Palavra do leitor
- 27 de agosto de 2022
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Não é para pedir perdão, meramente!
Tenho postado artigos que indicam que não deve uma palavra ficar nela mesma [a letra é morta]; há que haver um desdobramento, um agir que corresponda a viver o que se prega; ou seja, uma pregação não pode ficar meramente no falar, sem uma ação coerente e permanente com a teoria exposta.
Quanto ao perdão, creio que o Senhor Jesus foi bastante claro, bem incisivo, não deixando quaisquer dúvidas no que diz respeito ao que Ele espera dos seus seguidores; chegou a dizer que deve ser uma ação praticada 70 x 7 vezes; não criou Ele o limite de 490, ficou claro que é uma ação permanente.
Eu mesmo tenho, também, insistido neste tema, pois entendo a importância que o nosso Senhor e Mestre quis [ainda quer] nos mostrar em cada uma das citações insistidas por Ele.
Senão vejamos, o Senhor Jesus ao ensinar seus discípulos como orar já inseriu o perdão na oração, o qual deve ser lembrado, obrigatoriamente, em um contato com o nosso Deus e Pai:
. "perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6. 12).
Esse "assim como" é muitíssimo relevante, importante, pois estamos afirmando que perdoamos o nosso semelhante e, assim, é que devemos ser perdoados; ora, se não é verdade que perdoamos o próximo, estaremos pedindo ao Pai que, também, não nos perdoe!
. "Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (v. 15); esse esclarecimento é feito por Ele próprio, após o término da oração ensinada, deixando claro que um ato depende do outro; se perdoarmos seremos perdoados, mas a recíproca é verdadeira se não somos perdoadores.
. "Então, Pedro aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mateus 18. 21-22).
Confirma este texto o que já foi abordado acima, isto é, não há limite para o perdão; quantas vezes alguém agir contra nós e rogar por perdão deve ser perdoado.
. "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5. 23-24). No meu entendimento, está neste texto o ápice da questão!
• Não creio que o Senhor Jesus esteja limitando esse tema da "oferta", ou seja, não se trata apenas da oferta financeira, dízimo; creio, muito mais, que seja, também, oferta de serviço, oferta de vida;
• Caim não foi aceito por Deus, via de consequência, não recebeu o Senhor a sua oferta (Gênesis 4. 5); isso fala forte ao meu coração – ou seja, se temos algo em mente contra o próximo, ou o próximo o tenha contra nós, isso requer o perdão, a reconciliação, para estarmos bem com Deus e assim sermos aceitos por Ele, bem como nosso serviço, nossa vida;
• Sempre me questiono sobre quem deve pedir perdão, quem deve procurar a reconciliação, o ofensor ou o ofendido? Chego a afirmar que o ofendido deve tomar a iniciativa da reconciliação, seria o "dar a outra face!"
Sim, porque se alguém tem alguma coisa contra mim, e me ofendeu, é porque eu não fui correto em meu relacionamento – logo, cabe a mim a iniciativa da reconciliação, do pedido de perdão.
Outro enfoque da questão do perdoar é o "esquecer"; é comum as pessoas dizerem "perdoo, mas não esqueço!" Se não esqueço é porque, na verdade, não perdoei!
Creio, firmemente, que o perdoar, que a Palavra de Deus nos ensina, está intimamente interligado ao esquecimento; é o que me dizem os textos a seguir:
"Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar" (Miqueias 7. 18-19).
"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro" (Isaias 43. 25).
Sim, Deus perdoa e o seu perdoar já inclui o esquecimento, o lançar os nossos pecados no fundo do mar.
Vou "tirar uma lasquinha" no artigo anterior:
"Ouviste que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" (Mateus 5. 43-45).
Humanamente falando, considera-se "humilhação" amar os inimigos, mas é isso mesmo "ipsis litteris" que Ele ensinou, amar os inimigos sem o que não somos filhos de Deus; voltemos ao texto: Ele disse "para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste."
