Palavra do leitor
- 08 de fevereiro de 2009
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Nas pegadas da identidade
Ser guiado por si mesmo, pode ser visto como andar pelos corredores de um casarão -- diga-se de passagem, sem luz. Ou escalar uma montanha sem um alpinista experiente. Não há nada mais convidativo e até estimulador do que fazer dos nossos sentimentos e das nossas convicções o único eco a permear e impactar nossos ouvidos.
Nesta trajetória, abrimos mão dos conselhos e relutamos rever as nossas escolhas, ao lado de outros. Por causa disso, deveríamos fugir de um evangelho de portas fechadas e aversivo ao diálogo do servir. Aliás, um evangelho de olhos vendados e que, tão somente, leva-nos a satisfações passageiras.
Ao adentrar nos enredos de Provérbios 11.14, observamos e comprovamos a importância do companheirismo e da amizade. Muito embora, as propostas de ser auditor das nossas vidas, de não colocar a nossa real situação sobre a mesa, de ser senhor próprio nariz, de darmos as cartas e emitir a palavra final nos acalente mais.
No entanto, somos seres regidos pela interdependência, pelo ouvir e compreender, pelo discernir e interpretar a vida. Então, rejeitar ser orientado envolve anular nossas capacidades de crescer e amadurecer, no exercício de ser alma, espírito e humano.
Afinal de contas, ninguém consegue ser humano, num estado de isolamento. A influência recíproca de afetos, gestos, idéias, palavras e sonhos moldam a existência de ser humano.
Em tudo isso, nenhum cristão pode se gabar de não ser orientado, ouvido e compreendido. Os laços da comunhão, o processo da interdependência e o apoio dos amigos reduzem o perigo de sermos sábios aos nossos próprios olhos e de ponderarmos mais no teor das nossas decisões.
Não nos iludamos: ninguém decide e assume desafios, trancafiado num quarto. O egoísmo, a solidão e autocomiseração, via de regra, nos conduzem a desprezar o próximo.
Nisto, aceitar o discurso pautado de que a minha fé me leva até Deus e não ao próximo, há um destoar e uma contradição. Pra não dizer uma deslavada justificativa!
Ora, quem estufa o peito e diz adorar a Deus, deve trabalhar pelo evangelho do servir, decidir pelo serviço e por ser servo. Caso contrário, não passará de um personagem de olhos ofuscados, de lágrimas ácidas e lábios mordazes.
Quem não concordar; eis a história a nos disponibilizar o veredicto e as consequências trágicas desencadeadas pelos homens, quando relegaram a relevância e a saúde da orientação, de amigos e ouvidos no caminho da fé.
Aliás, viver em comunhão nos proporciona uma visão menos sôfrega da vida. Isto nos livra da síndrome da autocomiseração, de ser a última bolacha do pacote, de ser um mártir no seio da Igreja e outras expressões que conotam uma necessidade de ser aceito.
Sem hesitar, as boas-novas afirmam: sem sábia direção, o povo perece. Vou mais além, sem o exercício da comunhão, a Igreja não passa de uma caricatura, de um amontoado de pessoas vitimadas pela síndrome de olhar estritamente para frente e apagar da lousa os lados. Em outras palavras, são atores da seguinte frase: vislumbram ser igreja para o mundo, mas não iniciam tal procedimento dentre dela.
Após todas essas palavras, ilustro o exemplo do pé de mexerica. De início, as sementes são lançadas ao solo e a expectativa de alcançar um ciclo de crescimento e amadurecimento. Por fim, propício a efeito de ser colhido! Agora, caso não aja a colheita, deixando os frutos no pé, acabaram por apodrecer, caíram no chão e não terão qualquer serventia.
De modo semelhante, ocorre com o cristão longe, aversivo e indiferente ao processo da comunhão, da interdependência e do servir. No esplendor da conversão, apresenta um desejo nunca visto por buscar a Deus. Faz uma série infindável de planos e promessas, enfatiza a oração e meditação perene da palavra.
Todavia, no desdobrar dos anos, torna-se um mero ritualista, apartou-se da comunhão e interdependência, não aceita os desafios de formar e servir. O pior de tudo, vestiu a couraça de uma espécie de funcionalismo ministerial; ou seja, permanece na igreja, em decorrência de uma atividade ministerial e só. Por conseguinte, apodreceu, e caso esteja no chão, vem rodeado por moscas; tetricamente, não passa de um peso morto, de uma história sem sonhos e esperança!
