Palavra do leitor
- 11 de março de 2013
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Não quero um papa que combata à pedofilia
“…Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Mat 22; 21
Se alguém pleitear pela separação entre o Estado e a Igreja, num primeiro momento parecerá isso pacífico, e, não raro, citarão o texto supra como reforço de argumento. O Brasil, dirão, é um país laico, onde a Igreja não tem ingerência alguma. Acontece que, a simples existência do Vaticano transforma a Igreja Católica num Estado político, cuja relevância é maior que a igreja, propriamente dita.
Embora alguns pretendam travestir a eleição do futuro Papa de um evento espiritual, dizendo que o Espírito Santo guiará a escolha, trata-se, evidentemente, de um ato político. Um colegiado que desde a “Sé vacante” já especula qual perfil deverá ter o novo líder, se reunirá a portas fechadas, num conclave que pode durar vários dias, como já ocorreu, dada a dificuldade do “Espírito Santo” em indicar seu escolhido.
Na verdade só a China, com sua superpopulação rivaliza com o Vaticano, sendo o número de membros estimado próximo a um bilhão, muito dos quais, na própria China. Trata-se, pois, de um mega Estado, mundialmente disseminado, com enclaves em todos os países.
Por que digo isso do Vaticano, e não das igrejas evangélicas, por exemplo, que têm várias denominações internacionais? Talvez porque a essas, falte o status de Estado, a capital e um regente máximo com funções políticas reconhecidas pelos governantes da Terra, como, o Vaticano. Se um pastor evangélico cometer o ato hediondo da pedofilia, por exemplo, será julgado pela lei dos homens simplesmente, uma vez que não há um Papa protestante, nem um Estado, para resguardar seu funcionário, transferir, aplicar mera “punição” administrativa.
Se o Vaticano agisse assim, entregando seus culpados aos desígnios da justiça comum, estaria livre de muitos embaraços que hoje o cercam. Mas, dirá alguém, padres, bispos, cardeais, têm formação superior, não podem se misturar a criminosos comuns. Bem, assim age o mundo, dando privilégio aos bandidos “melhores”, os que têm Dr.
Ora, isso é uma discrepância que torna parcial e injusta a justiça humana. Quanto melhor a formação, maior o conhecimento das implicações dos atos, e igualmente, deveria ser, a aversão por praticá-los; ao menos, no prisma espiritual; pois, Tiago ensinou assim: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” Tg 3; 1 e 2
Ironicamente, foi na carta aos Romanos que Paulo exortou os cristãos a obedecerem às autoridades seculares, dizendo que basta praticarmos o bem para não temê-las; “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.” Rom 13; 3 e 4
Quando digo que não quero um Papa que combata à pedofilia, não significa que não abomine essa barbárie, mas, (na verdade não quero papa nenhum) como vão escolher um de qualquer modo, meu devaneio seria um que não tratasse as coisas espirituais como assuntos de Estado.
Que apenas ensinasse a Palavra de Deus como ela é, sem dogmas ou tradições eclesiásticas, deixando as pessoas livres para optarem se querem ou não seguir tal “constituição”. E todo aquele que se declarar “um dos tais” caso incorra em pedofilia ou qualquer outro ato que a lei condena, seja deixado nas mãos da justiça, para devido julgamento e punição.
Se alguém imagina, seja católico, protestante tradicional, evangélico ou o que for, que a salvação deriva de impregnar decretos estatais, dogmas ou cacoetes eclesiásticos nas pessoas, sequer entendeu em que consiste o Novo testamento no Sangue de Jesus. O Próprio Espírito Santo há de impregnar nas consciências o querer de Deus. “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei… diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;” Heb 8; 10
Cristianismo vero é um pouco mais que rejeitar a corrupção ou a pedofilia, como disse Paulo em sua carta a Timóteo: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.” II Tim 2; 19
Se alguém pleitear pela separação entre o Estado e a Igreja, num primeiro momento parecerá isso pacífico, e, não raro, citarão o texto supra como reforço de argumento. O Brasil, dirão, é um país laico, onde a Igreja não tem ingerência alguma. Acontece que, a simples existência do Vaticano transforma a Igreja Católica num Estado político, cuja relevância é maior que a igreja, propriamente dita.
Embora alguns pretendam travestir a eleição do futuro Papa de um evento espiritual, dizendo que o Espírito Santo guiará a escolha, trata-se, evidentemente, de um ato político. Um colegiado que desde a “Sé vacante” já especula qual perfil deverá ter o novo líder, se reunirá a portas fechadas, num conclave que pode durar vários dias, como já ocorreu, dada a dificuldade do “Espírito Santo” em indicar seu escolhido.
Na verdade só a China, com sua superpopulação rivaliza com o Vaticano, sendo o número de membros estimado próximo a um bilhão, muito dos quais, na própria China. Trata-se, pois, de um mega Estado, mundialmente disseminado, com enclaves em todos os países.
Por que digo isso do Vaticano, e não das igrejas evangélicas, por exemplo, que têm várias denominações internacionais? Talvez porque a essas, falte o status de Estado, a capital e um regente máximo com funções políticas reconhecidas pelos governantes da Terra, como, o Vaticano. Se um pastor evangélico cometer o ato hediondo da pedofilia, por exemplo, será julgado pela lei dos homens simplesmente, uma vez que não há um Papa protestante, nem um Estado, para resguardar seu funcionário, transferir, aplicar mera “punição” administrativa.
Se o Vaticano agisse assim, entregando seus culpados aos desígnios da justiça comum, estaria livre de muitos embaraços que hoje o cercam. Mas, dirá alguém, padres, bispos, cardeais, têm formação superior, não podem se misturar a criminosos comuns. Bem, assim age o mundo, dando privilégio aos bandidos “melhores”, os que têm Dr.
Ora, isso é uma discrepância que torna parcial e injusta a justiça humana. Quanto melhor a formação, maior o conhecimento das implicações dos atos, e igualmente, deveria ser, a aversão por praticá-los; ao menos, no prisma espiritual; pois, Tiago ensinou assim: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” Tg 3; 1 e 2
Ironicamente, foi na carta aos Romanos que Paulo exortou os cristãos a obedecerem às autoridades seculares, dizendo que basta praticarmos o bem para não temê-las; “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.” Rom 13; 3 e 4
Quando digo que não quero um Papa que combata à pedofilia, não significa que não abomine essa barbárie, mas, (na verdade não quero papa nenhum) como vão escolher um de qualquer modo, meu devaneio seria um que não tratasse as coisas espirituais como assuntos de Estado.
Que apenas ensinasse a Palavra de Deus como ela é, sem dogmas ou tradições eclesiásticas, deixando as pessoas livres para optarem se querem ou não seguir tal “constituição”. E todo aquele que se declarar “um dos tais” caso incorra em pedofilia ou qualquer outro ato que a lei condena, seja deixado nas mãos da justiça, para devido julgamento e punição.
Se alguém imagina, seja católico, protestante tradicional, evangélico ou o que for, que a salvação deriva de impregnar decretos estatais, dogmas ou cacoetes eclesiásticos nas pessoas, sequer entendeu em que consiste o Novo testamento no Sangue de Jesus. O Próprio Espírito Santo há de impregnar nas consciências o querer de Deus. “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei… diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;” Heb 8; 10
Cristianismo vero é um pouco mais que rejeitar a corrupção ou a pedofilia, como disse Paulo em sua carta a Timóteo: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.” II Tim 2; 19
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