Palavra do leitor
15 de dezembro de 2007
- Visualizações: 4662
comente!
- +A
- -A
-
compartilhar
Não olhai os lírios do campo
Deus não pode ser privatizado. Não cabe em tronos soberbos, cujo acesso é restrito a um reduzido grupo de felizardos. A face do sagrado é democrática, traduz-se a todo milésimo de segundo, em cada nuance do cosmo.
Não obstante, os símbolos foram abolidos. Nosso ar é condicionado, concebido por engrenagens eletrônicas. Nossa comunicação é virtual. O sorriso digitado. Vivemos cerrados em arquiteturas quadradas e pragmáticas. Ali estaremos protegidos da ameaça divina, das sandices deste Deus polifônico. Ali somos distraídos pelas velhas inovações do mundo virtual.
Perdemos o direito de se encantar, de deixar-se levar por um verso até o reino da harmonia. A beleza exige tempo, degustação, ruminação. Ranger de rede.
Optaram por Mamon, a divindade estrita forjada em lata. Privatizado e sedento por privatizações. Por rituais de sacrifício. Sacrifício, do latim sacrificium, reporta etimologicamente ao ato ritual de fazer manifesto o sagrado. Sacrifício dos direitos trabalhistas. Sacrifício dos recursos destinados à saúde e educação. Sacrifício da água de côco e do samba. Mamon é sedento e caprichoso.
Os lírios devem crescer pelo nosso ativismo. Devem ser armados em buquês e então vendidos. Não ouse cheirá-lo por um tempo mais dilatado que aquele capaz de te convencer a comprá-lo. Não ouse extrair dele filosofias. Para estes mentecaptos foi urdida a cruz.
Não obstante, os símbolos foram abolidos. Nosso ar é condicionado, concebido por engrenagens eletrônicas. Nossa comunicação é virtual. O sorriso digitado. Vivemos cerrados em arquiteturas quadradas e pragmáticas. Ali estaremos protegidos da ameaça divina, das sandices deste Deus polifônico. Ali somos distraídos pelas velhas inovações do mundo virtual.
Perdemos o direito de se encantar, de deixar-se levar por um verso até o reino da harmonia. A beleza exige tempo, degustação, ruminação. Ranger de rede.
Optaram por Mamon, a divindade estrita forjada em lata. Privatizado e sedento por privatizações. Por rituais de sacrifício. Sacrifício, do latim sacrificium, reporta etimologicamente ao ato ritual de fazer manifesto o sagrado. Sacrifício dos direitos trabalhistas. Sacrifício dos recursos destinados à saúde e educação. Sacrifício da água de côco e do samba. Mamon é sedento e caprichoso.
Os lírios devem crescer pelo nosso ativismo. Devem ser armados em buquês e então vendidos. Não ouse cheirá-lo por um tempo mais dilatado que aquele capaz de te convencer a comprá-lo. Não ouse extrair dele filosofias. Para estes mentecaptos foi urdida a cruz.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
15 de dezembro de 2007
- Visualizações: 4662
comente!
- +A
- -A
-
compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
![](https://www.ultimato.com.br/image/topo_cafezinho.jpg)
![](https://www.ultimato.com.br/img/layout/comments.png)
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados