Palavra do leitor
- 14 de julho de 2017
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(Nem) Eu também te condeno
A questão do julgamento é uma questão ultra difícil. Normalmente implica em uma parte culpada e outra inocente, uma vitimada e outra criminosa. Onde não está claro quem é quem.
Como cristãos estamos orientados a não julgar, para não sermos julgados. A não estarmos atentando para o cisco no olho do irmão e a não atirarmos a primeira pedra. O julgamento humano pode ser tendencioso, distorcido e injusto.
Nós julgamos pelo exterior, mas Deus conhece o coração.
Todavia, não podemos viver sem o juízo. O mal está aí e precisa ser detectado, discernido e denunciado. A graça e a misericórdia são, sem dúvida o caminho para atenuar os males do mundo, se não, suplantá-los de vez. Devemos vencer o mal com o bem.
Não obstante, vendo a supremacia da graça, não deveríamos achar que o juízo por isso seria dispensável.
A manifestação do juízo como força superior ao mal, que se impõe para puní-lo e condenar aqueles que o praticam não contradiz a manifestação da graça. Apenas aponta para momentos distintos da história da humanidade, de uma sociedade ou de um indivíduo.
Deus exerce juízo. Deus determinou um dia do juízo final. Jesus não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Mas nem só por isso deixou de exercer juízo. E nem só por isso não deixará de vir para julgar os vivos e os mortos e separar as ovelhas das cabras, condenando umas e recompensando outras.
Temos em parte receio com o juízo. Não queremos cometer injustiça e muito menos ser injustiçados. Mas isso não pode virar desculpa para nos eximir da árdua tarefa de julgar sobriamente. Primeiramente nós mesmos. De nos auto examinarmos. O que nos motiva? Quais são nossas reais intenções? Estariam elas de acordo com o verdadeiro amor? Será que nossos atos estão condizentes com a lei da liberdade?
Apesar do desconforto e do alto grau de responsabilidade, por mais que isso nos pese devemos também estar aptos para julgar aquilo e aqueles que nos competem. Como pai devo estar atento para a conduta de minha casa. Como trabalhador, devo estar avaliando diversos relacionamentos profissionais no ambiente de trabalho. E isso envolve também o ambiente eclesiástico. Aqui também cabe as relações sociais dentro da sociedade na qual estamos inseridos. Estamos contemplando injustiças de olhos fechados? Estamos fazendo de conta que o problema não é meu? Estou me indignando com o mal que passa debaixo do meu nariz? Estou sendo tolerante com desvios morais ou até mesmo apoiando-os?
Nessas horas tenho que primeiro estar atento para mim mesmo em primeiro lugar. Não me apressar em querer achar o mal em um suposto bode expiatório, ou em um inocente qualquer. Mas uma vez detectado o malfeitor, de fato, esse precisará ser ajuizado pela autoridade competente. À qual caberá o papel (a responsabilidade e o poder delegado) de aplicar uma pena cabível e justa para que o mal seja coibido.
Nossa sociedade tem aprendido a ser tolerante e mais pacífica. Sim, isso é desejável frente a um convívio fraterno sustentável. Mas isso não pode implicar na tolerância com a imoralidade (em todas as suas diversas formas e áreas).
A verdade é que para se preservar, proteger e fazer justiça aos inocentes é preciso julgar e condenar os culpados. Caso contrário, quem estaríamos condenando e penalizando injustamente e em dobro seriam as próprias vítimas.
Como cristãos estamos orientados a não julgar, para não sermos julgados. A não estarmos atentando para o cisco no olho do irmão e a não atirarmos a primeira pedra. O julgamento humano pode ser tendencioso, distorcido e injusto.
Nós julgamos pelo exterior, mas Deus conhece o coração.
Todavia, não podemos viver sem o juízo. O mal está aí e precisa ser detectado, discernido e denunciado. A graça e a misericórdia são, sem dúvida o caminho para atenuar os males do mundo, se não, suplantá-los de vez. Devemos vencer o mal com o bem.
Não obstante, vendo a supremacia da graça, não deveríamos achar que o juízo por isso seria dispensável.
A manifestação do juízo como força superior ao mal, que se impõe para puní-lo e condenar aqueles que o praticam não contradiz a manifestação da graça. Apenas aponta para momentos distintos da história da humanidade, de uma sociedade ou de um indivíduo.
Deus exerce juízo. Deus determinou um dia do juízo final. Jesus não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Mas nem só por isso deixou de exercer juízo. E nem só por isso não deixará de vir para julgar os vivos e os mortos e separar as ovelhas das cabras, condenando umas e recompensando outras.
Temos em parte receio com o juízo. Não queremos cometer injustiça e muito menos ser injustiçados. Mas isso não pode virar desculpa para nos eximir da árdua tarefa de julgar sobriamente. Primeiramente nós mesmos. De nos auto examinarmos. O que nos motiva? Quais são nossas reais intenções? Estariam elas de acordo com o verdadeiro amor? Será que nossos atos estão condizentes com a lei da liberdade?
Apesar do desconforto e do alto grau de responsabilidade, por mais que isso nos pese devemos também estar aptos para julgar aquilo e aqueles que nos competem. Como pai devo estar atento para a conduta de minha casa. Como trabalhador, devo estar avaliando diversos relacionamentos profissionais no ambiente de trabalho. E isso envolve também o ambiente eclesiástico. Aqui também cabe as relações sociais dentro da sociedade na qual estamos inseridos. Estamos contemplando injustiças de olhos fechados? Estamos fazendo de conta que o problema não é meu? Estou me indignando com o mal que passa debaixo do meu nariz? Estou sendo tolerante com desvios morais ou até mesmo apoiando-os?
Nessas horas tenho que primeiro estar atento para mim mesmo em primeiro lugar. Não me apressar em querer achar o mal em um suposto bode expiatório, ou em um inocente qualquer. Mas uma vez detectado o malfeitor, de fato, esse precisará ser ajuizado pela autoridade competente. À qual caberá o papel (a responsabilidade e o poder delegado) de aplicar uma pena cabível e justa para que o mal seja coibido.
Nossa sociedade tem aprendido a ser tolerante e mais pacífica. Sim, isso é desejável frente a um convívio fraterno sustentável. Mas isso não pode implicar na tolerância com a imoralidade (em todas as suas diversas formas e áreas).
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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