Palavra do leitor
- 22 de setembro de 2009
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Não tem nada a ver!
"A ausência de cristãos discípulos tem gerado uma Igreja empedernida e sem nenhuma importância no tocante ao aspecto da herança de suas decisões!"...
A frase cognominada "não tem nada a ver" circula e circunda o epicentro dos multidiversificados âmbitos evangélicos. Deveras, alcunhada como um álibi de extrema eficiência e aplicabilidade.
Vale citar, adotada tanto por ordotodoxos quando por revolucionários, por tradicionais e pós-modernistas, misticos e racionais e por ai vai.
Devo reconhecer, sem descambar no extremismo, na pieguice, na tenção de disseminar polemizações tolas e frívolas. Em linhas gerais, o não tem nada a ver paradigmatiza uma contextualidade evangélica enfronhada e atulhada por um estado avassalador de escassez ética e espiritual aportadas em Cristo.
Neste linha de raciocínio, trago à baila alguns não tem nada a ver, até em virtude de ser inexequível delinear todos. Seria uma trabalho inane e sem qualquer desfecho profícuo ou salutar.
Vamos, então, observar para o sexo antes do casamento, a incorporação do sincretismo pagão em templos evangélicos (a simbologia pauperizadora da Graça representada pela rosa, pela água, pelo lençol e eteceres), o soerguer de estilos de igrejas adornadas a suprir as demandas de consumidores de uma fé utilitária (as miríades de campanhas, de descarregos, de terapias de regressão, de concomitantes rupturas de maldições genealógicas e hereditárias), a inserção de ícones pastorais e figuras estelares gospel (o ator convertido, o cantor idem, o esportista idem), os copiosos episódios de escândalos entrelaçando comunidades evangélicas (ações de apropriação indébita, desvio de recursos, aplicação ilícita, enriquecimento desprovido de uma nascente proba), o regurgitar de todo os discurso teológico fincado na palavra-mestra.
Malgrado todos esse relatos e outros, somos coagidos a ouvir o eco altissonante:
- Não tem nada a ver!
Não bastasse tamnho descalabro, não tem nada a ver a relutância de uma igreja esgarçada de ser discípula, de serva, e ser compromissada e comprometida em enobrecer Cristo através de ações e interações articuladas no espectro social.
Tetricamente, estamos convenientes e resigandos a propalar um fé narcisista e sem qualquer condição de acarretar impactos no seio de uma sociedade pluralista, relativista, secularizada e órfã de esperança.
No entanto, não tem nada a ver líderes evangélicos açambarcados por conhavos nos corredores da política.
Não tem nada a ver uma pessoa fazer um discurso apologético da prostituição e se dizer evangélica. Não tem nada a ver uma dimensão de jovens evangélicos longínquos de uma identidade histórica e cultural. Não tem nada a ver sorver vorazmente a piada do momento, das banalidades do entretenimento difundido pela mídia, do culto ao Orkut e MSN e demonstrarmos uma pífia relação intimista com a Graça, Cristo.
Vamos além, não tem a nada ver os milhões de excluídos pelo mundo afora, dos bolsões de miséria assaz e tão esparramados nas metrópoles brasileiras, da degeneração dos liames éticos e morais, da repulsa aos parâmetros e princípios sociais.
Afinal de contas, nada posso fazer, exceto, quando houver tempo, dizer ''amém''.
De per si, lá perfazemos a trajetória da síndrome do não tem nada a ver viver em comunhão, em transparência, em tenaz e pujante inter-relação com Deus e pessoas, em dizer aos focos dantescos de violência urbana, casos de pedofilia, casos de prevaricação, casos de espezinhamento da vida humana.
Lastimavelmente, sucumbimos num pseudo-evangelho do faz de conta, de um Cristo idílico, de um Salvador para as minhas demandas egoísticas e só?
Tornarmo-nos, inexoravelmente, massas atomizadas, caricaturas de um estado de alienação?
