Palavra do leitor
- 12 de fevereiro de 2024
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Não é sacrifício, é esforço
Introdução
Muitos cristãos têm quebrado a cabeça para tentar entender o princípio da salvação. Como pode Jesus descer do céu; ser o único cordeiro imolado pelos pecados de toda a humanidade; fazer o maior sacrifício de todos os tempos para nos dar o direito de sermos salvos pela graça; e de repente alguém me diz que a salvação depende de mim, que eu tenho que pagar um preço para estar na presença do Senhor, se não eu poderei perder a minha salvação. Ele morreu ou não morreu pelos meus pecados? Se eu tenho que fazer alguma coisa pela minha salvação, então o sacrifício que ele fez não foi o suficiente? Porque eu preciso fazer algo para ser salvo se a salvação é de graça?
Desenvolvimento
Essas e outras perguntas permeiam as mentes dos nossos irmãos todos os dias para tentar entender: até onde vai a graça de Deus para me salvar, e onde começa a minha parte nesse processo de salvação? O sacrifício já foi feito, Cristo já pagou todas as nossas dívidas sim, o que ele nos pede não é que façamos sacrifícios, mas que apenas nos esforcemos: …esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens (Rm 12.17), …Esforçai-vos por entrar pela porta estreita... (Lc 13.24), esforçai-vos, esforçai-vos,... Para compreendermos isso, primeiro devemos saber qual a diferença entre sacrifício e esforço.
Imagine uma pessoa que sofreu um grave acidente, correndo risco de morte, e que se sobreviver poderá perder todos os movimentos das articulações devido tamanha afetação em seus ossos, juntas e medulas, na maior parte com fraturas expostas. Aí vem um médico do SUS, ampara esse acidentado e leva para o hospital. Faz todas as suas cirurgias, recoloca os ossos no lugar, conserta as articulações, costura as fraturas expostas, faz "das tripas o coração", como dizia a minha avó, e tudo isso de graça, sem custo para o paciente ou familiares. E todos os procedimentos ocorrem com o paciente em coma, em estado vegetativo, totalmente anestesiado, sem nem mesmo saber o que está acontecendo, mas tem alguém que está reconstituindo o seu corpo, e lhe trazendo uma nova oportunidade de viver.
Esse paciente acorda depois de longos dias de coma, toma consciência de tudo o que ocorreu, do que foi feito por ele, e então o médico se vira para ele e dá as recomendações: você precisa de muito repouso, tomar todos os medicamentos no horário certo, fazer a higiene dos locais feridos todos os dias, e começar a fisioterapia das articulações imediatamente para não perder os movimentos. Isso tudo pode doer um pouco, mas é necessário para você ter a sua saúde e seus movimentos de volta, com a possibilidade de voltar às suas atividades familiares, educacionais e profissionais.
Essa é a melhor explicação: O trabalho do médico foi o sacrifício, sem influência ou participação alguma do paciente, tudo de graça, só por ele e para ele. Foi o médico que fez todo o trabalho, foi ele que fez o sacrifício de ficar de 8 a 10 horas em pé fazendo todas as cirurgias e costurando ponto por ponto. Já o esforço é a parte do paciente para cumprir as recomendações do médico. A cirurgia já foi feita, e mesmo que o paciente não cumpra nenhuma de suas recomendações, essa cirurgia não será desfeita, e o que foi feito, foi feito, já está consumado. Mas o paciente continua com risco de perder a sua vida e seus movimentos, caso ele não faça a sua parte no processo de cura, daí a necessidade do seu esforço pessoal.
Conclusão
É assim com a nossa salvação pela graça. Esse paciente pode vir a perder os movimentos e até a vida? Sim, mas não por culpa do médico, porque esse já fez a sua parte, mas por culpa dele mesmo de não se esforçar para cumprir as recomendações. Então o paciente tem influência direta para evitar a sua morte e a perda de seus movimentos? Sim. Mas lembre-se que se o médico não tivesse feito a parte dele primeiro com todas aquelas cirurgias, esse paciente já estaria morto em menos de 24h, sem nenhuma chance de agora ter influência em sua cura ou não. Portanto, a nossa salvação é de graça, já está consumada na cruz do calvário, não tivemos nenhuma participação nesse sacrifício, e não teríamos a menor possibilidade de fazermos isso por nós mesmos para ganharmos essa sobrevida, mas podemos morrer sim, espiritualmente, a ponto de apostatar da fé (1Tm 4.1), se não vigiarmos as recomendações do reino de Deus para nos mantermos vivos.
