Palavra do leitor
- 08 de junho de 2009
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Não há nada mais contraditório do que a política
Creio que neste mundo não há nada mais contraditório do que a política. Não estou falando da arte ou da ciência chamada política que forçosamente está presente em nossa vida em todo tempo. Falo sim, da política partidária também conhecida como politicagem ou arte de enganar as pessoas e sempre levar vantagem em tudo e ganhar muito dinheiro.
Todo cidadão consciente sabe disto, mas nada ou pouco pode fazer para evitar essa sangria dos cofres públicos que assistimos diariamente. Hoje, a política virou um negócio altamente rentável e é o sonho de muita gente, pois é uma forma de se ganhar muito dinheiro e ainda ter todas as mordomias, poder quase absoluto e ser alvo da imprensa, dos holofotes e de toda sorte de assédio.
O cidadão comum assiste a esse disparate e fica sem entender nada. Aonde o político chega as portas se abrem, a mesa já está posta, o cafezinho e a água gelada já estão à disposição e os repórteres ficam só aguardando o momento de iniciar a entrevista extremamente concorrida. Mas, quem é esta figura tão importante e tão imponente que acabou de chegar? É a Sua Majestade, o Dr. Fulano de Tal que veio falar daquele empreendimento ou daquela obra que deverá ser realizada. Ele veio dar uma notícia em primeira mão; acabou de chegar da capital onde esteve com o governador... Daí toda essa concorrência. Parece que a cidade toda não fala em outra coisa. É a força da política que traz expectativas, sonhos e geralmente muitas decepções.
Este é lado colorido da política. Muita gente disputa um pequeno espaço para ouvir o discurso e depois aplaudir ruidosamente até com gritos de órdem e ás vezes com muita emoção. Mas tem o outro lado sobre o qual gostaria de me ater um pouco mais, pois é mais real e muito comum hoje em dia. É o lado das falcatruas, das negociatas, do toma lá dá cá e das frases desencontradas. O mundo do faz de conta muitas vezes vivido atrás de grossas cortinas com ar condicionado e muito luxo, beleza e sofisticação. Lá o cidadão comum jamais entra e, na verdade, nem passa perto, pois a segurança é total. Ali são tramados negócios altos e sujos envolvendo bilhões de reais com interesses os mais diversos e nuances as mais estranhas. Todos querem levar a maior parte, a maior fatia do bolo em detrimento da sociedade, do cidadão e do País. Tem aquelas reuniões feitas na calada da noite muitas vezes em chácaras fora da cidade sem a presença da imprensa e bem longe dos olhares desconfiados do cidadão. este é o lado mais nojento da política onde milhões de reais são repartidos em troca de algum favor, de alguma concessão. E no final, geralmente, todos saem satisfeitos.
Não há nada mais contraditório do que a política. Desde criança ouço falar deste jogo de interesses, das denúncias, ameaças, mortes, golpes e retaliações. O mais incrível é que nunca vi nenhum político ser punido, no máximo renunciou ou foi cassado, mas depois voltou e geralmente mais forte. Quem não se lembra do ex-deputado Severino Cavlcante, aquele do mensalinho? Hoje ele é prefeito em João Alfredo, sua cidade natal no interior de Pernambuco. Eu poderia citar dezenas que passaram diante de nossos olhos, foram denunciados, renunciaram o mandato, outros foram cassados, mas todos se deram bem e hoje estão abrigados debaixo das longas e acolhedoras asas da política que nunca desampara os seus filhos.
Só para relembrar, no ano de 2006 aconteceu de tudo: denúncias, CPIs, mensalões, mensalinhos, dolar na cueca, malas de dinheiro correndo o Brasil, depoimentos de caseiros, secretários, motoristas... Foi um ano praticamente perdido, um ano para ser esquecido. No bojo de toda aquela confusão sobrou até para o presidente Lula que escapou por pouco de ser cassado quando usou aquela frase que ficou famosa: "Eu não sabia de nada" - e foi motivo de chacota por todo o País. Eu pergunto: no final, o que aconteceu? E respondo: nada. Todo mundo continua aí na política ganhando muito dinheiro enquanto o cidadão está perplexo e literalmente chupando o dedo. Afinal, política é isto: é a arte de enganar sempre e cada vez ganhar mais dinheiro e sair mais fortalecido enquanto o País está cada vez mais miserável. Se alguém tiver uma outra definição, entre em contato comigo. Um abraço aos meus fiéis leitores.
