Palavra do leitor
- 28 de maio de 2021
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Não se envergonhe de você!
Texto: Gênesis 3.10
A adolescência representa um momento marcado por ser um estado de afirmação e de inquietação intensa, como se todos e tudo estivessem o observando, na espera de ser dado um veredicto (seja por causa das roupas, da fala, da imagem e, enfim, adolescente que é adolescente ou foi, sabe do que digo). Na minha infância, olha já haver tempo, enfrentei dificuldades com a matemática e outras matérias, a qual cada nota não satisfatória ou baixa, recebia críticas de professores e pessoas próximas, e interpretava isso como ‘’eu não posso’’, eu ‘’não consigo’’, eu ‘’não valho’’, eu ‘’sou uma vergonha’’, eu ‘’sou um fracassado mesmo’’. Além disso, sentia vergonha por ser eu mesmo, com o cabelo duro, com os lábios grossos, com a minha condição social. Qual a consequência de passar a acreditar nesse labirinto de vergonha? Tornei-me um perfeccionista, um inseguro, um depressivo, com profundo receio ou medo de me aproximar, de me aprofundar com outras pessoas, de me arriscar, em meios aos desafios da vida. Não parou por ai e aqui, comecei a ser guiado pelos eventos passados dos erros, das falhas, das derrotas, de comentários infelizes e inapropriados, como se aquilo me definisse. Não consegui observar o quanto estamos sujeitos a situações negativas e reputava o fim do mundo. Indo texto de Gênesis 3.10, encontramos o cenário de Adão e Eva, num momento da mais completa inadequação e vergonha de si mesmos, com a sensação de que não conseguiram os elevados padrões de perfeição e aceitação de Deus e, logo, estavam descartados, sem mais nenhuma serventia e nada mais sobrava, senão a culpa e a vergonha, a ira e condenação. Sem fazer nenhum discurso de defesa de ser a vida um mar de rosas, de compreender o quão e quanto benéfico são certas frustrações e que os não (s) são partes da existência.
Obviamente, enquanto estivermos, por esse oikos ou lugar comum da humanidade, vamos errar e podemos extrair lições para progredir e amadurecer, sem incorrer nas mesmas práticas, mas vamos errar, não se esqueça. A vergonha pode ser vista como as pessoas nos medindo, dos pés até a cabeça, e como traz malefícios. Deixo voltar a falar de mim, então, o espectro da vergonha doentia me fez uma pessoa disposta a não perder nenhuma discussão, a sempre lutar pelas melhores notas, a estar a disposição de todos e de tudo, a buscar a perfeição, a ser pleno, a me enganar com modelos tolos de entrega e via um erro como – "nunca acerto, sempre faço tudo errado’’. Lá no fundo, queria ser amado, queria ser aceito, queria ser importante e não percebia que não precisava ser Deus, ser perfeito, ser alguém que não era, não serei e jamais vou ser: dez em tudo ou perfeito ou disposição, a todo momento. Na mais habitual crítica, sentia-me como o fim de tudo, como se a minha dignidade tivesse sido desmoronada, jogada no lixo, incinerada. Ora, insisto em abordar sobre a minha pessoa, sem autocomiseração e sem nenhuma síndrome de coitado, porque a questão não está se vamos errar ou falhar, vamos, sim e sim. A pergunta a ser feita deve ser concentrar: como vou encarar minhas imperfeições e a sensação de não ser aceito? Vou adiante, o que vou fazer, diante do presente quadro? Eis o papel saudável do verdadeiro evangelho, ou seja, não nos encher de arremedos, de desculpas ou de mais culpas, de mais condenações, de mais vergonha. Diametralmente oposto, apresenta-nos o Deus que se compraz de um coração contrito e quebrantado, porque está sensível das nossas falhas e dos nossos erros, liberta-nos de sermos presunçosos e soberbos.
Tristemente, muitos religiosos são um polo de arrogância e de se gabar de nunca terem errado ou pecado ou transgredido ou falhado. A vergonha de nós mesmos, em parte, porque ouvimos de nossos pais, de nossos professores, de nossos parentes, de pessoas da nossa convivência que se não alcançarmos certas metas, não seremos amados, aceitos e reconhecidos. Deixo dizer algo, quer concordem ou não: o Deus ser humano Jesus Cristo, o e a ama pelo que você, já disse em outros textos, o e a conhece, nos mínimos detalhes, não espera de você nenhum ato de perfeição, mas sim que procure fazer o melhor, porque estará ao seu lado. Quantas pessoas se torturam por perseguirem a critérios e padrões irreais de vida? Será que os heróis descritos na Bíblia foram figuras ilibadas, perfeitas, incólumes ou intactas? Anota-se, sem cinismo, Davi foi tido como o homem segundo o coração de Deus, em virtude de não esconder suas falhas e de se abrir para o amor do Deus ser humano Jesus Cristo e me alinho as colocações do autor Ernest Kurtz e Katherine Ketcham: "a imperfeição é a ferida que permite a entrada de Deus’’ ou, em grifo pessoal, "a imperfeição permite a Deus se fazer presente, em nós, quando a reconhecemos e não a usamos para não sermos humanos conformados’’. Por fim, permita-se viver essa abertura para a mais clara certeza: somos amados, somos importantes, somos aceitos e reconhecidos pelo somos.
