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Palavra do leitor

Nem a Gregos e a Troianos

‘’Qual o sentido do amor, caso não esteja pautado nas relações concretas, em cada situação, da vida?’

‘’Amar sem reciprocidade, não passa de, até louváveis, atos virtuosos, mas sem a capacidade de causar profundas mudanças na maneira como nos relacionamos, com o nosso semelhante.’’

‘’Como falar de unidade se acreditamos num evangelho de anônimos? Como aspirar a salvação do próximo se limitamos, a Cruz de Cristo, a figuras personalistas e predestinadas?’’

"Nenhuma proposta de se fazer política pode ser considerada viável, enquanto prosseguimos a concebê-la dentro de uma temática de guetos ideológicos e partidários.'"


Texto Auero: Jeremias 22.03: ''

A eclosão acarretada pelos protestos com relação ao aumento da tarifa de ônibus, em São Paulo, abre e estabelece uma singular e intensa reflexão, sobre os rumos da liberdade de expressão e manifestação.

Vale dizer, o cenário de embates travados, entre a polícia militar e os manifestantes, com a Avenida Paulista (na condição de palco e visualização), acabou por ser matéria esparramada pelos mais diversos meios de comunicação, seja nacional ou internacional.

Evidentemente, negar o direito a liberdade de externar sua insatisfação, dentro de uma considerada realidade democrática, seria uma estupidez e uma notória traição, com destaque, aos que defendem a dignidade e o respeito ao ser humano, em toda sua extensão e profundidade.

Agora, torna – se irreal levantar uma voz retumbante no que toca a liberdade, sem a via da responsabilidade, do ser responsável pela cidadania (aqui um tema a ser discutido de maneira mais específica e, por isso, somente pinçarei uma abordagem delimitada).

De um lado, a intervenção da sociedade institucionalizada pública se pautou na mantença de anular as ações de vandalismos, de destruição do espaço público e privado, de evitar colocar em prejuízo o direito dos não envolvidos no ato.

De outro lado, percebe – se o endosso apologético das articulações efetuadas e interpretam como uma postura de intolerância, o proceder das autoridades, por meio da policia militar. É bem verdade, a cultura do imediato, da informação em tempo real espelhou as extrapolações, de ambos os lados. Ora, se há ou houve algum componente de cunho sociopolítico ou, melhor dito, de interesses partidários, indiscutivelmente, não deve ser visto como o propulsor dos protestos.

De certo, devemos extrair pormenorizadas lições do acontecimento, inclusive, quem sabe, um pontuar para os gestores públicos perceberem o quanto a denominada democracia carece de instrumentos benéficos de participação efetiva e eficaz da sociedade (aqui digo, eu, você e cada um de nós). Acredito, veementemente e piamente, no desafio de se construir uma política, ao qual conceba uma convivência harmoniosa entre as pessoas.

Eis o divisor de águas, diante de uma pluralidade de tendências e nichos sociais!
Mesmo assim, resgatar o diálogo e o ouvir, a começar das instâncias públicas e, deve ser dito, ao qual receberam a delegação, conferidas, por cada um de nós, por meio das urnas (por mais frágil que seja essa condição de influenciar e impactar os rumos), para atuarem em prol da consolidação do equilíbrio, dentro de uma realidade, cada vez mais, sobre a ebulição das mudanças de comportamentos e valores.

Cabe salientar, o aumento da tarifa retrata uma insatisfação pulsátil, devido as precariedade do transporte público, muito em função da ausência de um sério e sincero planejamento urbano a fim de proporcionar uma realidade metropolitana dinâmica e sã, ou seja, com políticas públicas ancoradas a proporcionar transformações e não atender as agendas de interesses partidários.

Semelhantemente, ensejo me deparar com protestos, sem a via dos estardalhaços, inclinados a reivindicar um engajamento contundente das peças chaves no tabuleiro de xadrez na Câmara Legislativa Municipal e na Assembleia Legislativa Estadual, como também engrossar o eco em favor de uma reavaliação das decisões públicas sobre a questão da saúde, da educação, da segurança, do meio ambiente e, enfim, da intricada e, independentemente disso, não menos fascinante, cidadania de participação, de parceria e de partilhamento.

Aproveito o gancho e ressalto o por que não se valer das redes sociais, da internet e outros veículos de interação para provocar a atenção dos demais e chegarem a conclusão de que a vida não se resume a uma vida de consumo, de aquisição e de descartamento.

Cumpre notar, não somos seres sociais, mas sim interdependentes e, de tal modo, esculpimos a sociedade e, inafastavelmente, enquanto permanecermos regidos com a visão de uma liberdade de expressão, sem o itinerário do diálogo e do ouvir, prosseguiremos a ver a democracia, como um belo vaso de flores, uma retórica envernizada e desprovida de lágrimas, de sorriso e de vida.
São Paulo - SP
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