Palavra do leitor
- 22 de outubro de 2020
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Não é preciso ter fé para ir à Igreja
Desde o início da crise causada pela Covid-19, muitos líderes religiosos têm coagido os fiéis de modo leviano e com motivações vaidosas, por estarem preocupados com a queda na arrecadação de dinheiro em suas igrejas.
Esses tais apelam para um discurso que insinua falta de fé e constrange publicamente, as pessoas que escolhem ficar em casa para preservar as suas famílias, ao invés de irem à igreja durante a pandemia.
Não é de hoje que existe uma ideia equivocada, ensinando que o fazer a obra de Deus se resume na ida aos cultos e, ao longo dos anos, isso tem gerado uma casta de Cristãos nominais, os quais são meros religiosos que a passos largos caminham na direção do inferno, tendo em vista que, nunca colocaram verdadeiramente as mãos no arado, para trabalharem amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos.
Enquanto escrevia, lembrei-me de que após a minha admissão no Seminário Teológico em 1995, fui questionado diante da turma por uma jovem crescida na igreja, a respeito do tempo da minha conversão a Cristo. Quando respondi que isso havia acontecido um ano antes do meu ingresso naquela instituição, ouvi dela com um certo desdém que, a exemplo de uma criança, eu ainda estava apenas começando a dar os primeiros passos na fé.
Em tom de ousadia, respondi que certamente eu estava dando os primeiros passos na fé, mas fazendo isso nos lugares certos, pois andava pelos becos e valados para pregar o evangelho da Salvação às prostitutas, adictos em drogas e aos que se perdiam na ilusão do carnaval, enquanto muitas igrejas fugiam covardemente com os seus jovens para acampamentos.
Foi então que perguntei por onde ela havia andado, durante todo o tempo que sucedeu a sua conversão, mas fiquei sem resposta à medida que o seu sorriso e dos demais alunos, rapidamente se transformava em vergonha.
Ora, convenhamos, qual é a medida necessária da fé, que alguém com o seu carro do ano e uma vida próspera precisa ter para ir à igreja, a fim de saudar com o cotovelo ou à distância de 1,5m aqueles que o saúdam?
Pois eu afirmo que não é preciso ter fé para ir à Igreja, mas sim para sair dela ao encontro do clamor do mundo, por onde os pés dos verdadeiros crentes com ousadia sabem onde pisam, enquanto os que de púlpito proferem covardemente um discurso vazio sabem onde sentam, quando encontram um lugar confortável no banco de suas igrejas nos finais de semana.
Aliás, a maioria dos que encontram a Deus somente na igreja, sequer realizou um culto doméstico no decorrer dos meses em isolamento social.
Estou convencido de que muitos daqueles que nascem, casam e morrem na igreja, um dia abrirão os seus olhos no inferno, porque nunca fizeram parte da verdadeira obra de Deus, ainda que, em vida tivessem arrogantemente lançado palavras ao vento, através de uma profissão de fé que alegava não temer a morte.
De máscaras, os que insistem em viver desse modo são capazes de irem à igreja, mas não se colocam à disposição do trabalho voluntário, para ajudarem a salvar vidas que estão morrendo pela omissão da igreja e negligência do estado.
Ai dos líderes religiosos que forçam o ajuntamento dos crentes instigando o julgamento da fé alheia, e gostam de se assentarem nos primeiros lugares para serem vistos, vivenciando o amor ao próximo na teoria, pois são insensatos e incapazes de serem igreja de fato, além das quatro paredes do prédio onde se reúnem, o qual muitas vezes se assemelha a um sepulcro caiado que cheira mal, por causa das suas articulações que satisfazem meramente desejos humanos e promovem divisões.
Bem-aventurados são, todavia, os cristãos que não temem a bala perdida, enquanto proclamam a liberdade aos cativos aonde o tráfico de drogas acontece, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados são os servos do Altíssimo que vestidos de palhaço, visitam crianças com câncer nos hospitais e delas arrancam sorrisos, porque eles herdarão o reino dos céus. Bem-aventurados são os crentes, quando não dizem amém aos políticos corruptos que em vão proferem o Nome dO Senhor, porque eles serão poupados no Dia do Juízo.
Quanto a esses líderes religiosos e seus bajuladores, restam apenas os gemidos que ecoam da Cruz, e os intimam com a pergunta que não quer calar, a respeito de qual é a medida de uma fé sem obras? Hipócritas! Digam por onde os seus pés têm deixado as marcas do evangelho, e assim encontrarão a resposta sobre o tamanho dessa medida.