Será que queremos maior prova do perdão do que esta? Amar os inimigos pressupõe o perdão, que lhe é inerente.
Pense nisto!
Quanto ao perdão, creio que o Senhor Jesus foi bastante claro, bem incisivo, não deixando quaisquer dúvidas no que diz respeito ao que Ele espera dos seus seguidores; chegou a dizer que deve ser uma ação praticada 70 x 7 vezes; não criou Ele o limite de 490, ficou claro que é uma ação permanente.
Eu mesmo tenho, também, insistido neste tema, pois entendo a importância que o nosso Senhor e Mestre quis [ainda quer] nos mostrar em cada uma das citações insistidas por Ele.
Senão vejamos, o Senhor Jesus ao ensinar seus discípulos como orar já inseriu o perdão na oração, o qual deve ser lembrado, obrigatoriamente, em um contato com o nosso Deus e Pai:
. "perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6. 12).
Esse "assim como" é muitíssimo relevante, importante, pois estamos afirmando que perdoamos o nosso semelhante e, assim, é que devemos ser perdoados; ora, se não é verdade que perdoamos o próximo, estaremos pedindo ao Pai que, também, não nos perdoe!
. "Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (v. 15); esse esclarecimento é feito por Ele próprio, após o término da oração ensinada, deixando claro que um ato depende do outro; se perdoarmos seremos perdoados, mas a recíproca é verdadeira se não somos perdoadores.
. "Então, Pedro aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mateus 18. 21-22).
Confirma este texto o que já foi abordado acima, isto é, não há limite para o perdão; quantas vezes alguém agir contra nós e rogar por perdão deve ser perdoado.
. "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5. 23-24). No meu entendimento, está neste texto o ápice da questão!
• Não creio que o Senhor Jesus esteja limitando esse tema da "oferta", ou seja, não se trata apenas da oferta financeira, dízimo; creio, muito mais, que seja, também, oferta de serviço, oferta de vida;
• Caim não foi aceito por Deus, via de consequência, não recebeu o Senhor a sua oferta (Gênesis 4. 5); isso fala forte ao meu coração – ou seja, se temos algo em mente contra o próximo, ou o próximo o tenha contra nós, isso requer o perdão, a reconciliação, para estarmos bem com Deus e assim sermos aceitos por Ele, bem como nosso serviço, nossa vida;
• Sempre me questiono sobre quem deve pedir perdão, quem deve procurar a reconciliação, o ofensor ou o ofendido? Chego a afirmar que o ofendido deve tomar a iniciativa da reconciliação, seria o "dar a outra face!"
Sim, porque se alguém tem alguma coisa contra mim, e me ofendeu, é porque eu não fui correto em meu relacionamento – logo, cabe a mim a iniciativa da reconciliação, do pedido de perdão.
Outro enfoque da questão do perdoar é o "esquecer"; é comum as pessoas dizerem "perdoo, mas não esqueço!" Se não esqueço é porque, na verdade, não perdoei!
Creio, firmemente, que o perdoar, que a Palavra de Deus nos ensina, está intimamente interligado ao esquecimento; é o que me dizem os textos a seguir:
"Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar" (Miqueias 7. 18-19).
"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro" (Isaias 43. 25).
Sim, Deus perdoa e o seu perdoar já inclui o esquecimento, o lançar os nossos pecados no fundo do mar.
Vou "tirar uma lasquinha" no artigo anterior:
"Ouviste que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" (Mateus 5. 43-45).
Humanamente falando, considera-se "humilhação" amar os inimigos, mas é isso mesmo "ipsis litteris" que Ele ensinou, amar os inimigos sem o que não somos filhos de Deus; voltemos ao texto: Ele disse "para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste."
Será que queremos maior prova do perdão do que esta? Amar os inimigos pressupõe o perdão, que lhe é inerente.
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