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Palavra do leitor

Não, igreja não é quartel!

É comum as pessoas postarem mensagens nas redes sociais e um ou outro curtir, raramente comentar; no meu caso, quase todos os "posts" são comentados, por uma ou mais pessoas, via de regra, com a palavra "Amém" [no geral, são textos bíblicos], comentário esse que já me satisfaz.

Outra ocorrência é alguém compartilhar "post" de outra pessoa, em sua própria página, como eu faço sempre; compartilhei, há uns 4 dias, a seguinte opinião:

"’Afastado da igreja, não de Deus’
– esse é a maior Fake News de todos os tempos. Não tem como servir ao Exército e não comparecer ao quartel" (sic).

O interessante, nessa postagem, é que houve vários comentários, inclusive com "discussões", o que não é o caso de transcrever aqui, mas pode ser conferido/examinado clicando no link.

Quero lembrar uma colocação do salmista, texto que, em 1985, utilizamos no convite e tema para o culto de comemoração dos 15 anos de nossa filha:

"O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, [encontrei] os teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! (...) Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade" (Salmo 84. 3, 10).

Há que se ponderar que, como o salmista, o cristão vai à Casa de Deus, templo, por amor a Deus, para cultuá-lo, jamais obrigado, jamais por imposição familiar ou da Sociedade.

Esse é o "espírito" no qual, sempre, servimos a Deus, no templo e fora dele, na vida secular inclusive e principalmente.

Quanto ao quartel, "data venia", o recruta comparece por obrigação, por um dever para com a Pátria, o dever de servi-la e poucos são os que permanecem, ou seja, raros são os que não "dão baixa"; há, todavia, os que permanecem por gosto e até seguem carreira, permanecendo além dos meses obrigatórios, ou seja, fazem carreira, se bem que o normal para tornar-se profissional é cursar uma Academia Militar.

Lembro-me de uma estória, que li nas redes sociais, que havia um homem, já de certa idade [como eu], que não faltava a nenhuma reunião da igreja, fosse o encontro cúltico, devocional ou social; diziam que ele "abria e fechava o templo" (sic).

Em um mau momento de sua vida, ele deixou de comparecer aos trabalhos da igreja; passadas algumas semanas, foi ele visitado pelo seu pastor – ele estava sentado em uma cadeira, bem junto à uma lareira, pois o frio estava bem incômodo; puxou ele outra cadeira para o lado da sua, na qual o pastor sentou, mas sem nada falar.

Passado um bom tempo, o pastor, com o instrumento adequado, retirou da fogueira uma brasa e a colocou no chão, fora da lareira – com o passar dos minutos, não muitos até, aquela brasa se esfriou, apagou e virou carvão; então o pastor a pegou e a devolveu para a fogueira, o que resultou em que ela voltou a incandescer.

O pastor, então, silente, ainda sem nenhum diálogo, levantou e se despediu do membro de sua igreja, o qual disse:

"obrigado, pastor, pelo belo e eloquente sermão, no domingo voltarei a congregar" (sic), e assim o fez.

Então, prefiro dizer que igreja não é quartel, igreja é a Casa do nosso Deus e Pai, igreja é escola bíblica, igreja é lareira [na Casa do Pai], na qual se comparece, espontaneamente, para "edificação" pessoal, através da mensagem de Deus que é pregada pelos pastores e, ainda, para louvar e adorar a Deus, bem como para confraternização com os demais membros daquela família da fé.

"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor" (Salmo 122.1).

"Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!" (Salmo 133.1).

Assim, igreja não é quartel, pois não é obrigação, mas "direito" de poder cultuar a Deus, livremente, juntamente com a membresia local [irmãos na fé]; direito sim em um País livre e democrático, como o nosso.

Há milhares, quiçá milhões de pessoas proibidas de prestar o seu culto regular e livre a Deus, o que ocorre em diversos outros países que proíbem [e punem] reuniões ditas "religiosas" [cristãs]; por isso oramos pela chamada "igreja sofredora".

A Palavra de Deus nos orienta: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia [da volta do Senhor Jesus] se aproxima" (Hebreus 10.25).

Nem sempre é motivo para admoestações, são circunstâncias diversas e indesejáveis para o faltoso, situações alheias à sua [dele] vontade – constatamos isso, várias vezes, quando visitávamos os ausentes [décadas de 80 e 90].

Há de haver discernimento, como o daquele pastor, para que a situação seja sanada com amor, sem dores maiores que aquelas pré-existentes, sem traumas.

"Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou? (Mateus 18.12).

Pense nisto!
São Paulo - SP
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