Esses tais apelam para um discurso que insinua falta de fé e constrange publicamente, as pessoas que escolhem ficar em casa para preservar as suas famílias, ao invés de irem à igreja durante a pandemia.
Não é de hoje que existe uma ideia equivocada, ensinando que o fazer a obra de Deus se resume na ida aos cultos e, ao longo dos anos, isso tem gerado uma casta de Cristãos nominais, os quais são meros religiosos que a passos largos caminham na direção do inferno, tendo em vista que, nunca colocaram verdadeiramente as mãos no arado, para trabalharem amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos.
Enquanto escrevia, lembrei-me de que após a minha admissão no Seminário Teológico em 1995, fui questionado diante da turma por uma jovem crescida na igreja, a respeito do tempo da minha conversão a Cristo. Quando respondi que isso havia acontecido um ano antes do meu ingresso naquela instituição, ouvi dela com um certo desdém que, a exemplo de uma criança, eu ainda estava apenas começando a dar os primeiros passos na fé.
Em tom de ousadia, respondi que certamente eu estava dando os primeiros passos na fé, mas fazendo isso nos lugares certos, pois andava pelos becos e valados para pregar o evangelho da Salvação às prostitutas, adictos em drogas e aos que se perdiam na ilusão do carnaval, enquanto muitas igrejas fugiam covardemente com os seus jovens para acampamentos.
Foi então que perguntei por onde ela havia andado, durante todo o tempo que sucedeu a sua conversão, mas fiquei sem resposta à medida que o seu sorriso e dos demais alunos, rapidamente se transformava em vergonha.
Ora, convenhamos, qual é a medida necessária da fé, que alguém com o seu carro do ano e uma vida próspera precisa ter para ir à igreja, a fim de saudar com o cotovelo ou à distância de 1,5m aqueles que o saúdam?
Pois eu afirmo que não é preciso ter fé para ir à Igreja, mas sim para sair dela ao encontro do clamor do mundo, por onde os pés dos verdadeiros crentes com ousadia sabem onde pisam, enquanto os que de púlpito proferem covardemente um discurso vazio sabem onde sentam, quando encontram um lugar confortável no banco de suas igrejas nos finais de semana.
Aliás, a maioria dos que encontram a Deus somente na igreja, sequer realizou um culto doméstico no decorrer dos meses em isolamento social.
Estou convencido de que muitos daqueles que nascem, casam e morrem na igreja, um dia abrirão os seus olhos no inferno, porque nunca fizeram parte da verdadeira obra de Deus, ainda que, em vida tivessem arrogantemente lançado palavras ao vento, através de uma profissão de fé que alegava não temer a morte.
De máscaras, os que insistem em viver desse modo são capazes de irem à igreja, mas não se colocam à disposição do trabalho voluntário, para ajudarem a salvar vidas que estão morrendo pela omissão da igreja e negligência do estado.
Ai dos líderes religiosos que forçam o ajuntamento dos crentes instigando o julgamento da fé alheia, e gostam de se assentarem nos primeiros lugares para serem vistos, vivenciando o amor ao próximo na teoria, pois são insensatos e incapazes de serem igreja de fato, além das quatro paredes do prédio onde se reúnem, o qual muitas vezes se assemelha a um sepulcro caiado que cheira mal, por causa das suas articulações que satisfazem meramente desejos humanos e promovem divisões.
Bem-aventurados são, todavia, os cristãos que não temem a bala perdida, enquanto proclamam a liberdade aos cativos aonde o tráfico de drogas acontece, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados são os servos do Altíssimo que vestidos de palhaço, visitam crianças com câncer nos hospitais e delas arrancam sorrisos, porque eles herdarão o reino dos céus. Bem-aventurados são os crentes, quando não dizem amém aos políticos corruptos que em vão proferem o Nome dO Senhor, porque eles serão poupados no Dia do Juízo.
Quanto a esses líderes religiosos e seus bajuladores, restam apenas os gemidos que ecoam da Cruz, e os intimam com a pergunta que não quer calar, a respeito de qual é a medida de uma fé sem obras? Hipócritas! Digam por onde os seus pés têm deixado as marcas do evangelho, e assim encontrarão a resposta sobre o tamanho dessa medida.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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