prediletos. Vale dizer, como isso transmite os mosaicos de pessoas altivas, antipáticas e não bem vistas. Ao ler o trecho da exigência feita por eles, percebe-se ser a ideia de pessoas se gabando, como se fossem merecedoras de alguma coisa. Vou adiante, outra questão perniciosa de pessoas que se consideram como esnobes e exclusivistas, está na tendência de haver uma visceral necessidade por rebaixar, por diminuir e por descartar o outro. Não por menos, diametralmente oposto, no Reino de Deus, não há espaço para fraternidade de conluios ou de grupelhos, sem demonstrar nenhuma atenção, nenhum cuidado e nenhuma referência aos outros. Não há espaço para acolher e validar somente os bem-sucedidos, os doutores, os empreendedores, os dotados de habilidades e virtudes, porque todos são bem vindos. Deveras, neste Reino de uma paz que faz com que todos estejam resolvidos, a começa consigo mesmo, ciente dos inteiros e dos fragmentos, sensíveis de que a vida tem suas durezas e inquietações, de uma justiça voltada a reaproximar, a reconciliar e a restaurar e de uma alegria a qual nos anima a prosseguir, mesmo diante dos contratempos da caminhada. Sem sombra de dúvida, o papel da igreja, de cada cristão, não pode prescindir de permitir a vinda de todo ser humano, porque seja quem for, pode entrar, a porta está aberta. Afinal, todos estamos sujeitos a um Mediador, a um Mestre, a um Sumo Sacerdote, a um Logos, a um Salvador e somos filhos de um mesmo Criador.
Dou mais uma pincelada e os convido a irmos até a resposta de Jesus, depois de escutar as reinvindicações daqueles discípulos, porque não os execrou, mas sim os ajudou a redimensionar as ênfases, as prioridades, o que era e o que é sumamente importante no Reino de Deus. De maneira contundente, não os condenou pela intenção de serem úteis, de serem benéficos, de serem efetivos, desde que essa busca não estivesse ligada a uma proposta deturpada e cínica, de subjugar as pessoas. Ouso dizer, ser a resposta de Jesus de que deveriam ser os primeiros, ser importantes, ser reconhecidos por viver pelo outro, por existir em prol do outro, por ser importar com o outro, por serem marcados por um caráter enobrecido e uma fecundidade moral, de fazer o que é certo. Sim e sim, sejamos destacados pela gratidão, pela generosidade, pelo partilhar, pelo compartilhar, pela capacidade para ser bom, para fazer o bem e para praticar a bondade. Eis o proposta do Reino de Deus, de viver a grandeza as avessas, porque nos chama para sermos servos, para sermos discípulos e para sermos portadores de significados (da misericórdia, da justiça, das bem-aventuranças).
Ora, para viver nesse Reino, não preciso de um diploma (sem desprezar quem os tem), não preciso ser milionário (sem rejeitar quem assim o é), não preciso de dons (sem desmerecer quem foi agraciado com tais), não preciso ser um doutor seja lá do que for (sem fechar as portas para quem dispõe), porque todos, eu, você, cada um de nós, podemos servir e servir. Digo isso, porque, em Jesus Cristo, não há judeus nem gentios, não há livres nem escravos, não há homens nem mulheres. Então, o que há? Simplesmente, a oportunidade para sermos alcançados pela Irmandade do Amor da Cruz do Ressurreto que se direciona a todo o mundo. Ademais possamos ao lado desse amor que me compromete a praticar e a nos consolidar, no encontro com o próximo, com o outro, com o distante, com quem me identifico e com quem não me identifico.
A frase quem não é visto, não é lembrado, pode resumir, com muita propriedade, essa busca do ser humano por aceitação, por ser reconhecido, por ser notado, por ser aprovado, por ser atendido e por ser lembrado. Deve ser salientado, isto leva muitas pessoas a um tresloucado ativismo, tanto secular quanto até espiritual, tanto santo quanto até profano, como se fossem indispensáveis e imprescindíveis. O efeito dessa maneira de interpretar a realidade, movido e encabeçado pela ideia de que ser não for visto, não será lembrado, propende a descambar num estado de nunca se sentir satisfeito, seguro, certo e convicto de que sou importante, por aquilo que sou e não por aquilo pelo que devo ser para agradar. Nada contra, nenhuma repulsa e desprezo por viver o seu melhor, por expandir todas as suas potencialidades, agora, o problema se encontra em sempre querer ser o melhor, está na frente, provar e comprovar o quanto mais sei, o quanto mais tenho, o quanto domino, mesmo que seja uma farsa. Quantas pessoas adentram numa espiral de falsidade e fantasia, com a intenção de serem referenciadas, discorrem serem notórias e nítidas, sem o serem.
