No cardápio, tomates verdes fritos!

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Procura-se mestres que ensinem com a autoridade de quem tem a mente de Cristo e que rejeitem palavras de sabedoria humana, fábulas profanas, mandamentos de homens, questiúnculas religiosas, paralogismos, sofismas e doutrinas estranhas.
 
Dispensa-se "experiência", ou "títulos" religiosos. Precisamos de pregadores que digam tudo entre aspas, nada diferente: "Eu te direi o que havereis de falar" (Ex. 4:12). Isso não significa fazer uso da mera repetição de clichês e verdades alheias como tantas que são enfiadas boca abaixo dos seminaristas. Significa não falar nada e deixar que o Espírito do nosso Pai fale por nós (Mt 10:20).

Como os religiosos do tempo de Jesus muitas igrejas se dedicam a um estilo de ensino das escrituras baseado na transmissão de informações estritamente acadêmicas ou, como dizia Paulo, filosofias e vãs sutilezas; Entorpecidos pelo narcisismo e entregues ao pedantismo acadêmico muitos de nossos pregadores “Querem ser mestres na lei, mas não entendem nem o que dizem, nem o que com tanta confiança afirmam” (1Tm 1:7). Esquecem os resultados práticos do verdadeiro ensino: “O coração se fortifica com a graça e não com alimentos que não trazem proveito algum aos que com eles se preocupam” (Hb. 13:9). Não sabem nada e são cheios de orgulho. Apenas deliram entre controvérsias e contendas de palavras (I Tm 6: 3,4) e deixam vazia a alma do faminto (Is. 32:6). “A ciência incha, mas o amor edifica” (1Co 8:1). Eis a razão porque várias igrejas sepultaram a Escola Bíblica Dominial: o cardápio está horrível!

Vale lembrar que foram os doutores da lei, com sua espiritualidade dogmática e racional, os que mais odiaram a Jesus. De nada lhes valeu a especialização em pormenores bíblicos, o detalhamento técnico, as particularizações minuciosas dos textos sagrados. A bíblia não é fonte de informações teóricas e escolásticas; é regra de fé e prática.

Tal dependência academicista está para o professor cristão e seus alunos o que a vaporização com CO2 está para os tomates verdes vendidos nos hipermercados: Ficam vermelhos instantânea e artificialmente, prontos para o consumo, como se maduros fossem, mas a qualidade, não se compara à daquele amadurecido no pé. Por isso o velho sacerdote Eli já nem ouvia mais a voz de Deus, enquanto Samuel crescia diante do Pai. Os melhores pregadores, professores, artistas, líderes, diáconos, escritores são simplesmente instrumentos usados pelo Senhor, que precisam permanecer na Videira para amadurecer e produzir frutos sadios.

Professor ou pregador fascinantes são aqueles que, com seu testemunho, habilidade e criatividade, sabem transferir não só esse fascínio, mas também toda glória, honra e todo o louvor para o meu Mestre, despindo-se de toda erudição simulada, vaidade e presunção, porque o discípulo sabe que não é maior que o seu Mestre. A primeira lição que aprende o líder discípulo é que fascinante mesmo é o ensino de Jesus aplicado pelo Espírito Santo em nós, pois o conteúdo original do ensino cristão é escrito pelo próprio Deus e é o seu Espírito que garante o impacto dessa mensagem no caráter do professor primeiro e conseqüentemente na vida dos discípulos.

Nossa didática precisa urgentemente ser aprimorada. Isso acontecerá quando nos empenharmos em revelar os segredos do coração de Deus aos discípulos fundamentados na graça de Cristo que nos induz ao amor, à oração, à consagração, à integridade, reverência e dedicação ao ministério da palavra (At. 6:4). É preciso subir à torre de vigia para ouvir o que o Senhor vai falar e, ao descer, ver concretizadas na própria vida as boas obras que glorificam a Deus. Se não for assim, melhor é ficar calado na igreja.

professoraebd.blogspot.com

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Opinião do leitor