Não mantenha distância!

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Nas semanas anteriores, tratei aqui a respeito da "Igreja Pós-Pandêmica", ou seja, o que acontecerá com a Igreja após passado este tempo terrível de "Pandemia Covid.19", que já perdura por mais de 15 meses, nos quais tivemos que adotar alguns lemas: "fique em casa", "mantenha distância", "não aglomere", "use máscara", "lave as mãos", "não dê as mãos" ao cumprimentar alguém, "não abrace", "não ponha as mãos no rosto" [boca, nariz e garganta] pois o vírus tem como porta de entrada as regiões mucosas do nosso corpo etc.

Tem sido difícil deixar de congregar, deixar de sentir o calor humano nas celebrações de cultos ["virtuais"] ao nosso Deus, deixar a comunhão com os irmãos na fé como uma prevenção para não nos contaminarmos com o famoso vírus e, mais importante, não contaminarmos o próximo.

Hoje, data semanal das minhas postagens neste Site, eu não tinha, ainda, a inspiração de um texto; foi no culto "on line" da minha igreja que a inspiração veio com a palavra do pastor visitante, Erenaldo Salustiano, falando justamente sobre o "afastamento" que esta doença nos impõe.

Então, é hora de nos afastarmos do contato físico com terceiras pessoas, é hora de nos afastarmos de elevadores lotados, é hora de nos afastarmos de conduções lotadas [sim, é difícil!], é hora de nos afastarmos de reuniões presenciais com um número médio ou grande de pessoas, é hora de nos afastarmos [até] de cultos presenciais, é hora de nos afastarmos de aglomerações e é neste tópico que os jovens têm se deixado apanhar, nos tais "pankadões"; em função dessas reuniões de lazer é que está crescendo a porcentagem de jovens contaminados.

Não podemos, todavia, manter distância de nossa vida espiritual – se não podemos participar de cultos presenciais, devemos não deixar de participar dos cultos virtuais, isto é, dos cultos "on line" que todas as igrejas estão fazendo e, melhor, não devemos nos ausentar das "lives" diárias que têm sido realizadas por todas as denominações cristãs.

Não devemos manter distância de nossos estudos diários da Palavra de Deus, não devemos manter distância dos momentos devocionais diários, não devemos manter distância da oração em secreto, em nossos quartos, e Deus, que nos ouve em secreto, nos responderá, nos abençoará (Mateus 6. 6) – é bem mais bem recebida, por nosso Pai, a oração no recôndito dos nossos corações do que as orações "em pé" nos templos, nas praças onde todos veem e ouvem.

Não devemos manter distância de nossos testemunhos pessoais de vida – São Francisco de Assis, dizem, teria ensinado: "Pregue o Evangelho o tempo todo. Se necessário, use palavras" (sic); esta frase é usada como um pretexto para o seguinte texto: "Não é mais necessário pregar, basta viver o Evangelho e as pessoas entenderão quem é Jesus" (sic) – outros atribuem essa frase a Confúcio.

Não é verdade, temos que pregar o evangelho a toda criatura, ensinamento maior do Senhor Jesus (Marcos 16. 15), não podemos manter distância do evangelismo, o oral e o expresso pois é da vontade do Pai que "todos alcancem o arrependimento" (II Pedro 3. 9 b), ou seja que todos sejam salvos.

Também o Apóstolo Paulo ensinou a Timóteo: "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (II Timóteo 4. 2); não devemos, pois, manter distância do direito [não só obrigação] de anunciar a Palavra de Deus, seja ou não oportuno.

Não devemos manter distância de nossos atos, nossos procedimentos, quaisquer que sejam, quando tomados para a Glória de Deus:

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10.31).

Reitero aqui que vida cristã deve ser vivida, praticada 24 horas diárias, de segunda a segunda, embora nem todos aceitem isto; o mundo seria outro para a glória de Deus e somente dele.

Mahatma Ghandhi teria afirmado: "Eu aceito o Cristo que vocês pregam, mas não aceito o cristianismo que vocês vivem" (sic).

Pense nisto!

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Opinião do leitor