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Palavra do leitor

Negociando o amor de Deus

Está virando, em algumas igrejas, unanimidade de opinião, com uma certa sutileza, que o cristão tem o dever de trabalhar na igreja, que o cristão tem que exercer o seu dom ou ministério na igreja (instituição).

Outra modalidade de negócio (com Deus) para obter bênçãos, prosperidade principalmente, é a doação financeira, que muitos fazem com um olho na salva e outro na conta bancária, para ver se já engordou.

Não é o valor da moeda que Deus abençoa, é a sinceridade da oferta, do dízimo; como ocorreu com a viúva pobre, que deu uns trocadinhos aos olhos humanos, umas moedinhas, mas as únicas que possuía, enfim deu tudo o que tinha, enquanto os ricos deram dos que lhes sobrava, dos que lhes sobejava. Alcançou ela maior graça diante de Deus pela sua sinceridade, pela sua espontaneidade, jamais pelo montante colocado na sacola.

Lemos, e concordamos com o pensamento a seguir (não anotamos onde o lemos): "Até quando iremos resistir ao seu amor (de Deus) ou tentar negociá-lo com atividades?" (Marive Zanonikuns).

O amor de Deus, sua graça, sua misericórdia, seu perdão nos são derramados antecipadamente, independente de o conhecermos, de o aceitarmos, de o recebermos, de o obedecermos, de o seguirmos, de o servirmos, o que John Wesley chama de graça preveniente; verdade conforme Romanos 5. 8.

O amor de Deus por nós independe de qualquer pré-condição, Ele o derrama sobre a humanidade, graciosamente, sem que tenhamos que fazer nada de material em troca, a não ser aceitá-Lo.

Não podemos negociar o amor de Deus com ativismo, com obra, com trabalho físico, com grandes ofertas. O trabalho, o serviço, o exercício do ministério, a prática do dom, devem ser para a Igreja (não só a instituição, mas, sobretudo, o Corpo de Cristo). O trabalho físico ou intelectual na igreja instituição é o algo mais, é o complemento do Ministério, do dom exercido no dia a dia, em todos os momentos, e, sobretudo, com fidelidade em todos os lugares, fora das portas da igreja instituição.

Frisamos que o trabalho não é, necessariamente, na igreja instituição, mas para a Igreja, Corpo de Cristo, e que o serviço na igreja instituição não pode e nem deve ser feito por uma obrigação, ou prova de conversão, ou prova de espiritualidade, ou prova de exercício de dons. Ele deve ser espontâneo, porque é um trabalho feito por e com amor a Cristo, e por e com amor ao próximo. O trabalho na instituição, reiteramos, é o algo mais, caso o cristão exerça, fora das portas, um Ministério sério, constante, fiel, dedicado, com amor e por amor, com espontaneidade. Esse amor é vertical [em direção a Deus] e horizontal [em direção ao próximo].

Um outro aspecto importante a destacar na questão do trabalho na ou para a igreja instituição é a questão dos dons que Deus dá a cada um, conforme lhe apraz (I Co. 12. 11), visando sempre um fim proveitoso (I Co. 12. 7). Quem dá os dons é Deus, e nem sempre os dons são para trabalhos internos, mas para trabalhos externos, fora das portas do templo, repetimos. É o “ide” [indo] ensinar (Mt. 28. 19); pregar (Mc. 16. 15); testemunhar (At. 1. 8).

Entendemos que há duas palavras fortes de Jesus: o vinde, e o ide [indo]. O vinde é para o que ainda não conhece o Senhor, ainda não o aceitou, ainda não o recebeu no coração, e Ele diz: “vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt. 11. 28). Também o é para o que já é de Cristo, mas passa por problemas. Sim, porque, conforme já dissemos em outra oportunidade, “vida cristã não é antídoto contra vicissitudes”.

O ide [indo] é para o que já recebeu Jesus no coração, e como resultado tornou-se filho de Deus (Jo. 1. 12), competindo-lhe agora usar os talentos, ganhando outros para Cristo, não os enterrando, pois os dons que Deus lhe deu são para o fim proveitoso de atender à vontade do Pai de “que nenhum se perca”, e isso não deve, e nem pode, ser abstraído.

Há pessoas, famílias [como a nossa] que são [foram] consideradas aquelas que abrem a igreja [primeiros a chegar] e fecham a igreja [os últimos a se retirarem], ou seja, sempre chegam antes para verificar se tudo está em ordem para o culto, e são os últimos a sair, pois cuidam para não deixar nada fora de ordem: bancos/cadeiras desalinhados, papéis/boletins deixados sobre os bancos; recolhendo-os e pondo-os no lixo [reciclável], etc.

Isso ocorre na dependência das circunstâncias, pois há momentos em que, por mais que se queira, não é possível que assim o seja, repetimos: como nossa família, que foi assim durante quase seis décadas e hoje, circunstancialmente, não tem mais condições de mostrar o mesmo “gás” [idade, saude].

Concluímos, pois, que o amor de Deus não pode ser conquistado como se conquista o crédito bancário, isto é, por troca, chamada, nos meios financeiros, de reciprocidade.

Deus nos ama incondicionalmente e não devemos olvidar esse amor.
São Paulo - SP
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