As colocações feitas acima possam nos importunar, chacoalhar, fissurar, submeter a efeitos sísmicos e irmos ao recanto da esperança genuína de Eclesiastes 4. 01 a 03.
A frase cognominada "não tem nada a ver" circula e circunda o epicentro dos multidiversificados âmbitos evangélicos. Deveras, alcunhada como um álibi de extrema eficiência e aplicabilidade.
Vale citar, adotada tanto por ordotodoxos quando por revolucionários, por tradicionais e pós-modernistas, misticos e racionais e por ai vai.
Devo reconhecer, sem descambar no extremismo, na pieguice, na tenção de disseminar polemizações tolas e frívolas. Em linhas gerais, o não tem nada a ver paradigmatiza uma contextualidade evangélica enfronhada e atulhada por um estado avassalador de escassez ética e espiritual aportadas em Cristo.
Neste linha de raciocínio, trago à baila alguns não tem nada a ver, até em virtude de ser inexequível delinear todos. Seria uma trabalho inane e sem qualquer desfecho profícuo ou salutar.
Vamos, então, observar para o sexo antes do casamento, a incorporação do sincretismo pagão em templos evangélicos (a simbologia pauperizadora da Graça representada pela rosa, pela água, pelo lençol e eteceres), o soerguer de estilos de igrejas adornadas a suprir as demandas de consumidores de uma fé utilitária (as miríades de campanhas, de descarregos, de terapias de regressão, de concomitantes rupturas de maldições genealógicas e hereditárias), a inserção de ícones pastorais e figuras estelares gospel (o ator convertido, o cantor idem, o esportista idem), os copiosos episódios de escândalos entrelaçando comunidades evangélicas (ações de apropriação indébita, desvio de recursos, aplicação ilícita, enriquecimento desprovido de uma nascente proba), o regurgitar de todo os discurso teológico fincado na palavra-mestra.
Malgrado todos esse relatos e outros, somos coagidos a ouvir o eco altissonante:
- Não tem nada a ver!
Não bastasse tamnho descalabro, não tem nada a ver a relutância de uma igreja esgarçada de ser discípula, de serva, e ser compromissada e comprometida em enobrecer Cristo através de ações e interações articuladas no espectro social.
Tetricamente, estamos convenientes e resigandos a propalar um fé narcisista e sem qualquer condição de acarretar impactos no seio de uma sociedade pluralista, relativista, secularizada e órfã de esperança.
No entanto, não tem nada a ver líderes evangélicos açambarcados por conhavos nos corredores da política.
Não tem nada a ver uma pessoa fazer um discurso apologético da prostituição e se dizer evangélica. Não tem nada a ver uma dimensão de jovens evangélicos longínquos de uma identidade histórica e cultural. Não tem nada a ver sorver vorazmente a piada do momento, das banalidades do entretenimento difundido pela mídia, do culto ao Orkut e MSN e demonstrarmos uma pífia relação intimista com a Graça, Cristo.
Vamos além, não tem a nada ver os milhões de excluídos pelo mundo afora, dos bolsões de miséria assaz e tão esparramados nas metrópoles brasileiras, da degeneração dos liames éticos e morais, da repulsa aos parâmetros e princípios sociais.
Afinal de contas, nada posso fazer, exceto, quando houver tempo, dizer ''amém''.
De per si, lá perfazemos a trajetória da síndrome do não tem nada a ver viver em comunhão, em transparência, em tenaz e pujante inter-relação com Deus e pessoas, em dizer aos focos dantescos de violência urbana, casos de pedofilia, casos de prevaricação, casos de espezinhamento da vida humana.
Lastimavelmente, sucumbimos num pseudo-evangelho do faz de conta, de um Cristo idílico, de um Salvador para as minhas demandas egoísticas e só?
Tornarmo-nos, inexoravelmente, massas atomizadas, caricaturas de um estado de alienação?
As colocações feitas acima possam nos importunar, chacoalhar, fissurar, submeter a efeitos sísmicos e irmos ao recanto da esperança genuína de Eclesiastes 4. 01 a 03.
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