Todo cidadão consciente sabe disto, mas nada ou pouco pode fazer para evitar essa sangria dos cofres públicos que assistimos diariamente. Hoje, a política virou um negócio altamente rentável e é o sonho de muita gente, pois é uma forma de se ganhar muito dinheiro e ainda ter todas as mordomias, poder quase absoluto e ser alvo da imprensa, dos holofotes e de toda sorte de assédio.
O cidadão comum assiste a esse disparate e fica sem entender nada. Aonde o político chega as portas se abrem, a mesa já está posta, o cafezinho e a água gelada já estão à disposição e os repórteres ficam só aguardando o momento de iniciar a entrevista extremamente concorrida. Mas, quem é esta figura tão importante e tão imponente que acabou de chegar? É a Sua Majestade, o Dr. Fulano de Tal que veio falar daquele empreendimento ou daquela obra que deverá ser realizada. Ele veio dar uma notícia em primeira mão; acabou de chegar da capital onde esteve com o governador... Daí toda essa concorrência. Parece que a cidade toda não fala em outra coisa. É a força da política que traz expectativas, sonhos e geralmente muitas decepções.
Este é lado colorido da política. Muita gente disputa um pequeno espaço para ouvir o discurso e depois aplaudir ruidosamente até com gritos de órdem e ás vezes com muita emoção. Mas tem o outro lado sobre o qual gostaria de me ater um pouco mais, pois é mais real e muito comum hoje em dia. É o lado das falcatruas, das negociatas, do toma lá dá cá e das frases desencontradas. O mundo do faz de conta muitas vezes vivido atrás de grossas cortinas com ar condicionado e muito luxo, beleza e sofisticação. Lá o cidadão comum jamais entra e, na verdade, nem passa perto, pois a segurança é total. Ali são tramados negócios altos e sujos envolvendo bilhões de reais com interesses os mais diversos e nuances as mais estranhas. Todos querem levar a maior parte, a maior fatia do bolo em detrimento da sociedade, do cidadão e do País. Tem aquelas reuniões feitas na calada da noite muitas vezes em chácaras fora da cidade sem a presença da imprensa e bem longe dos olhares desconfiados do cidadão. este é o lado mais nojento da política onde milhões de reais são repartidos em troca de algum favor, de alguma concessão. E no final, geralmente, todos saem satisfeitos.
Não há nada mais contraditório do que a política. Desde criança ouço falar deste jogo de interesses, das denúncias, ameaças, mortes, golpes e retaliações. O mais incrível é que nunca vi nenhum político ser punido, no máximo renunciou ou foi cassado, mas depois voltou e geralmente mais forte. Quem não se lembra do ex-deputado Severino Cavlcante, aquele do mensalinho? Hoje ele é prefeito em João Alfredo, sua cidade natal no interior de Pernambuco. Eu poderia citar dezenas que passaram diante de nossos olhos, foram denunciados, renunciaram o mandato, outros foram cassados, mas todos se deram bem e hoje estão abrigados debaixo das longas e acolhedoras asas da política que nunca desampara os seus filhos.
Só para relembrar, no ano de 2006 aconteceu de tudo: denúncias, CPIs, mensalões, mensalinhos, dolar na cueca, malas de dinheiro correndo o Brasil, depoimentos de caseiros, secretários, motoristas... Foi um ano praticamente perdido, um ano para ser esquecido. No bojo de toda aquela confusão sobrou até para o presidente Lula que escapou por pouco de ser cassado quando usou aquela frase que ficou famosa: "Eu não sabia de nada" - e foi motivo de chacota por todo o País. Eu pergunto: no final, o que aconteceu? E respondo: nada. Todo mundo continua aí na política ganhando muito dinheiro enquanto o cidadão está perplexo e literalmente chupando o dedo. Afinal, política é isto: é a arte de enganar sempre e cada vez ganhar mais dinheiro e sair mais fortalecido enquanto o País está cada vez mais miserável. Se alguém tiver uma outra definição, entre em contato comigo. Um abraço aos meus fiéis leitores.
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