Palavra do leitor
24 de março de 2019
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Nem certo e nem errado
Nem certo e nem errado
‘’Se esperamos, do evangelho, uma cartilha para sermos pessoas cordatas e corriqueiras, creia e creia mesmo, sugiro que não faça sua trilha’’.
Texto de Lucas 16. 01 a 08
As parábolas ou os enredos de uma narrativa, com toque de enigma, discorridas por Jesus, acarretam, em certos momentos, uma sensação de perplexidade. Em outras palavras, o que quis dizer, não faz sentido, parece ter, expressamente, divagado ou viajado na maionese.
Aliás, uma das parábolas proferidas, a do administrador infiel, provoca as mais acirradas polêmicas, porque não se amolda em nada, em nada mesmo, as colocações de um Deus inclinado a justiça, a cumprir com seus compromissos, a ser honesto e verdadeiro, a não se valer de artifícios e de tirar vantagens, por meio de enganos. Então, como encaixar a parábola, aqui, em questão? Atentemos para situação do administrador, porque caso decidisse ir a uma trajetória de esforço, não conseguiria, devido suas condições restritivas e, em contrapartida, não conseguiria pedir esmolas.
Sem sombra de dúvida, observamos uma saudável cutucada de Jesus, com a intenção de romper, de derrubar, de impedir as pessoas de se esconderem nos sistemas, nas caixas, nas gavetas, atrás das portas de onde se encontram os denominados homens e mulheres de bem. Vou adiante, quantos de nós, voltados com o intuito de consertar situações ou compensar escolhas, mergulham num estilo de vida rígido, de fazer, de provar e se esquecem do ser, do coração, da alma, do caminho de ser livre e viver a liberdade das boas novas.
Neste itinerário, podemos retratar pessoas numa busca incessante por, através de uma vida de abstinência, de momentos místicos, de oração, de renunciar a realidade ao redor, como uma maneira de serem agradecidas e merecedoras do acolher e da aceitação. São pessoas movidas vinte e quatro horas para não baixar a guarda, não desistir, não demonstrar nenhum traço de insatisfação e cansaço (ou, como dizem, pau para toda obra).
Noutro lado da moeda, observamos aqueles que se rebaixam, que se diminuem, que se depreciam, que se desfiguram, com a intenção de serem aceitos, porque não compreenderam o quanto se aceitar não significa alienação, mas plena e efetiva libertação promovida pela Graça Jesus Cristo. Quão triste são os cenários de pessoas a procura de sobras da comunhão, de uma paixão doentia, de um relacionamento simbiótico e anulador de sua individualidade, de seu eu, de sua história.
Eis um dos ensinos da parábola do administrador infiel, todos nós, eu e você, estamos no mesmo barco, na mesma caminhada, nas mesmas ladeiras, na mesma vida e realidade, com lágrimas de quem não esperávamos, com não (s), com abandonos, com incertezas, com vazios, com decisões que não foram boas (a profissão, o casamento, as amizades, a família e tantas nuances de situações que nos definem).
De notar, Jesus Cristo nos leva para consideração de estarmos no mesmo patamar, no patamar da humanidade, de seres humanos, com limitações e imperfeições, com receios e traumas, e, logo, a questão não se pauta em adotar uma postura fechada e ativa, como se nada nos atingisse, como também não nos anularmos, não trancarmos nosso eu e nossa liberdade para pedaços de atenção e acolhimento. Digo isso, em virtude de a Cruz se o chamado para todos, com seus altos e baixos.
‘’Se esperamos, do evangelho, uma cartilha para sermos pessoas cordatas e corriqueiras, creia e creia mesmo, sugiro que não faça sua trilha’’.
Texto de Lucas 16. 01 a 08
As parábolas ou os enredos de uma narrativa, com toque de enigma, discorridas por Jesus, acarretam, em certos momentos, uma sensação de perplexidade. Em outras palavras, o que quis dizer, não faz sentido, parece ter, expressamente, divagado ou viajado na maionese.
Aliás, uma das parábolas proferidas, a do administrador infiel, provoca as mais acirradas polêmicas, porque não se amolda em nada, em nada mesmo, as colocações de um Deus inclinado a justiça, a cumprir com seus compromissos, a ser honesto e verdadeiro, a não se valer de artifícios e de tirar vantagens, por meio de enganos. Então, como encaixar a parábola, aqui, em questão? Atentemos para situação do administrador, porque caso decidisse ir a uma trajetória de esforço, não conseguiria, devido suas condições restritivas e, em contrapartida, não conseguiria pedir esmolas.
Sem sombra de dúvida, observamos uma saudável cutucada de Jesus, com a intenção de romper, de derrubar, de impedir as pessoas de se esconderem nos sistemas, nas caixas, nas gavetas, atrás das portas de onde se encontram os denominados homens e mulheres de bem. Vou adiante, quantos de nós, voltados com o intuito de consertar situações ou compensar escolhas, mergulham num estilo de vida rígido, de fazer, de provar e se esquecem do ser, do coração, da alma, do caminho de ser livre e viver a liberdade das boas novas.
Neste itinerário, podemos retratar pessoas numa busca incessante por, através de uma vida de abstinência, de momentos místicos, de oração, de renunciar a realidade ao redor, como uma maneira de serem agradecidas e merecedoras do acolher e da aceitação. São pessoas movidas vinte e quatro horas para não baixar a guarda, não desistir, não demonstrar nenhum traço de insatisfação e cansaço (ou, como dizem, pau para toda obra).
Noutro lado da moeda, observamos aqueles que se rebaixam, que se diminuem, que se depreciam, que se desfiguram, com a intenção de serem aceitos, porque não compreenderam o quanto se aceitar não significa alienação, mas plena e efetiva libertação promovida pela Graça Jesus Cristo. Quão triste são os cenários de pessoas a procura de sobras da comunhão, de uma paixão doentia, de um relacionamento simbiótico e anulador de sua individualidade, de seu eu, de sua história.
Eis um dos ensinos da parábola do administrador infiel, todos nós, eu e você, estamos no mesmo barco, na mesma caminhada, nas mesmas ladeiras, na mesma vida e realidade, com lágrimas de quem não esperávamos, com não (s), com abandonos, com incertezas, com vazios, com decisões que não foram boas (a profissão, o casamento, as amizades, a família e tantas nuances de situações que nos definem).
De notar, Jesus Cristo nos leva para consideração de estarmos no mesmo patamar, no patamar da humanidade, de seres humanos, com limitações e imperfeições, com receios e traumas, e, logo, a questão não se pauta em adotar uma postura fechada e ativa, como se nada nos atingisse, como também não nos anularmos, não trancarmos nosso eu e nossa liberdade para pedaços de atenção e acolhimento. Digo isso, em virtude de a Cruz se o chamado para todos, com seus altos e baixos.
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