A adolescência representa um momento marcado por ser um estado de afirmação e de inquietação intensa, como se todos e tudo estivessem o observando, na espera de ser dado um veredicto (seja por causa das roupas, da fala, da imagem e, enfim, adolescente que é adolescente ou foi, sabe do que digo). Na minha infância, olha já haver tempo, enfrentei dificuldades com a matemática e outras matérias, a qual cada nota não satisfatória ou baixa, recebia críticas de professores e pessoas próximas, e interpretava isso como ‘’eu não posso’’, eu ‘’não consigo’’, eu ‘’não valho’’, eu ‘’sou uma vergonha’’, eu ‘’sou um fracassado mesmo’’. Além disso, sentia vergonha por ser eu mesmo, com o cabelo duro, com os lábios grossos, com a minha condição social. Qual a consequência de passar a acreditar nesse labirinto de vergonha? Tornei-me um perfeccionista, um inseguro, um depressivo, com profundo receio ou medo de me aproximar, de me aprofundar com outras pessoas, de me arriscar, em meios aos desafios da vida. Não parou por ai e aqui, comecei a ser guiado pelos eventos passados dos erros, das falhas, das derrotas, de comentários infelizes e inapropriados, como se aquilo me definisse. Não consegui observar o quanto estamos sujeitos a situações negativas e reputava o fim do mundo. Indo texto de Gênesis 3.10, encontramos o cenário de Adão e Eva, num momento da mais completa inadequação e vergonha de si mesmos, com a sensação de que não conseguiram os elevados padrões de perfeição e aceitação de Deus e, logo, estavam descartados, sem mais nenhuma serventia e nada mais sobrava, senão a culpa e a vergonha, a ira e condenação. Sem fazer nenhum discurso de defesa de ser a vida um mar de rosas, de compreender o quão e quanto benéfico são certas frustrações e que os não (s) são partes da existência.
Obviamente, enquanto estivermos, por esse oikos ou lugar comum da humanidade, vamos errar e podemos extrair lições para progredir e amadurecer, sem incorrer nas mesmas práticas, mas vamos errar, não se esqueça. A vergonha pode ser vista como as pessoas nos medindo, dos pés até a cabeça, e como traz malefícios. Deixo voltar a falar de mim, então, o espectro da vergonha doentia me fez uma pessoa disposta a não perder nenhuma discussão, a sempre lutar pelas melhores notas, a estar a disposição de todos e de tudo, a buscar a perfeição, a ser pleno, a me enganar com modelos tolos de entrega e via um erro como – "nunca acerto, sempre faço tudo errado’’. Lá no fundo, queria ser amado, queria ser aceito, queria ser importante e não percebia que não precisava ser Deus, ser perfeito, ser alguém que não era, não serei e jamais vou ser: dez em tudo ou perfeito ou disposição, a todo momento. Na mais habitual crítica, sentia-me como o fim de tudo, como se a minha dignidade tivesse sido desmoronada, jogada no lixo, incinerada. Ora, insisto em abordar sobre a minha pessoa, sem autocomiseração e sem nenhuma síndrome de coitado, porque a questão não está se vamos errar ou falhar, vamos, sim e sim. A pergunta a ser feita deve ser concentrar: como vou encarar minhas imperfeições e a sensação de não ser aceito? Vou adiante, o que vou fazer, diante do presente quadro? Eis o papel saudável do verdadeiro evangelho, ou seja, não nos encher de arremedos, de desculpas ou de mais culpas, de mais condenações, de mais vergonha. Diametralmente oposto, apresenta-nos o Deus que se compraz de um coração contrito e quebrantado, porque está sensível das nossas falhas e dos nossos erros, liberta-nos de sermos presunçosos e soberbos.
Tristemente, muitos religiosos são um polo de arrogância e de se gabar de nunca terem errado ou pecado ou transgredido ou falhado. A vergonha de nós mesmos, em parte, porque ouvimos de nossos pais, de nossos professores, de nossos parentes, de pessoas da nossa convivência que se não alcançarmos certas metas, não seremos amados, aceitos e reconhecidos. Deixo dizer algo, quer concordem ou não: o Deus ser humano Jesus Cristo, o e a ama pelo que você, já disse em outros textos, o e a conhece, nos mínimos detalhes, não espera de você nenhum ato de perfeição, mas sim que procure fazer o melhor, porque estará ao seu lado. Quantas pessoas se torturam por perseguirem a critérios e padrões irreais de vida? Será que os heróis descritos na Bíblia foram figuras ilibadas, perfeitas, incólumes ou intactas? Anota-se, sem cinismo, Davi foi tido como o homem segundo o coração de Deus, em virtude de não esconder suas falhas e de se abrir para o amor do Deus ser humano Jesus Cristo e me alinho as colocações do autor Ernest Kurtz e Katherine Ketcham: "a imperfeição é a ferida que permite a entrada de Deus’’ ou, em grifo pessoal, "a imperfeição permite a Deus se fazer presente, em nós, quando a reconhecemos e não a usamos para não sermos humanos conformados’’. Por fim, permita-se viver essa abertura para a mais clara certeza: somos amados, somos importantes, somos aceitos e reconhecidos pelo somos.
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