Neo-pentecostais: os conservadores de amanhã

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Foi interessante ler o artigo de Alex Souza questionando se ainda existe pentecostalismo histórico no Brasil. Fez-me lembrar dos textos críticos que os batistas, presbiterianos e outros escreviam, e ainda escrevem, contra os próprios pentecostais.

No começo do século XX um grupo de teólogos alemães denunciou o pentecostalismo como obra do diabo, hoje em dia são raros os teólogos evangélicos que cometeriam esse erro. O pentecostalismo provou a sua ortodoxia, no geral os abusos foram eliminados e somente os mais ranzinzas não estendem a mão da comunhão cristã. Se antes era comum condenar o tomar remédio como exemplo de falta de fé, hoje não faltam médicos pentecostais.

Novas expressões do cristianismo são uma mistura confusa. Vemos um grande mover de Deus, e idéias de nos fazer tremer. Aonde a vida, há caos, e não existe lugar mais ordenado do que um cemitério.

Tudo isso para dizer que é preciso ter paciência com o neo-pentecostalismo, se é que esse termo tem algum sentido. É de lamentar que tantas idéias erradas ainda permanecem, especialmente a deplorável teologia da prosperidade. Mas é um movimento que não chegou ainda aos 40 anos de existência, o que na história do Cristianismo é apenas um piscar de olhos.

Tenhamos paciência, e fé de que Deus vai agir para corrigir os abusos. E quem sabe, daqui a 50 anos, neo-pentecostais estarão escrevendo artigos, lamentando as novas expressões de cristianismo que surgiram.

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Opinião do leitor