Muitos cristãos têm quebrado a cabeça para tentar entender o princípio da salvação. Como pode Jesus descer do céu; ser o único cordeiro imolado pelos pecados de toda a humanidade; fazer o maior sacrifício de todos os tempos para nos dar o direito de sermos salvos pela graça; e de repente alguém me diz que a salvação depende de mim, que eu tenho que pagar um preço para estar na presença do Senhor, se não eu poderei perder a minha salvação. Ele morreu ou não morreu pelos meus pecados? Se eu tenho que fazer alguma coisa pela minha salvação, então o sacrifício que ele fez não foi o suficiente? Porque eu preciso fazer algo para ser salvo se a salvação é de graça?
Desenvolvimento
Essas e outras perguntas permeiam as mentes dos nossos irmãos todos os dias para tentar entender: até onde vai a graça de Deus para me salvar, e onde começa a minha parte nesse processo de salvação? O sacrifício já foi feito, Cristo já pagou todas as nossas dívidas sim, o que ele nos pede não é que façamos sacrifícios, mas que apenas nos esforcemos: …esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens (Rm 12.17), …Esforçai-vos por entrar pela porta estreita... (Lc 13.24), esforçai-vos, esforçai-vos,... Para compreendermos isso, primeiro devemos saber qual a diferença entre sacrifício e esforço.
Imagine uma pessoa que sofreu um grave acidente, correndo risco de morte, e que se sobreviver poderá perder todos os movimentos das articulações devido tamanha afetação em seus ossos, juntas e medulas, na maior parte com fraturas expostas. Aí vem um médico do SUS, ampara esse acidentado e leva para o hospital. Faz todas as suas cirurgias, recoloca os ossos no lugar, conserta as articulações, costura as fraturas expostas, faz "das tripas o coração", como dizia a minha avó, e tudo isso de graça, sem custo para o paciente ou familiares. E todos os procedimentos ocorrem com o paciente em coma, em estado vegetativo, totalmente anestesiado, sem nem mesmo saber o que está acontecendo, mas tem alguém que está reconstituindo o seu corpo, e lhe trazendo uma nova oportunidade de viver.
Esse paciente acorda depois de longos dias de coma, toma consciência de tudo o que ocorreu, do que foi feito por ele, e então o médico se vira para ele e dá as recomendações: você precisa de muito repouso, tomar todos os medicamentos no horário certo, fazer a higiene dos locais feridos todos os dias, e começar a fisioterapia das articulações imediatamente para não perder os movimentos. Isso tudo pode doer um pouco, mas é necessário para você ter a sua saúde e seus movimentos de volta, com a possibilidade de voltar às suas atividades familiares, educacionais e profissionais.
Essa é a melhor explicação: O trabalho do médico foi o sacrifício, sem influência ou participação alguma do paciente, tudo de graça, só por ele e para ele. Foi o médico que fez todo o trabalho, foi ele que fez o sacrifício de ficar de 8 a 10 horas em pé fazendo todas as cirurgias e costurando ponto por ponto. Já o esforço é a parte do paciente para cumprir as recomendações do médico. A cirurgia já foi feita, e mesmo que o paciente não cumpra nenhuma de suas recomendações, essa cirurgia não será desfeita, e o que foi feito, foi feito, já está consumado. Mas o paciente continua com risco de perder a sua vida e seus movimentos, caso ele não faça a sua parte no processo de cura, daí a necessidade do seu esforço pessoal.
Conclusão
É assim com a nossa salvação pela graça. Esse paciente pode vir a perder os movimentos e até a vida? Sim, mas não por culpa do médico, porque esse já fez a sua parte, mas por culpa dele mesmo de não se esforçar para cumprir as recomendações. Então o paciente tem influência direta para evitar a sua morte e a perda de seus movimentos? Sim. Mas lembre-se que se o médico não tivesse feito a parte dele primeiro com todas aquelas cirurgias, esse paciente já estaria morto em menos de 24h, sem nenhuma chance de agora ter influência em sua cura ou não. Portanto, a nossa salvação é de graça, já está consumada na cruz do calvário, não tivemos nenhuma participação nesse sacrifício, e não teríamos a menor possibilidade de fazermos isso por nós mesmos para ganharmos essa sobrevida, mas podemos morrer sim, espiritualmente, a ponto de apostatar da fé (1Tm 4.1), se não vigiarmos as recomendações do reino de Deus para nos mantermos vivos.
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