Palavra do leitor
- 05 de agosto de 2012
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Na Feira das Máscaras!
As 09h00min, impreterivelmente, estava na feira das máscaras. Devo dizer, muito embora me senti empolgado pela variedade, lá no fundo, o conteúdo, praticamente, prossegue a ser o mesmo. Mesmo assim, enquanto não surge coisa melhor, decido verificar alguma surpresa. Bem, a feira dos fariseus parece trazer uma porção mais refinada e aprumada de máscaras da denominada política da boa – vizinhança, daquela diplomacia para agradar uns e outros, sem, obviamente, perder o gingado. Sempre convidativo adquiri - las, principalmente, diante de uma realidade estigmatizada pela gestão das redes sociais. Devo reconhecer, utilizar as máscaras dos fariseus tem quebrado um galhão a efeito de trilhar por uma vida de aparências, de faz de conta, do toma cá e dá lá.
Pensei, ponderei e para não alterar a praxes de todas as semanas, adquiri uma porção razoável de máscaras ideais para permanecer numa postura de colocar panos quentes. Assim, prossegui a caminhada e de maneira nenhuma poderia desprezar as máscaras dos essênios. Ah, apreciei os mais frescos ensinamentos para me tornar pertencente a uma classe esclarecida, desvencilhada dessa mecânica consumista de uma fé tresloucada, de contemplar um cristo, digo, sem titubear, nem sequer fatiado e sim esfarelado em mil e uma crendices, em cada esquina, em cada tela, em cada porta e por ai vai. Então, para não desperdiçar a viagem, vou levar uma porção para ser uma exceção!..
Não podia ir embora, sem antes passar na barraca das máscaras dos zelotes e adquirir uma porção de radicalidade, de um discurso ufanista, de uma ética triunfalista e sectária com os discordantes, de um ou vai ou racha, ou tudo ou nada, de uma sistemática de princípios convergidos a defender a tese de que o Reino de Deus deve ser firmado – ‘’a força’’, nem que seja com a força da paulada da pressão. Eis um tempero peculiar que aplica o efeito de ser aceitar o que digo, as portas se abrirão, o inferno calará a boca, o diabo servirá café na sua casa, os anjos serão como segurança da mais promissora qualificação a sua disposição, todas as nossas escolhas erradas e equivocadas serão apagadas e teremos uma pujante e esplendorosa compensação de ganhos e benesses (uma nova mulher; muito dinheiro no bolso; saúde – ‘’não pra dar, nem pra vender’’; status quo para ser participe de uma geração que vai desbancar mais de quinhentos anos de alienação causadas e disseminada pelo catolicismo ibérico; de derrubar todos os ídolos e mitos das religiões pagãs; de levar os hereges e apostatas a fogueira santa de ou se curvar ou vai mesmo para o ostracismo das exclusões, de preferência, sempre em dias de santa ceia, para dizer que é santa ceia; das excomungações; das perseguições contra aqueles voltados a estabelecer vias de elucubração e inclusão).
Heita porção pra lá de impulsiva e afanosa!Todo o cuidado deve ser tomado!
Afinal de contas, uma dose de vez em quando, tá mais do que bom. Digo isso, porque já vi muita gente sair nas passeatas para defender direitos e interesses, sem nem saber dos motivos. Até que porfiei, mas não resisti a barraquinha dos docinhos de balaão. Por hoje, vou levar, tão somente, alguns pedacinhos. Sabe como é, o excesso pode me levar ao mais desmedido relativismo; do discurso de as coisas não são bem assim; de que o pecado pode ser analisado como pontos de vista diferentes, de que está no coração de cada pessoa; de que todos perfizeram os meandros do pecado e, malgrado esse axioma, tudo vai dar certo; de que o inferno não passa de uma figura de retórica (para conter os descalabros dos homens); de que a bíblia tem sua relevância e precipualidade (do mesmo, o alcorão e outros livros sagrados); de que a cruz tem lugar para outras vertentes espirituais, de que todos os caminhos levam a Deus...
Olha para os efeitos contidos, e fiquei vislumbradíssimo, nas máscaras dos nicolaitas, de ser um predestinado para o sucesso por meio das instâncias do púlpito; de dominar uma oratória positivista de extrair vantagens, aqui mesmo; de ser nomeado para exercer as funções de representatividade de Deus e do povo, enquanto sou assaz e, diga – se de passagem, bem remunerado para isso. Nada mau, comecei a ruminar sobre as condições de retorno e reconhecimento disponibilizados por essas incipiente máscaras na feira.Pude notar, sem sombra de dúvida, a grandiloquente procura por tais.
