Palavra do leitor
- 14 de junho de 2010
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Não sejamos como o amigo da onça
No dicionário Wikipedia, O Amigo da Onça é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (1924-1961) e publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943. Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota:
"Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?"
Dialogando com um colega de trabalho sobre a amizade, veio à tona o trecho de uma das mais conhecidas músicas compostas por Milton Nascimento, que diz: "Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito". Naquele momento, discutíamos acerca da necessidade deste tão puro sentimento precisar se encontrar dentro do coração, e não do lado de fora, para não se tornar descartável.
A palavra amizade é tão rica de significados, trazendo tantas expectativas no âmbito dos relacionamentos interpessoais, que desperta-me a consciência no sentido de reconhecer que não sou um bom amigo. Se tivesse de dar uma nota para o meu compromisso com os amigos, esta não passaria de 6.
O que me faz declarar isto é uma convicção íntima e pessoal das minhas fragilidades e imperfeições no caráter, capitalizadas pela minha minha condição de pecador, ratificada em atitudes egoístas, egocêntricas, orgulhosas, preconceituosas e mesquinhas.
Não é menos verdade afirmar que a palavra amizade é muito banalizada, já que as motivações que unem as pessoas, especialmente em festas e reuniões sociais, muitas vezes têm suas raízes no interesse, em função do benefício que o outro possa proporcionar, como bem escreveu o autor do Livro de Provérbios: "As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa" (Provérbios 19:4,7)
Das Palavras proferidas por Jesus, contidas em João 15:13-15, constatamos que o amor Dele por nós é incondicional, daí Ele nos chamar de amigos, "porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer". O importante é verificarmos se realmente somos amigos Dele, que disse: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando".
É tão grande a nossa vulnerabilidade, mesmo para os já convertidos ao Evangelho, que o Apóstolo Paulo escreveu: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte ? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado" (Romanos 7:19-25)
Por vezes, sinto-me parecido com o Apóstolo Pedro, que. como profetizado pelo Mestre, ouviu o galo cantar depois de ter negado por três vezes a sua fé em Jesus. Sabemos que há muitas outras maneiras de se negar a fé em Cristo (e, assim, declararmos a nossa inimizade para com Ele), e isto se verifica também quando relativizamos ou desprezamos os valores imutáveis e absolutos da Sua Palavra.
O livro do Profeta Zacarias, escrito por volta de 6 séculos antes do nascimento de Jesus, já anunciava como se daria a relação do Mestre com os seus algozes: "E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos" (Zacarias 13:6).
Entretanto, "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:13)
Peçamos, pois, perdão a Deus, pelas nossas atitudes desleais para com Ele e com o nosso próximo, a quem, mesmo chamando de amigo, às vezes fazemos comentários maldosos e depreciativos.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:9)
"Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?"
Dialogando com um colega de trabalho sobre a amizade, veio à tona o trecho de uma das mais conhecidas músicas compostas por Milton Nascimento, que diz: "Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito". Naquele momento, discutíamos acerca da necessidade deste tão puro sentimento precisar se encontrar dentro do coração, e não do lado de fora, para não se tornar descartável.
A palavra amizade é tão rica de significados, trazendo tantas expectativas no âmbito dos relacionamentos interpessoais, que desperta-me a consciência no sentido de reconhecer que não sou um bom amigo. Se tivesse de dar uma nota para o meu compromisso com os amigos, esta não passaria de 6.
O que me faz declarar isto é uma convicção íntima e pessoal das minhas fragilidades e imperfeições no caráter, capitalizadas pela minha minha condição de pecador, ratificada em atitudes egoístas, egocêntricas, orgulhosas, preconceituosas e mesquinhas.
Não é menos verdade afirmar que a palavra amizade é muito banalizada, já que as motivações que unem as pessoas, especialmente em festas e reuniões sociais, muitas vezes têm suas raízes no interesse, em função do benefício que o outro possa proporcionar, como bem escreveu o autor do Livro de Provérbios: "As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa" (Provérbios 19:4,7)
Das Palavras proferidas por Jesus, contidas em João 15:13-15, constatamos que o amor Dele por nós é incondicional, daí Ele nos chamar de amigos, "porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer". O importante é verificarmos se realmente somos amigos Dele, que disse: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando".
É tão grande a nossa vulnerabilidade, mesmo para os já convertidos ao Evangelho, que o Apóstolo Paulo escreveu: "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte ? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado" (Romanos 7:19-25)
Por vezes, sinto-me parecido com o Apóstolo Pedro, que. como profetizado pelo Mestre, ouviu o galo cantar depois de ter negado por três vezes a sua fé em Jesus. Sabemos que há muitas outras maneiras de se negar a fé em Cristo (e, assim, declararmos a nossa inimizade para com Ele), e isto se verifica também quando relativizamos ou desprezamos os valores imutáveis e absolutos da Sua Palavra.
O livro do Profeta Zacarias, escrito por volta de 6 séculos antes do nascimento de Jesus, já anunciava como se daria a relação do Mestre com os seus algozes: "E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos" (Zacarias 13:6).
Entretanto, "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:13)
Peçamos, pois, perdão a Deus, pelas nossas atitudes desleais para com Ele e com o nosso próximo, a quem, mesmo chamando de amigo, às vezes fazemos comentários maldosos e depreciativos.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:9)
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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