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Palavra do leitor

Ninguém ganha de Deus

Nós, seres humanos, somos obstinados por natureza. Temos a tendência de querermos resolver tudo da nossa própria maneira, no nosso tempo, sempre curto, e usando os nossos próprios meios.

Há não muito tempo, quando queríamos entrar em contato com alguém que estava muito distante, havia duas opções: (1) via telefone, que nem sempre era viável, ou, (2) via carta, que levava até uma semana ou mais para chegar ao destino.

Os tempos mudaram, e muito. Hoje, em qualquer lugar que estivermos, basta um toque no teclado de um pequeno aparelho chamado telefone celular, e em frações de segundo estamos falando com alguém do outro lado do mundo.

Há um século, uma travessia transoceânica levava dias e dias e o único meio era o navio. Hoje, precisa-se de algumas horas, de avião. Há anos, para que alguém, trabalhando honestamente, construísse um patrimônio razoável, eram necessárias algumas décadas. Hoje, os jovens esperam ganhar em apenas cinco anos o que seus pais levaram vinte, trinta ou quarenta.

Hoje em dia, nada de se esperar, nada de se plantar para colher no longo prazo, nada de se construir algo sólido, apenas buscar resultados imediatos, retorno rápido, quase instantâneo. E esse mal tem atingido a Igreja de Jesus em cheio, e as nossas vidas também. Achamos que com Deus tudo também se processa dessa mesma forma. Esquecemo-nos do que a Palavra nos mostra do começo ao fim.

Desde o momento em que Abraão foi chamado e recebeu a promessa de ter uma grande descendência, até o nascimento de Isaque, passaram-se vinte e cinco anos. Com Moisés o tempo foi ainda maior. Aos quarenta anos de idade, ele tentou exercer seu chamado para libertar o povo de Israel (Atos 7.23-25), mas foram necessários outros quarenta anos para que estivesse preparado pelo Senhor para tal tarefa.

Davi foi ungido rei quando ainda era adolescente, mas somente subiu ao trono quando tinha trinta anos de idade. Com José, não foi muito diferente disso, desde os sonhos que teve com sua família até se tornar governador do Egito.

Hoje, queremos tudo rápido. Não queremos esperar por nada da parte do Senhor. Vivemos numa grande agitação. Nada pode parar, pensamos. A roda tem que estar girando sempre, e em alta velocidade. Temos que estar em quinta marcha o tempo todo.

Não temos nem tempo para orar e esperar no Senhor a resposta, pois até isso é visto como desperdício de tempo. Confundimos avivamento com agitamento.

Tento imaginar como Deus vê tudo isso. Procuramos dar um ar de espiritualidade a tudo o que fazemos dessa maneira. Tentamos justificar nossa impaciência e dizemos que Deus tem pressa, quando na realidade a pressa é nossa.

Abraão e Sara experimentaram isso e de uma maneira que certamente não foi a ideal. Dada a demora no cumprimento da promessa da parte de Deus sobre a vinda de um herdeiro, Abraão e Sara resolveram do seu próprio jeito, gerando Ismael do ventre de Hagar, a serva de Sara. O resultado está nas páginas dos jornais até hoje.

Podemos ainda, por vezes, achar que nossos planos estão caminhando bem, da maneira como Deus quer. Quando Ló se separou de Abraão, ele provavelmente cria que estava sendo muito abençoado, pois foi para uma região de terreno fértil. Talvez no início tudo corresse bem. É possível que Ló pensasse que estava no caminho certo e que Deus não poderia ter-lhe feito melhor. Mas, o final da história foi triste. Ló não só perdeu os bens materiais, como também perdeu a esposa e as filhas se corromperam.

Muitas vezes vivemos situações incompreensíveis que não fazem o menor sentido, pelo menos para nossa ótica, lógica e racional. Então, queremos partir para a nossa própria solução. Mas, resolver nossos problemas da nossa maneira pode resultar em problemas ainda maiores.

Em muitas dessas ocasiões, Deus está trabalhando em nossa vida porque quer cumprir seu propósito para conosco. É aí que entramos em conflito. Tentamos por diversos meios uma solução, mas nada funciona. Creio que a resposta para isso é simples: ninguém ganha de Deus. Não é a nossa presunção, as frases chavões que recitamos, os versículos que usamos e que encaixamos bem na nossa vontade própria, nossa “esperteza” ou os “macetes” espirituais a que nos acostumamos que irão trazer algum resultado, a menos que o resultado esperado não seja necessariamente vindo de Deus.

Mas, se o nosso desejo é verdadeiramente agradar a Deus com a nossa vida e se queremos ser como Davi, homem segundo o coração de Deus, então temos muito que aprender e sentiremos em nossa própria pele esta realidade: ninguém ganha de Deus. Quando o buscamos de todo o coração, ele trata a nossa vida, nos mostra as nossas mazelas, nosso pecado, nosso orgulho, nossa ganância e trabalha em nós para produzir seu precioso fruto, fruto que vem de um coração quebrantado e contrito ao qual nosso Pai nunca despreza (Salmo 51.17).

Se quisermos alcançar a vitória que Deus tem para nós, só nos resta uma alternativa: deixar que Ele nos vença, porque ninguém ganha de Deus.

A Deus seja toda a glória!
Sao Jose Dos Campos - SP
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