Por fim, as 11:00min, no encontro dos ponteiros, parto para mais uma semana no palco da realidade como ela é e na medida do possível vou levando. Ainda bem que as máscaras da feiras me alimentam, dominicalmente. Abro um parêntese e enfatizo não ser possível ir para o dia a dia despido das máscaras seguir as lágrimas da inclusão, perceber o palpitar de uma fé lúdica, de voltar a sorrir sem as cobranças de uma satisfação doentia; de ir para a vida e carregar a Cruz de que sou partícipe e deveria me comprometer com a vida, por mais idílica e insana seja essa mensagem; de, antes de julgar, ouvir; de, antes soterrar, preservar.
Pensei, ponderei e para não alterar a praxes de todas as semanas, adquiri uma porção razoável de máscaras ideais para permanecer numa postura de colocar panos quentes. Assim, prossegui a caminhada e de maneira nenhuma poderia desprezar as máscaras dos essênios. Ah, apreciei os mais frescos ensinamentos para me tornar pertencente a uma classe esclarecida, desvencilhada dessa mecânica consumista de uma fé tresloucada, de contemplar um cristo, digo, sem titubear, nem sequer fatiado e sim esfarelado em mil e uma crendices, em cada esquina, em cada tela, em cada porta e por ai vai. Então, para não desperdiçar a viagem, vou levar uma porção para ser uma exceção!..
Não podia ir embora, sem antes passar na barraca das máscaras dos zelotes e adquirir uma porção de radicalidade, de um discurso ufanista, de uma ética triunfalista e sectária com os discordantes, de um ou vai ou racha, ou tudo ou nada, de uma sistemática de princípios convergidos a defender a tese de que o Reino de Deus deve ser firmado – ‘’a força’’, nem que seja com a força da paulada da pressão. Eis um tempero peculiar que aplica o efeito de ser aceitar o que digo, as portas se abrirão, o inferno calará a boca, o diabo servirá café na sua casa, os anjos serão como segurança da mais promissora qualificação a sua disposição, todas as nossas escolhas erradas e equivocadas serão apagadas e teremos uma pujante e esplendorosa compensação de ganhos e benesses (uma nova mulher; muito dinheiro no bolso; saúde – ‘’não pra dar, nem pra vender’’; status quo para ser participe de uma geração que vai desbancar mais de quinhentos anos de alienação causadas e disseminada pelo catolicismo ibérico; de derrubar todos os ídolos e mitos das religiões pagãs; de levar os hereges e apostatas a fogueira santa de ou se curvar ou vai mesmo para o ostracismo das exclusões, de preferência, sempre em dias de santa ceia, para dizer que é santa ceia; das excomungações; das perseguições contra aqueles voltados a estabelecer vias de elucubração e inclusão).
Heita porção pra lá de impulsiva e afanosa!Todo o cuidado deve ser tomado!
Afinal de contas, uma dose de vez em quando, tá mais do que bom. Digo isso, porque já vi muita gente sair nas passeatas para defender direitos e interesses, sem nem saber dos motivos. Até que porfiei, mas não resisti a barraquinha dos docinhos de balaão. Por hoje, vou levar, tão somente, alguns pedacinhos. Sabe como é, o excesso pode me levar ao mais desmedido relativismo; do discurso de as coisas não são bem assim; de que o pecado pode ser analisado como pontos de vista diferentes, de que está no coração de cada pessoa; de que todos perfizeram os meandros do pecado e, malgrado esse axioma, tudo vai dar certo; de que o inferno não passa de uma figura de retórica (para conter os descalabros dos homens); de que a bíblia tem sua relevância e precipualidade (do mesmo, o alcorão e outros livros sagrados); de que a cruz tem lugar para outras vertentes espirituais, de que todos os caminhos levam a Deus...
Olha para os efeitos contidos, e fiquei vislumbradíssimo, nas máscaras dos nicolaitas, de ser um predestinado para o sucesso por meio das instâncias do púlpito; de dominar uma oratória positivista de extrair vantagens, aqui mesmo; de ser nomeado para exercer as funções de representatividade de Deus e do povo, enquanto sou assaz e, diga – se de passagem, bem remunerado para isso. Nada mau, comecei a ruminar sobre as condições de retorno e reconhecimento disponibilizados por essas incipiente máscaras na feira.Pude notar, sem sombra de dúvida, a grandiloquente procura por tais.
Por fim, as 11:00min, no encontro dos ponteiros, parto para mais uma semana no palco da realidade como ela é e na medida do possível vou levando. Ainda bem que as máscaras da feiras me alimentam, dominicalmente. Abro um parêntese e enfatizo não ser possível ir para o dia a dia despido das máscaras seguir as lágrimas da inclusão, perceber o palpitar de uma fé lúdica, de voltar a sorrir sem as cobranças de uma satisfação doentia; de ir para a vida e carregar a Cruz de que sou partícipe e deveria me comprometer com a vida, por mais idílica e insana seja essa mensagem; de, antes de julgar, ouvir; de, antes soterrar, preservar.
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