Nesta trajetória, abrimos mão dos conselhos e relutamos rever as nossas escolhas, ao lado de outros. Por causa disso, deveríamos fugir de um evangelho de portas fechadas e aversivo ao diálogo do servir. Aliás, um evangelho de olhos vendados e que, tão somente, leva-nos a satisfações passageiras.
Ao adentrar nos enredos de Provérbios 11.14, observamos e comprovamos a importância do companheirismo e da amizade. Muito embora, as propostas de ser auditor das nossas vidas, de não colocar a nossa real situação sobre a mesa, de ser senhor próprio nariz, de darmos as cartas e emitir a palavra final nos acalente mais.
No entanto, somos seres regidos pela interdependência, pelo ouvir e compreender, pelo discernir e interpretar a vida. Então, rejeitar ser orientado envolve anular nossas capacidades de crescer e amadurecer, no exercício de ser alma, espírito e humano.
Afinal de contas, ninguém consegue ser humano, num estado de isolamento. A influência recíproca de afetos, gestos, idéias, palavras e sonhos moldam a existência de ser humano.
Em tudo isso, nenhum cristão pode se gabar de não ser orientado, ouvido e compreendido. Os laços da comunhão, o processo da interdependência e o apoio dos amigos reduzem o perigo de sermos sábios aos nossos próprios olhos e de ponderarmos mais no teor das nossas decisões.
Não nos iludamos: ninguém decide e assume desafios, trancafiado num quarto. O egoísmo, a solidão e autocomiseração, via de regra, nos conduzem a desprezar o próximo.
Nisto, aceitar o discurso pautado de que a minha fé me leva até Deus e não ao próximo, há um destoar e uma contradição. Pra não dizer uma deslavada justificativa!
Ora, quem estufa o peito e diz adorar a Deus, deve trabalhar pelo evangelho do servir, decidir pelo serviço e por ser servo. Caso contrário, não passará de um personagem de olhos ofuscados, de lágrimas ácidas e lábios mordazes.
Quem não concordar; eis a história a nos disponibilizar o veredicto e as consequências trágicas desencadeadas pelos homens, quando relegaram a relevância e a saúde da orientação, de amigos e ouvidos no caminho da fé.
Aliás, viver em comunhão nos proporciona uma visão menos sôfrega da vida. Isto nos livra da síndrome da autocomiseração, de ser a última bolacha do pacote, de ser um mártir no seio da Igreja e outras expressões que conotam uma necessidade de ser aceito.
Sem hesitar, as boas-novas afirmam: sem sábia direção, o povo perece. Vou mais além, sem o exercício da comunhão, a Igreja não passa de uma caricatura, de um amontoado de pessoas vitimadas pela síndrome de olhar estritamente para frente e apagar da lousa os lados. Em outras palavras, são atores da seguinte frase: vislumbram ser igreja para o mundo, mas não iniciam tal procedimento dentre dela.
Após todas essas palavras, ilustro o exemplo do pé de mexerica. De início, as sementes são lançadas ao solo e a expectativa de alcançar um ciclo de crescimento e amadurecimento. Por fim, propício a efeito de ser colhido! Agora, caso não aja a colheita, deixando os frutos no pé, acabaram por apodrecer, caíram no chão e não terão qualquer serventia.
De modo semelhante, ocorre com o cristão longe, aversivo e indiferente ao processo da comunhão, da interdependência e do servir. No esplendor da conversão, apresenta um desejo nunca visto por buscar a Deus. Faz uma série infindável de planos e promessas, enfatiza a oração e meditação perene da palavra.
Todavia, no desdobrar dos anos, torna-se um mero ritualista, apartou-se da comunhão e interdependência, não aceita os desafios de formar e servir. O pior de tudo, vestiu a couraça de uma espécie de funcionalismo ministerial; ou seja, permanece na igreja, em decorrência de uma atividade ministerial e só. Por conseguinte, apodreceu, e caso esteja no chão, vem rodeado por moscas; tetricamente, não passa de um peso morto, de uma história sem sonhos e esperança!
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