O evento destacado no Evangelho de Marcos 10.35 a 45, categoricamente, confecciona as nuances ou as variações de alguns discípulos de Jesus, aos quais procuravam se engradecer, se vangloriar, se viam como os tais, como os escolhidos, como os predestinados e os prediletos. Vale dizer, como isso transmite os mosaicos de pessoas altivas, antipáticas e não bem vistas. Ao ler o trecho da exigência feita por eles, percebe-se ser a ideia de pessoas se gabando, como se fossem merecedoras de alguma coisa. Vou adiante, outra questão perniciosa de pessoas que se consideram como esnobes e exclusivistas, está na tendência de haver uma visceral necessidade por rebaixar, por diminuir e por descartar o outro. Não por menos, diametralmente oposto, no Reino de Deus, não há espaço para fraternidade de conluios ou de grupelhos, sem demonstrar nenhuma atenção, nenhum cuidado e nenhuma referência aos outros. Não há espaço para acolher e validar somente os bem-sucedidos, os doutores, os empreendedores, os dotados de habilidades e virtudes, porque todos são bem vindos. Deveras, neste Reino de uma paz que faz com que todos estejam resolvidos, a começa consigo mesmo, ciente dos inteiros e dos fragmentos, sensíveis de que a vida tem suas durezas e inquietações, de uma justiça voltada a reaproximar, a reconciliar e a restaurar e de uma alegria a qual nos anima a prosseguir, mesmo diante dos contratempos da caminhada. Sem sombra de dúvida, o papel da igreja, de cada cristão, não pode prescindir de permitir a vinda de todo ser humano, porque seja quem for, pode entrar, a porta está aberta. Afinal, todos estamos sujeitos a um Mediador, a um Mestre, a um Sumo Sacerdote, a um Logos, a um Salvador e somos filhos de um mesmo Criador.
Dou mais uma pincelada e os convido a irmos até a resposta de Jesus, depois de escutar as reinvindicações daqueles discípulos, porque não os execrou, mas sim os ajudou a redimensionar as ênfases, as prioridades, o que era e o que é sumamente importante no Reino de Deus. De maneira contundente, não os condenou pela intenção de serem úteis, de serem benéficos, de serem efetivos, desde que essa busca não estivesse ligada a uma proposta deturpada e cínica, de subjugar as pessoas. Ouso dizer, ser a resposta de Jesus de que deveriam ser os primeiros, ser importantes, ser reconhecidos por viver pelo outro, por existir em prol do outro, por ser importar com o outro, por serem marcados por um caráter enobrecido e uma fecundidade moral, de fazer o que é certo. Sim e sim, sejamos destacados pela gratidão, pela generosidade, pelo partilhar, pelo compartilhar, pela capacidade para ser bom, para fazer o bem e para praticar a bondade. Eis o proposta do Reino de Deus, de viver a grandeza as avessas, porque nos chama para sermos servos, para sermos discípulos e para sermos portadores de significados (da misericórdia, da justiça, das bem-aventuranças).
Ora, para viver nesse Reino, não preciso de um diploma (sem desprezar quem os tem), não preciso ser milionário (sem rejeitar quem assim o é), não preciso de dons (sem desmerecer quem foi agraciado com tais), não preciso ser um doutor seja lá do que for (sem fechar as portas para quem dispõe), porque todos, eu, você, cada um de nós, podemos servir e servir. Digo isso, porque, em Jesus Cristo, não há judeus nem gentios, não há livres nem escravos, não há homens nem mulheres. Então, o que há? Simplesmente, a oportunidade para sermos alcançados pela Irmandade do Amor da Cruz do Ressurreto que se direciona a todo o mundo. Ademais possamos ao lado desse amor que me compromete a praticar e a nos consolidar, no encontro com o próximo, com o outro, com o distante, com quem me identifico e com quem não me identifico.
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