Palavra do leitor
- 19 de dezembro de 2013
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Nelson Mandela, Madre Teresa e a cruz de Cristo, um encontro de lágrimas!
NELSON MANDELA, MADRE TERESA E A CRUZ DE CRISTO, um encontro de lágrimas!
''O conhecimento que não vai a direção do ser humano e nem se oferece para o servir e o tornar responsável por sua história, ao lado de outros, não passa de uma ferramenta para dilubriar, para manipular, para espoliar, para subjugar e para abortar a esperança!''
O anúncio da morte de Nelson Mandela acarretou uma comoção singular, diga - se de passagem, com ênfase aos defensores do desafio de ser livre e responsável pela vida.
Não há nenhuma outra via de negar, a trajetória do sorriso com as marcas da intransigência dos apologistas do apartheid deixaram um legado. Em outras palavras, o legado de que não basta apoteóticos discursos retóricos, pujantes teses e teorias políticas e econômicas, veementes compêndios jurídicos e humanistas, caso tudo isso esteja a léguas de distâncias dos pés empoeirados pela exclusão, pelas faces esquecidas no recônditos das periferias, pelas lágrimas de perdas promovidas pela intolerância e pela vontade egoísta dos homens.
É bem verdade, os efeitos crônicos prosseguem,não apenas na Africa do Sul, mas em todos os cantos e recantos de uma realidade, pelo qual olhamos para o próximo,muitas vezes, como monturo de nossas mazelas, de nossas frustrações, de nossas biografias de rejeições e reprovações. Mesmo assim, Nelson Mandela perfez a trajetória não de um ideal, não objetivou difundir idealismos e idéias idílicas. Simplesmente, arriscou e colocou a alma nas ruas para ouvir gente.
Em meio a tantas conquistas, as derrotas apareceram, como os erros, como os deslizes, como as decepções e por ai vai. De notar, Nelson Mandela exprimiu uma liderança de face a face, de olho a olho, de vias acessíveis ao diálogo, de não capitular diante da tirania, de embevecer a existência com o lúdico e de que o futuro não pode ser privado do amanhã.
Na mesma esteira, Madre Tereza de Calcutá pinta a decisão por ir aos marginalizados e solapados pelas contradições da vida. Vamos adiante, suas mãos acolheram as lágrimas, os prantos, as dúvidas, os por quais motivos (disso, daquilo e acolá).
Ora, muitos podem refutar e dizer que nada mudou. Afinal de contas, cada vez mais, somos inebriados pela falácia do progresso a efeito de curar as disparidades desse mundo. Deveras, o homem chegou a lua, vivencia a cultura da interconexão, a tecnologia (dos outroras filmes de ficção) se encontram em nossas mãos, a expectativa de vida alcança dimensões, nunca dantes especulada.
Quantas vitórias, quantos avanços, quantos benefícios e quantos, quantos e quantos; entretanto, ainda prosseguimos tomados pelo medo de não sermos aceitos, de não sermos reconhecidos, de não sermos percebidos, de não sermos incluídos e de não sermos partes de uma felicidade de ter, de poder, de controlar e descartar.
Eis os ideais de uma fé do sucesso, do sentido, no aqui e agora, do rebaixamento da esperança a um conformismo com uma ética narcisista, de uma visão do Reino dos Ceús, segundo um processo de evolução e aperfeiçoamento histórico social. Nada mais e nada menos!
Por consequência, muitos de nos, ao qual nos denominamos cristãos, fugimos da Cruz do servir, do serviço e do ser servo. Diametralmente oposto, preferimos a coqueluche de uma fé para todos os estilos e nichos sociais, de uma espiritualidade volátil, de uma teologia plasmada por um sistema de auto - ajuda.
Aliás, uma teologia sem oração, sem confissão, sem o compartilhar mútuo da vida (com preceito cardeal de ser igreja). Lamentavelmente, corremos tresloucados em busca do mais de uma contexto efêmero, com nossos corações fechados, com nossas emoções insensíveis e consideramos tudo normal.
A Cruz de Cristo nos chama para a loucura do servir, sem os ideais e as idéias, sem as ideologias e os idealismos, ir e pôr os pés nas vicissitudes, nas ambiguidades, nas tensões e nas contradições da vida. Vale dizer também, um servir que talvez não vá mudar o mundo, mas, semelhante a Mandela e Madre Teresa,possa nos tirar dessa orbita de conforto e conformismo, diante de tantas anomalias imperantes.
