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Palavra do leitor

"Na Moral" e o gosto amargo dos lábios de Cristo

‘’o evangelho bate a porta e nos oferece uma xícara de sopa amarga para nos trazer a percepção e a sensação de que as guloseimas ao nosso alderedor têm assolado histórias.’’

A palavra de Jesus narrada e encontrada nos meandros de Mateus vem ao nosso encontro e acarreta um incomodo avassalador. Afinal de contas, as bem – aventuranças nos convidam percorrer uma trajetória nada convidativa e apetecível. Basta, para comprovarmos e confirmarmos essas afirmativa, ir aos paradigmas e estereótipos de uma realidade submetida ao caudilho ditatorial de uma ética relativista, de um estilo de vida utilitário e reificador do próximo, de um política de vida plasmada aos princípios hedonistas e individualistas.

Lamentavelmente, ao nos deparamos com as vertentes evangélicas imperantes e vigentes, acabamos por bater o martelo nessa mesma trajetória, ou seja, arraiais estigmatizados pelo ufanismo de ser uma incipiente alternativa para erradicar com as mazelas fluentes na sociedade. Andar uma milha a mais, dar a outra face, perdoar mais sete vezes, amar seu inimigo, conceder sua capa e outras, posso dizer, estripulias de um Deus ser humano irreverentes, irradiante de criatividade e generosidade, cujas palavras forjam uma ressonância de respeito e de dignidade ao semelhante, de alforje de palavras voltados a inclusividade radical e revolucionária alinhados ao amor inspirador, de intensidade, de proximidade e de profundidade, numa pujante sexualidade engendradora de vida. Em outras palavras, as páginas das pós – modernidade orquestram as condutas e os comportamentos das pessoas a um vaivém de aquisição e descartamento para adentrar nesse ciclo perene, independentemente dos resultados, dos efeitos e das consequências no ecossistema, no espaço do qual participamos e escrevemos nossa biografia. Nada mais importa, senão os holofotes de ser reconhecido e notado, mormente implique numa jovem fazer de seu corpo um objeto de mercancia, ou de um jovem aceitar o sofisma de uma transcendência eloquente por meio dos entorpecentes (numa espécie de viagem translúcida), ou de miríades de pessoas encontrarem no isolacionismo a raiz para uma existência suportável. Nessa linha de desatinos, preponderam os perfis de discursos insuflados e escasseados da palavra de Cristo do serviço integral, como sinônimo de um evangelismo sério e sincero, da confissão, como porto – seguro para o soerguer de comunidades moldadas por pessoas abertas e livres para compartilhar e aprender com o próximo, e do aprendizado e aqui evoco o discipulado aportado a participar da constituição de amigos aprendizes das boas – novas. De certo, as frases ecoadas acima desembocam como um manancial amargo, até porque sacode com as estruturas engessadas dos institiucionalismos eclesiásticos atrelados a uma tradição arrefecida e sem o viço lúdico do primeiro amor, de se enveredar pelas utopias do Reino de Deus – ‘’para o aqui e agora’’. Não por menos, estender os braços e chega aos contextos de um evangelho de êxtases e direitos para, então, apresentar a versão de que o Reino de Deus nos chama, a priori e a posteriori, a decidirmos por sermos cidadãos incumbidos de deveres de uma transformação diária, contínua, face – a – face, de inserção e de inclusão. Eis o por qual motivo vejo o evangelho como uma substancia amarga e vital para os nossos olhos serem despertados de uma vida do típico feijão com arroz dominical, de rompermos com as nucas e olharmos para os olhos, de abraçarmos em tolerância, de ampararmos em esmero, de ouvirmos as súplicas de uma sociedade, cada vez mais, sugada pela cacofonia do faça, do possua, do domine, do se esconda, do não se importe, do viva o momento e por ai vai.

Deveras, pude observar alguns trechos do programa, mais recente da TV Globo, sobre a gestão de Pedro Bial, com o título ‘’Na Moral’’, e uma das colocações do apresentador, quando entrevistado sobre o programa, dizia taxativa e peremptoriamente – ‘’não haver nenhuma verdade absoluta, mas pontos de vistas diferentes’’. Sem sombra de dúvida, a sopa amarga nos põe a disposição o ministério da reconciliação e reconsideração, equidistante de aceitar a tese de que tudo é válido e admissível, a fim de nos ensinar a discernir e compreender, sim e sim, as idiossincrasias de cada ser humano, mas sem descambar num relativismo doentio e enganoso. Vamos além, a sopa amarga incomoda, mostra a ganância, a lascívia, a cobiça, a prepotência e outras semeaduras travestidas por um falso e hipócrita senso de justiça, de santidade, de puridade e de exclusividade. Cumpre ainda ressaltar, a sopa amarga diz não ao egoísmo centralista dos meus direitos, olha para os lados, procura ajuda, se torna parceiro das boas – novas, responde por participar e partilhar dela, assume o risco de levá – la aos dependentes das mais multifacetas ilusões espraiadas por ai vai (seja na Crakolândia; seja nas avenidas de prostituição; seja nos conchavos nos corredores das instâncias públicas; seja na apropriação do espaço público.
São Paulo - SP
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