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Palavra do leitor

Não espere o futuro para resolver as pendências do presente

Não.

Não espere o futuro para, nada mais e nada menos, decidir pela vida. Muito embora a frase dita acima ressoe como a mais tola e estúpida colocação, segundo a concepção de muitos. De certo, torna - se compreensível, principalmente, quando nos deparamos com uma dimensão cultura regida por levar o ser humano a uma simbiose. Em outras palavras, falo da simbiose de ser visto e se portar como mercadorias.

Deveras, ensejo enfatizar as palavras de Jesus no tocante as bem - aventuras e focar a relevância de não esperar o futuro para ser mais inclinado as utopias possíveis, de olhar para as páginas da vida e perceber, apesar de tantos turbações, que há ainda docilidade e esperança.

Então, não espere o futuro para dizer o quanto a pessoa ao seu lado representa. Não espere o futuro para agradecer pelo pôr do sol, o alumiar da lua no soturno, as lembranças apetecíveis do primeiro olhar com a amada, as expectativas e desafios do recém - nascido.

Não espere o futuro para descobrir o quão salutar representa experimentar as águas refrescantes da praia, o ecoar das gaivotas, o abraço inócuo do filho (a). Não espera o futuro para participar daquele churrasco, ou daquela feijoada, ou daquele almoço de família. Não espera o futuro para ri de si mesmo.

Não espere o futuro, sem qualquer fatalismo e panacéia, para brincar, se divertir, se comprometer mais com as questões simples da vida, de priorizar mais os relacionamentos, de não se martirizar com os espelhos de uma cultura narcisista e de comparações funestas.

Não espere o futuro para efetuar algumas alterações no script, de se desfazer de certos ranços, de certas desavenças, de, enfim, limpar a alma de tantos entulhos. Não espere o futuro para dizer eu o (a) amo. Não espera o futuro para andar descalço, sumbergir na piscina ou no rio ou sei lá onde. Não espere o futuro para ouvir mais seu filho (s). Não espere o futuro para deixar de lado inúmeros protocolos com a intenção de ser aceito e agradavel.

Não espere o futuro para ser você mesmo, ser mais desencanado, ser mais descontraído, ser menos inexorável por que não atende aos critérios de uma estética tirânica e excluídora. Não espera o futuro para sentar e compartilhar o perdão, a solidariedade, a amizade, a comunhão e a irmandade. Não espere o futuro para assistir as quartas de finais da libertadores com os amigos.

Não espere o futuro para se culpar menos, se cobrar menos, se comparar cada vez menos e menos com o próximo. Não espere o futuro para abraçar, para ouvir, para prosear, para permitir se abrir em direção ao aprendizado. Não espere o futuro para, tão somente então, cogitar ir aos enredos da arte, do teatro, da música singela, dos livros que espertam a imaginação e a transcendência, sem nenhuma bitolagem.

Não espere o futuro para ser sensível as diferenças, que nem todos leem o que você ler e nem por isso devem ser vistos de maneira inferior. Não espere o futuro para reconhecer os erros, mas sem disso um sacrilégio. Não espere o futuro para saborear um sorvete, um chocolate, uma pizza e sei lá mais o que. Não espere o futuro para continuar a namorar, mesmo diante das trilhas e dos percalços do casamento. Não espere o futuro para aguardar a extrema – unção.


Não espere o futuro para compreender como somos transitórios e, embora essa verdade inquestionável, há a nossa disposição uma história a ser escrita ao lado de outras histórias. Não espere o futuro para pedir ajuda. Não espere o futuro para se inclausurar numa masmorra de nostalgismos e acusações. Não espere o futuro para chorar. Não espere o futuro para estender as mãos e ser levantado e vice – versa. Não espere o futuro para terminar como parte um álbum emborolado de que a vida poderia ser melhor.

Não espere o futuro para ser mais tolerante, mais afetuoso, mais coerente nas decisões. Não espere o futuro para observar as fronteiras do nosso irmão, de que a perfeição simboliza personalidades aversivas ao próximo, de que não vamos mudar o mundo (mas podemos de alguma maneira aquecer o coração de alguém).

É bem verdade, talvez nunca obteremos respostas concretas para temas correlacionados a felicidade, a justiça, a ética, ao amor e tantos outras coisas; agora, arrisque desatar as cordas e deixe o sopro do viver colocar pitadas de sabor e irreverência, em nosso cotidiano, e, assim, encontrarmos a eternidade a cada pontuar da vida.
São Paulo - SP
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