''O conhecimento que não vai a direção do ser humano e nem se oferece para o servir e o tornar responsável por sua história, ao lado de outros, não passa de uma ferramenta para dilubriar, para manipular, para espoliar, para subjugar e para abortar a esperança!''
O anúncio da morte de Nelson Mandela acarretou uma comoção singular, diga - se de passagem, com ênfase aos defensores do desafio de ser livre e responsável pela vida.
Não há nenhuma outra via de negar, a trajetória do sorriso com as marcas da intransigência dos apologistas do apartheid deixaram um legado. Em outras palavras, o legado de que não basta apoteóticos discursos retóricos, pujantes teses e teorias políticas e econômicas, veementes compêndios jurídicos e humanistas, caso tudo isso esteja a léguas de distâncias dos pés empoeirados pela exclusão, pelas faces esquecidas no recônditos das periferias, pelas lágrimas de perdas promovidas pela intolerância e pela vontade egoísta dos homens.
É bem verdade, os efeitos crônicos prosseguem,não apenas na Africa do Sul, mas em todos os cantos e recantos de uma realidade, pelo qual olhamos para o próximo,muitas vezes, como monturo de nossas mazelas, de nossas frustrações, de nossas biografias de rejeições e reprovações. Mesmo assim, Nelson Mandela perfez a trajetória não de um ideal, não objetivou difundir idealismos e idéias idílicas. Simplesmente, arriscou e colocou a alma nas ruas para ouvir gente.
Em meio a tantas conquistas, as derrotas apareceram, como os erros, como os deslizes, como as decepções e por ai vai. De notar, Nelson Mandela exprimiu uma liderança de face a face, de olho a olho, de vias acessíveis ao diálogo, de não capitular diante da tirania, de embevecer a existência com o lúdico e de que o futuro não pode ser privado do amanhã.
Na mesma esteira, Madre Tereza de Calcutá pinta a decisão por ir aos marginalizados e solapados pelas contradições da vida. Vamos adiante, suas mãos acolheram as lágrimas, os prantos, as dúvidas, os por quais motivos (disso, daquilo e acolá).
Ora, muitos podem refutar e dizer que nada mudou. Afinal de contas, cada vez mais, somos inebriados pela falácia do progresso a efeito de curar as disparidades desse mundo. Deveras, o homem chegou a lua, vivencia a cultura da interconexão, a tecnologia (dos outroras filmes de ficção) se encontram em nossas mãos, a expectativa de vida alcança dimensões, nunca dantes especulada.
Quantas vitórias, quantos avanços, quantos benefícios e quantos, quantos e quantos; entretanto, ainda prosseguimos tomados pelo medo de não sermos aceitos, de não sermos reconhecidos, de não sermos percebidos, de não sermos incluídos e de não sermos partes de uma felicidade de ter, de poder, de controlar e descartar.
Eis os ideais de uma fé do sucesso, do sentido, no aqui e agora, do rebaixamento da esperança a um conformismo com uma ética narcisista, de uma visão do Reino dos Ceús, segundo um processo de evolução e aperfeiçoamento histórico social. Nada mais e nada menos!
Por consequência, muitos de nos, ao qual nos denominamos cristãos, fugimos da Cruz do servir, do serviço e do ser servo. Diametralmente oposto, preferimos a coqueluche de uma fé para todos os estilos e nichos sociais, de uma espiritualidade volátil, de uma teologia plasmada por um sistema de auto - ajuda.
Aliás, uma teologia sem oração, sem confissão, sem o compartilhar mútuo da vida (com preceito cardeal de ser igreja). Lamentavelmente, corremos tresloucados em busca do mais de uma contexto efêmero, com nossos corações fechados, com nossas emoções insensíveis e consideramos tudo normal.
A Cruz de Cristo nos chama para a loucura do servir, sem os ideais e as idéias, sem as ideologias e os idealismos, ir e pôr os pés nas vicissitudes, nas ambiguidades, nas tensões e nas contradições da vida. Vale dizer também, um servir que talvez não vá mudar o mundo, mas, semelhante a Mandela e Madre Teresa,possa nos tirar dessa orbita de conforto e conformismo, diante de tantas anomalias imperantes.
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